Em porcentagem do orçamento o estado fica na 17ª colocação, Santa Catarina, Espírito Santo e Rondônia lideram o ranking.
Ontem a Folha de São Paulo publicou uma matéria que indiretamente demonstra a situação caótica que se desenha para o Sistema Prisional paulista.
A matéria com o título: “R$ 6 de cada R$ 10 do orçamento de polícias em 2023 foram para PMs, segundo levantamento” esta matéria mostra em um de seus gráficos que enquanto o governo do estado de São Paulo gastou apenas, 1,5% do orçamento do estado como sistema prisional, ficando em 17º lugar nos investimentos nessa área apesar de ter a maior população carcerária do país, em matéria de gastos com as polícias nosso estado fica em penúltimo lugar no ranking.
Anteriormente já tínhamos feito uma comparação demonstrando a queda de investimentos e custeio na SAP enquanto ao final do Governo Márcio França a SAP representava 1,93% das despesas do Estado de São Paulo , para termos uma ideia mais exata apesar do pequeno aumento na verba destinada a SAP, se corrigirmos o orçamento de 2023 pelo IPCA ele seria R$373 milhões maior do que o proposto pelo governo.
Levando-se em conta que a população carcerária voltou a crescer após 2022 e o sucateamento sofrido pela secretaria durante o governo Dória temos a receita para o caos.
Para termos uma ideia, o orçamento executado pela SAP em 2017 corrigido pela inflação foi de mais de sete bilhões, precisamente R$7.418.191.446,38 ou seja um bilhão e duzentos milhões a mais do que o proposto para o ano que vem. Hoje estamos com o menor número de Policiais Penais por preso desde 2013. O concurso para 1100 policiais prometido após a entrada em vigor da lei orgânica vai demorar pelo menos 20 meses entre as fases do concurso e o treinamento para se transformar em mais efetivo dentro das unidades.
Com condições de trabalho cada dia mais degradadas, quadro funcional em declínio e população prisional aumentando vemos uma política prisional que a cada dia arrisca mais a segurança tanto da sociedade paulista, quanto dos Policiais Penais e demais trabalhadores do sistema prisional.