José Ricardo Mesiano e Wellington Braga (Sifuspesp), Francisco Monteiro (CUT) e Regina da (Afusi)

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) participou de evento da CUT alusivo dia do trabalhador, nesta sexta (01/05), em Bauru. Para o diretor jurídico do Sifuspesp, Wellington de Oliveira, o PL 4330, que trata da terceirização, é “a volta da escravidão dos trabalhadores”.

“Se esse projeto passar, vai prejudicar mais de 40 milhões de trabalhadores, retirando direitos e deixando precárias as relações de trabalho, prejudicando a saúde do trabalhador com o aumento da jornada e um maior número de acidentes de trabalho”, ressalta o diretor.

Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário dos trabalhadores terceirizados é 24% menor do que a de empregados formais. A mesma pesquisa indica que os terceirizados trabalham 3 horas a mais por semana, e também concentra o número de acidentes de trabalho e de trabalho escravo no país.

O Sifuspesp, em seu discurso no ato, se solidarizou com a Apeoesp e os professores em greve há 51 dias, repudiando a política trabalhista do governo do estado. “O governo não pode simplesmente ignorar uma greve de servidores e não iniciar um verdadeiro diálogo com os funcionários para tratar de nossa pauta de reivindicações”, afirma Wellington de Oliveira.

Durante o ato, artistas se apresentaram gratuitamente e houve feira com barracas de alimentos. O evento foi encerrado com uma homenagem a Tim Maia, realizada pela banda Black Rio e a cantora Paula Lima.

Para o coordenador da CUT em Bauru, Francisco Monteiro, “o trabalhador sempre tem o que comemorar e, em alguns momentos, ele tem que lutar mais”. O representante da CUT fez referência ao dia nacional de paralisação em defesa dos direitos dos trabalhadores e da democracia, convocado para o dia 29 de maio, além do não ao PL 4330, e a mobilização contra as MP 664 e MP 665.