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A Comissão Consultiva Mista regional, com a presença de representantes da APEOESP, AFUSE, SIFUSPESP, SINDSAUDE, reuniu-se no dia 19 de julho, em Taubaté para fazer um balanço da situação da saúde do servidor público estadual diante do IAMSPE. Pelos depoimentos usdos participantes ficou visível a situação dramática da saúde do servidor público paulista, dependente da precariedade em que se acha o IAMSPE.

Os abusos cometidos contra a saúde do servidor continuam apesar da propaganda enganosa do governador Geraldo Alckmin que torra fortunas nos meios de comunicação para dizer que faz altos investimentos na saúde pública em todo o estado, inclusive no Vale do Paraíba. Contrariando a fala do governador e complicando ainda mais o atendimento aos servidores, recentemente foram suspensas, sem aviso prévio, as consultas médicas realizadas pelo Hospital Regional. Conforme declarações do Hospital regional, a marcação de consultas prévias ocorreu em obediência a instruções do próprio IAMSPE, através do DECAM

A falta de especialistas médicos e de laboratórios conveniados também é uma constante na vida do servidor da região. Mesmo em Taubaté, onde está localizado o Hospital Regional e existe um posto de atendimento do CEAMA, o desatendimento é grave. Em todo o Vale do Paraíba, como acontece também em todo o estado de São Paulo, quando não falta atendimento médico o servidor tropeça na burocracia sendo muitas vezes obrigado a passar por nova consulta médica apenas para trocar um pedido de exame feito por médico credenciado, o que além do aborrecimento ao servidor traz prejuízos aos cofres do IAMSPE.

Na região, os serviços oferecidos pelo IAMSPE estão longe de contemplar as necessidades de seus usuários, como acontece com o laboratório Base, instalado em Taubaté, mas que não está devidamente estruturado e não consegue dar conta das solicitações dos credenciados.

Também grave é a questão do credenciamento dos profissionais. O IAMSPE se quiser ter médicos em número suficiente para seus conveniados, precisa contratar funcionários credenciadores que façam um trabalho especifico junto aos profissionais da saúde, o que até agora foi realizado de forma improvisada e que não trouxe e nem irá trazer os resultados necessários e compatíveis com as exigências dos servidores. Infelizmente, muitas promessas feitas pela direção do IAMSPE visando suprir a carência de médicos e o atendimento de laboratórios e clinicas acabaram não se realizando, tais como o credenciamento de nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas. Até quando o funcionário público continuará pagando preço tão alto pela incapacidade de gerenciamento dos que dirigem o IAMSPE?

Com cerca de 40 mil funcionários cadastrados na região, a estrutura do IAMSPE se mostra escandalosamente precária, o que sem dúvida dever ser responsabilizada pelo agravamento da saúde do servidor, por seu sofrimento contínuo e, infelizmente, até por muitas mortes. Se o IAMSPE se estruturar de fato para atender o servidor, haverá um grande avanço na questão da saúde pública em São Paulo e muitos servidores não precisarão mais tirar dinheiro do próprio bolso para custear convênios privados proibitivos, como o da Unimed. A estruturação do IAMSPE também irá impedir o deslocamento para o Hospital do Servidor, em São Paulo, de inúmeros credenciados que moram nas cidades do Vale do Paraíba. Ora, esses deslocamentos, sempre feitos com grande dificuldade, custam sempre o dinheiro que o servidor não tem.

É inacreditável que o governo do Estado mais rico do país não tenha cuidados especiais com a saúde de seu servidor. Esse mesmo servidor, devido às péssimas condições de trabalho de muitas repartições públicas estaduais, deixa lá o melhor de sua saúde e, depois, quando doente, se vê praticamente abandonado pelo próprio Estado. Na verdade, a política do governo paulista para a saúde, tanto a do servidor quanto a da população em geral, passa pela lógica da privatização. Geraldo Alckmin, como fez José Serra, está colocando a saúde pública nas mãos dos interesses privados e tem insistido na privatização dos hospitais públicos paulistas. Hospitais como o Hospital Regional instalado em Taubaté, são administrados por entidades privadas custeadas por dinheiro público. O IAMSPE,como se sabe, caminha na mesma direção, ou seja, a da privatização.

Atendendo mais de um milhão de servidores e alcançando mais de três milhões de pessoas ligadas a eles, O IAMSPE merece maior atenção do governo paulista. Não pode esta importante instituição continuar sendo bancada apenas pela contribuição do servidor. O Estado, urgentemente, precisa colocar a sua parte no IAMSPE, na mesma proporção em que é feita mensalmente pelo servidor. Não bastam verbas esporádicas, como os 270 milhões (parcelados) feitos nos últimos dois anos pelo governo paulista. O governo de São Paulo precisa comprometer-se de fato com o IAMSPE, brecar qualquer tentativa de privatização e colocá-lo, sem enganos, entre as prioridades da saúde pública paulista. Se não for assim, continuaremos assistindo o sofrimento contínuo de muitos funcionários públicos, o agravamento da sua condição de doente e, infelizmente, para a tristeza e o escândalo de muitos (menos dos governantes, é claro), a seqüência de mortes por mera falta de cuidados, muitas mortes, inclusive.

 

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