Tramita na Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) do Senado Federal Proposta de Emenda à Constituição(PEC) 14/2016 que cria as polícias penitenciárias estadual, distrital e federal. Na prática, a PEC de autoria do senador Cássio Cunha Lima(PSDB-PB) concede aos agentes penitenciários o direito de fazer a escolta e a segurança dos detentos que estão sob pena nas unidades prisionais de todo o país.
A PEC altera as redações dos artigos 21, 32 e 144 da Constituição Federal, que tratam das funções e atribuições das diferentes organizações policiais. O texto ainda está aberto para consulta pública no seguinte link: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=125429
De acordo com Cunha Lima, a proposta tem o objetivo de fazer com que as polícias penitenciárias se tornem órgãos de segurança pública, permitindo que os ASPs possam ter benefícios ligados à carreira policial e, dessa forma, integrantes das polícias militar e civil sejam liberados do trabalho de fazer a escolta e a segurança dos detentos.
Entre as justificativas apresentadas pelo tucano está o fato de os agentes penitenciários prestarem serviços essenciais “que garantem a ordem pública e a proteção das pessoas”.
Cunha Lima também usa como base dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2014, que reforçam o problema que envolve o baixo efetivo de agentes - 65 mil - diante dos cerca de 580 mil presos sob pena no sistema prisional brasileiro, bem como as informações da Organização Internacional do Trabalho(OIT), que lista a profissão de agente penitenciário como a 2ª mais perigosa do mundo.
De acordo com o presidente do Sifuspesp, João Rinaldo Machado, a PEC 14/2016 é fundamental para a categoria “porque amplia os direitos dos agentes penitenciários e também garante mais solidez à segurança das unidades prisionais e, consequentemente, da sociedade brasileira como um todo”.