Caso aconteceu em agosto de 2017 e inclui correção monetária

por Giovanni Giocondo

O Departamento Jurídico do SIFUSPESP conseguiu que um policial penal fosse ressarcido financeiramente pelo Estado após ter seu carro danificado enquanto trabalhava no Centro de Detenção Provisória (CDP) II do Belém, na zona leste de São Paulo. A decisão foi adotada após pedido administrativo junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE), sem necessidade de recorrer ao Judiciário.

Após parecer favorável da subprocuradoria, a PGE julgou procedente o pedido e determinou o pagamento do valor do prejuízo do servidor, inicialmente de R$4.986,00,  atualizado por meio da correção monetária do Índice de Preços ao Consumidor(IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas(FIPE), totalizando R$5.456,33. 

A Procuradoria questiona apenas a incidência de correção exigida pelo SIFUSPESP, cuja solicitação do jurídico é de um índice de 6% ao ano em relação ao valor total do prejuízo do servidor, com base em casos semelhantes que são analisados pela Justiça.

O associado havia procurado o sindicato porque ao encerrar seu plantão no CDP, na manhã do dia 2 de agosto de 2017, foi informado por um colega que algo havia acontecido com seu veículo, um Toyota Corolla, que estava estacionado na garagem da unidade. Ao chegar ao local, o policial penal encontrou o veículo completamente avariado, com o para choque amassado, riscos na lataria e outros danos causados por um terceiro.

A direção da unidade instaurou um procedimento para apuração do caso, mas não conseguiu identificar o autor do dano ao carro. Dessa forma, o prejuízo de R$5 mil ficou a cargo do próprio policial penal. 

A maneira encontrada pelo SIFUSPESP de defender o direito do trabalhador foi ingressar com um pedido de reparação desse valor, com correção monetária, buscando o reconhecimento da responsabilidade civil do Estado.

No entendimento do Jurídico do sindicato, houve omissão por parte do Estado quanto ao dever de vigilância do veículo, “tendo em vista que gerou a expectativa de cuidado, já que o estacionamento da unidade era vigiado por câmeras e tinha controle de acesso”.