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Saiu nos principais telejornais nacionais reportagens sobre o motim realizado pelos presos em Itirapina no domingo passado. O saldo foi dois presos mortos, sendo um degolado. Tentaram pegar servidores como reféns, mas não tiveram sucesso e então seguraram as visitas dos presos.

A mídia chamou o acontecimento de “rebelião”, mas está longe disso: um preso, descontente porque a mulher não conseguiu entrar para visitá-lo (porque estava com irregularidade na documentação), puxou a confusão. Mas não houve quebra-quebra, não houve depredação, e as próprias visitas que ficaram com eles no período – quase um dia inteiro – saíram afirmando que ficaram lá por solidariedade, e que a noite passada no confinamento “foi boa, as famílias estavam unidas”, como uma delas explicou em entrevista à televisão.

O coordenador da regional Araraquara do SIFUSPESP, José Santos da Silva, foi ao local assim que soube da notícia. Também foi para a unidade o secretário-geral do SIFUSPESP, João Alfredo de Oliveira, que deu entrevista a vários veículos de comunicação explicando o que tinha ocorrido ( http://www.youtube.com/watch?v=5pGmE0RZm4Y&feature=youtu.be.).

“A situação foi degradante. Só que, graças a Deus, nenhum agente foi tomado como refém. Por conta disso, o preso não tendo uma moeda de troca, uma vez que eles estavam só usando as visitas como escudo e não propriamente dito como refém, não avançou as negociações, então não houve um pedido mais latente, mais incisivo, haja visto que segurou por um período lá e acabou soltando o pessoal todo sem que seja contemplado de nenhuma forma”, resumiu João Alfredo de Oliveira

A ORIGEM DO PROBLEMA

O coordenador do SIFUSPESP de Araraquara ficou no local desde as 14h30 do domingo até o fim do motim. Afirmou que o evento poderia ter sido evitado se a unidade estivesse de acordo com a demanda cabível ao projeto da penitenciária: "Provavelmente não teria acontecido se a unidade não estivesse superlotada e não houvesse déficit de funcionários", diz José Santos da Silva. E completa: "São os problemas de sempre que deixam as unidades mais vulneráveis e nós, servidores, sobrecarregados".

A PI de Itirapina está com 692 detentos em um espaço com capacidade para 210, ou seja: o triplo de presos do que foi projetada para abrigar. Após o motim, cerca de 70 destes detentos serão transferidos, o que alivia, mas não resolve o problema da unidade. O secretário geral do SIFUSPESP, João Alfredo de Oliveira, conversou com representantes da SAP onde afirmaram que os presos mantidos na unidade ficarão na tranca até 2ª ordem.

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