Revista Época, em matéria do dia 23 de março, faz análise das reações do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a respeito das transferências dos membros d PCC para os presídios da sua unidade federativa. Leia:

De Guaracy Mingardi

O Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, nos últimos dias travou uma discussão midiática com o Ministro da Justiça. Segundo ele Moro teria cometido um erro crasso ao transferir os líderes do PCC que estavam em Rondônia para o presídio Federal do DF. Também disse que o ministro não entendia nada de segurança pública.

Essa crítica está, ao mesmo tempo, certa e errada. Certa porque o ministro não demonstrou, até o momento, ter qualquer noção do que fazer para melhorar a segurança da população brasileira. E errada na questão das lideranças do PCC ficarem em Brasília.

A atitude do governador é até compreensível. Ninguém quer um presídio perto de casa. As pessoas têm medo de fugas, rebeliões e das mudanças causadas no entorno. Quando um é instalado, o afluxo de parentes e advogados faz crescer o comercio informal e, algumas vezes, provoca um aumento da criminalidade. Por isso que não se constroem penitenciárias em regiões nobres, onde a população tem maior poder de pressão sobre o Estado.

Segundo Ibaneis, o PCC já está no sistema penitenciário do Distrito Federal, e a presença de Marcola e companhia iria agravar o problema. Na realidade o sistema federal e o de Brasília não são ligados, os presos de um não tem contato com os de outro. Sendo assim o contágio que ele teme dificilmente irá ocorrer. Quanto a existência do PCC em Brasília, o número de filiados é relativamente pequeno, muito menor que na maioria dos estados. Portanto a alegação não procede.

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