Em dois dias, rebelião em duas unidades prisionais deixam saldo de mortes,destruição e policiais hospitalizados.
Após a rebelião na penitenciária III de Hortolândia no dia de ontem, que demonstrou mais uma vez a bravura, desprendimento e compromisso com o dever dos Policiais Penais de São Paulo, hoje ocorreu um motim na inclusão da penitenciária de Marília.
Ao contrário de Hortolândia o motim de Marília resultou em Policiais Penais hospitalizados e um saldo de nove presos mortos até o fechamento desta matéria.
Segundo relatos obtidos pelo SINPPENAL tudo começou um preso que ao ser encaminhado para inclusão ateou fogo aos colchões.
Devido a fumaça tóxica 9 presos vieram a óbito e 3 Policiais Penai estão internados por inalação de fumaça, além dos Policiais, pelo menos 20 presos também tiveram que ser encaminhados ao hospital. A grande quantidade de presos afetados se deve ao fato da Inclusão ser contígua ao se.guro e ao Pavilhão disciplinar
Assim como na rebelião em Hortôlandia a ação heroica e abnegada dos Policiais Penais evitou uma tragédia de maiores proporções.
Com capacidade para 622 presos, a unidade prisional opera com uma população carcerária de 1080, 73% acima da lotação projetada e 35% acima do limite estabelecido pelo CNPCP.
Além de rebeliões agressão a Policial
Também no dia de hoje na penitenciária de Getulina o Diretor de Disciplina foi agredido por um sentenciado que estava causando problemas no pavilhão reclamando da demora na confecção da carteirinha de visitante. O preso foi contido pelos Policiais Penais e as medidas disciplinares cabíveis foram tomadas.
Déficit de pessoal ameaça a segurança do sistema prisional
Ao contrário do divulgado, o governo Tarcísio de Freitas não contratou nenhum Policial Penal agravando a falta de pessoal, o que compromete os procedimentos de segurança e aumenta o risco de vida para presos e policiais.
A maioria das 182 unidades prisionais do estado opera com menos da metade do efetivo recomendado pelo CNPCP que é de um policial para cada cinco presos, algumas unidades operam com menos de um quarto do efetivo necessário.
O déficit funcional é agravado pela superlotação e pela falta de condições de trabalho, transformando cada dia em um verdadeiro desafio para os Policiais Penais.
Enquanto isso o Governador que prometeu priorizar a segurança pública se restringe a divulgar números fantasiosos de contratações e aumentos contando com a ignorância da população sobre a verdadeira realidade do sistema prisional.