Em entrevista ao portal BBC Brasil publicada nesta quinta-feira, 11/01, o desembargador aposentado Wálter Maierovitch, que durante décadas estudou a forma de organização das facções criminosas no Brasil, afirma que a maior delas pode influenciar no resultado das eleições de 2018.
Perguntado sobre como os conflitos entre facções nos Estados, que têm se acirrado nos últimos tempos, podem impactar a disputa eleitoral, o magistrado disse que "ataques feitos por organizações criminosas a pontos estratégicos no período eleitoral ou no dia da eleição vão fazer com que as pessoas tenham medo de votar e não se desloquem."
"E mais do que isso, no Brasil, presos provisórios não perdem direitos políticos, porque não têm condenação definitiva. Como o sistema prisional brasileiro não faz separação entre presos provisórios e definitivos, esses presos vão para cadeias dominadas pelo crime organizado e podem ser facilmente cooptados para votar em candidatos apoiados pelas facções", afirmou Maierovitch.
O magistrado sugeriu ainda que existe um "acordo do PCC com o governo do Estado de São Paulo" para que os criminosos atuem de forma livre nas periferias das grandes cidades, sem nenhum tipo de repressão policial. A facção, de acordo com Maierovitch, também estaria apoiando financeiramente eventos de igrejas realizados nas regiões mais pobres.
Veja a entrevista completa no link: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42643310
Decisão foi adotada pelo governo Marconi Perillo(PSDB) após série de rebeliões e mortes entre presos nas unidades prisionais do Estado, nesta semana
O governo de Goiás anunciou nesta quinta-feira, 05/01, que vai desmembrar a administração penitenciária da Secretaria de Segurança Pública. A nova Diretoria Geral de Administração Penitenciária ficará a cargo do coronel Edson Costa Araújo, da Polícia Militar.
A medida foi adotada poucos dias após a rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, quando nove presos foram mortos por outros detentos e outros 14 ficaram feridos no primeiro dia do ano, além de centenas de fugas.
Outros dois motins foram registrados na unidade prisional nesta semana, sem que no entanto houvesse novos óbitos.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Ricardo Ballestreri, a separação entre as secretarias segue “recomendações internacionais” que “tendem a melhorar a relação entre o Estado e a população carcerária”. “O ideal é que cada agente ou policial seja sempre dedicado exclusivamente a sua função”, explicou Ballestreri ao portal Uol.
Veja a matéria completa: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/01/05/em-meio-a-crise-em-presidio-goias-separa-secretaria-da-seguranca-e-da-administracao-penitenciaria.htm
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