Em meio aos mortos da megaoperação contra o crime organizado, realizado nos complexos do Alemão e da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, estavam quatro 4 policiais, sendo dois policiais civis e dois policiais militares do Bope, que sucumbiram à violência. “Esses guerreiros se juntam aos homens e mulheres que saem de casa para proteger a sociedade e, infelizmente, não voltam”, afirma, consternado, o presidente do SINPPENAL, Fábio Jabá.

Ele lembra que os profissionais da segurança pública merecem mais do que homenagens. “Os policiais merecem valorização, integração e respeito”, explica Jabá, completando que o combate ao crime organizado deve ser considerado prioridade por parte das autoridades. “Essa ação só vai ter êxito, quando todas as forças de segurança trabalharem juntas. Polícias Penal, Militar Civil, Científica e municipal, cada qual em seu papel, rompendo barreiras, sem ideologias, que só atrapalham o bom andamento do processo”.

Jabá prossegue, dizendo que é hora de unir forças com o objetivo de enfrentar o crime organizado, com suas ramificações que corrompem, enfraquecem, desestimulam a sociedade e matam inocentes. “A lavagem de dinheiro alimenta essa estrutura criminosa e precisa ser combatida”.

Ele finaliza manifestando solidariedade aos policiais mortos: “A todos os policiais do Brasil, especialmente aos do Rio de Janeiro, apresento meu respeito e solidariedade, com a certeza de que seguiremos de cabeça erguida, com coragem e fé na construção de um país mais seguro e justo para todos”.

Quem eram os policiais mortos no RJ

Os policiais mortos são: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita); Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna); Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope; e Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.

De acordo com a Polícia Civil, Máskara e Cabral foram atingidos durante a chegada das equipes ao Complexo da Penha, quando traficantes do Comando Vermelho (CV) reagiram a tiros e montaram barricadas em chamas. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram.

Os sargentos Cleiton Serafim e Heber Fonseca, do Bope, foram baleados em confrontos na Vila Cruzeiro, também durante o avanço das tropas pela comunidade.

Segundo nota oficial, os PMs foram socorridos e encaminhados ao Hospital Getúlio Vargas, mas morreram por causa dos ferimentos.

A Secretaria de Polícia Militar e o Bope divulgaram notas de pesar destacando o “compromisso, coragem e lealdade” dos militares.