O Coordenador do SIFUSPESP em Avaré, Francisco Sanches, e o Tesoureiro do sindicato, Gilberto Machado, estiveram na segunda-feira passada (27) na Penitenciária Cb PM Marcelo Pires da Silva, em itaí, onde no último dia 13 ocorreu uma rebelião. A unidade está em estado crítico. As condições de trabalho são péssimas. Um raio continua interditado e os outros três abrigam 1.300 presos.
Os dirigentes sindicais conversaram com funcionários e com a direção geral da unidade. O diretor geral Fernando Renesto informou aos sindicalistas as mudanças ocorridas após a rebelião. Os diretores do CSD, o substituto do diretor geral e o diretor de produção foram afastados dos cargos – esta era uma reivindicação dos funcionários da unidade.
Os servidores falaram das dificuldades que estão passando no dia a dia. Além dos problemas corriqueiros em todas as unidades – como a superlotação e o déficit de efetivo funcional -, eles estão trabalhando em uma unidade semidestruída. “A dificuldade de trabalho é enorme. Para se ter uma ideia, para usar banheiros precisam se dirigir até a administração da unidade, único setor que não foi depredado”, conta Francisco Sanches. O GIR permanece na unidade para dar apoio para que os ASPs façam seus trabalhos de rotina.
“Conversando com os funcionários eles nos disseram que depois do acontecido o diretor geral se comprometeu a se reunir com os servidores periodicamente para ter informações vindas diretamente dos mesmos, não só dos seus subordinados mais próximos”, relata o Coordenador da Regional Avaré.
A rebelião
A Penitenciária Marcelo Pires da Silva, em Itaí, abriga presos estrangeiros. No dia 13 de janeiro, após uma tentativa de fuga frustrada, os presos iniciaram um motim que culminou na depredação de toda a unidade, com exceção do setor de administração, que foi preservado. A rebelião acabou poucas horas depois, com a intervenção do GIR e da Tropa de Choque da PM. Apesar da violência usada na depredação do imóvel, não houve reféns.
O Coordenador do SIFUSPESP em Avaré, Francisco Roberto Sanches, estava no local o momento da confusão. Relatou que os presos “quebraram a penitenciária toda, os quatro pavilhões”. “No momento do início da rebelião eu estava na unidade. Os presos quebraram do portão de embarque até a cozinha. A ação dos ASPs e AEVPs foi primordial”, resume Francisco. A capacidade do presídio é de 792 presos. No entanto, segundo dados da SAP, no dia da rebelião haviam 1.321 detentos no local.