Na sexta feira (14) policiais do DEMACRO, por meio da Seccional de Carapicuíba, realizaram a prisão de Bruno Vinicius Santos Barbosa, conhecido como “Irmão Kibe”, de 24 anos, suspeito de envolvimento no assassinato do policial penal Sérgio Ferreira dos Santos, ocorrido em 14 de janeiro deste ano, na cidade de Osasco. Além do homicídio, o indivíduo foi preso em flagrante por tráfico de drogas, após ser encontrado com um tijolo de maconha durante a abordagem policial.
O crime e a investigação
O policial penal Sérgio Ferreira dos Santos, de 48 anos, foi sequestrado por dois homens armados enquanto aguardava um carro por aplicativo em um bar na região de Osasco. Testemunhas relataram que os criminosos o obrigaram a entrar em um veículo, e seu corpo foi encontrado horas depois em uma cova rasa no cemitério clandestino da favela Santa Rita. A execução foi realizada por meio de disparos de arma de fogo, suspeita-se que o crime tenha ligação com uma possível represália do Primeiro Comando da Capital (PCC), devido a uma “salve” interceptado em unidades prisionais que pede o levantamento de endereços de dois policiais por unidade.
A investigação, inicialmente conduzida pela Delegacia de Homicídios de Osasco, contou com o apoio da Seccional de Carapicuíba. Os policiais civis Roberto Rocha da Silva e Rodrigo Kalil Di Santo identificaram Bruno Vinicius como um dos principais envolvidos no crime. Conhecido como gerente do tráfico na favela Santa Rita, ele foi apontado como responsável por autorizar a entrada do policial penal já rendido na comunidade e por participar diretamente de sua execução.
Prisão em flagrante
Após monitorar o suspeito, os policiais localizaram Bruno Vinicius no Jardim Mutinga, em Osasco. Durante a diligência realizada no dia 17 de fevereiro, ele foi surpreendido portando um tijolo de maconha. Ao ser abordado, resistiu à ação policial, necessitando do uso de força física para ser contido. Foi preso em flagrante por tráfico de drogas e resistência à prisão.
No interrogatório, Bruno Vinicius negou participação direta no assassinato, mas admitiu ter permitido a entrada do grupo armado na favela. Ele também forneceu informações que levaram à identificação de outros envolvidos no crime, o que deve direcionar as próximas etapas da investigação .
Próximos passos
O indiciado foi encaminhado à Delegacia de Homicídios de Osasco, onde será alvo de um pedido de prisão temporária pelo assassinato do policial penal. A investigação continua para apurar a motivação do crime e a possível conexão com o tráfico de drogas e o PCC, além de identificar e prender os suspeitos ainda em liberdade.
O SIFUSPESP parabeniza os policiais que fizeram a prisão do criminoso e continuará acompanhando o caso visto que as motivações do bárbaro assasinato ainda não estão claras e podem estar relacionadas a ordens do crime organizado.Também continuaremos cobrando as autoridades para que o acautelamento de armas e coletes balístico seja implementado para todos os Policiais Penais conforme a recomendação Nº 4, de 24 de abril de 2024, recomendação esta que foi totalmente ignorada na Lei Orgânica da Polícia Penal, que de fato criou a única polícia desarmada e sem prerrogativas do Brasil, fato que envergonha o Estado de São Paulo.