O SIFUSPESP esteve presente nesta sexta (04/09) na Penitenciária Feminina de Santana para averiguar informações e dar apoio a servidores sobre o vídeo em que detentas comemoravam o aniversário do PCC com o uso de cocaína e maconha, que circulou nesta quinta (03/09) à noite nas redes sociais e publicado no portal R7 (http://noticias.r7.com/sao-paulo/video-exclusivo-pcc-distribui-cocaina-e-maconha-em-presidio-para-festejar-22-anos-de-fundacao-04092015).
A unidade passou por blitz geral no início da semana e também nesta sexta-feira. O vídeo foi encontrado no celular de uma presa, apreendido durante o procedimento. O sindicato também averigou que as presas identificadas na gravação sofrerão as sanções cabíveis.
“Este acontecimento é de responsabilidade direta da gestão da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que permite o funcionamento das unidades com déficit de funcionários e em desacordo com as condições mínimas de trabalho”, argumenta o diretor de Formação, Fábio Jabá, que esteve presente na unidade. Situações como esta poderiam ser evitadas com a implantação dos scanners corporais nas unidades, conforme prevê lei aprovada ano passado pelo governo e que até agora a SAP não cumpriu. “Outras ações como a implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e o Regime de Contenção Feminino, previstos na nossa pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2015, também evitariam que absurdos como este acontecessem”, completa Jabá.
O SIFUSPESP também encaminhou um ofício à SAP e a Coremetro solicitando a automação da unidade e o regime de contenção feminino, para aumentar a segurança das funcionárias.
ATUALIZAÇÃO:
Em contato com o SIFUSPESP, a SAP informou que tomará as providências de praxe para a situação.
Questionada sobre a questão por meio do setor de imprensa do SIFUSPESP, a SAP respondeu com a seguinte nota:
"A Secretaria da Administração Penitenciária informa que, assim que tomou conhecimento da gravação realizada na Penitenciária Feminina de Sant’Anna, determinou a imediata exoneração do diretor de segurança da unidade e seus substitutos, a revista em todas as dependências da penitenciária e a transferência das internas identificadas nas imagens. O caso está sendo investigado pela Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário e, se comprovada a participação de outros servidores, eles serão rigorosamente punidos."
