A intervenção do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), no Centro de Progressão Penitenciária Dr. Edgard Magalhães Noronha, conhecido como Pemano, em Tremembé, aconteceu neste domingo, dia 9, e teve como resultado a transferência de mais de 50 presos, de acordo com a TV Band Vale.
A SAP informou que 55 reeducandos foram transferidos por comportamento inadequado no cárcere. Trinta e oito foram para a Penitenciária I de Franco da Rocha, 17 para a Penitenciária I de Tremembé e outros seis para outros presídios, pois já esperavam a transferência.
A ação emergencial teve a participação do GIR, formado por agentes penitenciários especialmente treinados para atuar em situações de risco elevado, como rebeliões e distúrbios, e contou com o apoio externo de equipes do Comandos e Operações Especiais (COE), da Polícia Militar.
Informações da reportagem do Taubaté em Debate dão conta de que a operação foi desencadeada após o diretor do Pemano, Flávio Adamo Albanese, sofrer ameaças de sequestro feitas por detentos ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), devido a transferências recentes de detentos consideradas estratégicas pela administração da unidade.
Os detentos estariam planejando a entrada de armas no interior do presídio, o que levou à intervenção emergencial do GIR e ao deslocamento de viaturas da Polícia Penal. Segundo a TV Vanguarda, por volta das 18h, quatro caminhões e quatro ônibus deixaram o presídio sob escolta, transportando os presos transferidos para outras unidades do Estado.
Conhecido como Pemano, o presídio é diferente da Penitenciária Dr. José Augusto Salgado (a "P2"), chamada de 'presídio dos famosos'. O Pemano abriga presos do regime semiaberto e, segundo a SAP, tem capacidade para 2.672 pessoas, mas atualmente conta com 3.060 detentos, ou seja, 14,52% a mais.
As transferências são consequência de "um trabalho de revista preventivo", o que, de acordo com a SAP, não prejudicou as visitas de familiares de detentos.
Familiares de detentos do Pemano relataram à reportagem do G1 que ficaram apreensivos com a ação.
"Tivemos a informação que era para a gente se retirar da unidade às 15h. Foi aquela muvuca total. Todo mundo correndo. Saímos e estamos sem saber o que está acontecendo. Só vimos a polícia entrando, invadindo, mas não temos uma informação concreta do que está acontecendo", afirma a autônoma Halane Cristina Siqueira, que é esposa de um detento da unidade.