Responsáveis diretos por zerar o número de fugas no sistema prisional paulista, os agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs) trouxeram alento para o sistema, desafogando o trabalho dos ASPs, liberando os policiais militares para o patrulhamento comunitário, e, a partir de 2013 (espera-se), cuidando da escolta dos presos. O resultado da criação da função AEVP foi tão bom que agora é preciso contratar mais e investir mais em capacitação e armamento desses trabalhadores.
Foi com esse argumento que a direção do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo – SIFUSPESP – reivindicou, na reunião que teve com o secretário Lourival Gomes e seus coordenadores regionais no último dia 4 de abril, que a SAP refizesse seus estudos sobre o efetivo de AEVPs e solucionasse o déficit desses profissionais.
De acordo com João Alfredo de Oliveira, secretário-geral do SIFUSPESP, “nos levantamentos feitos pelo SIFUSPESP junto às unidades prisionais, constatamos que o quadro de AEVPs não está dentro da realidade e necessidade atual. Na maioria dos casos, traz reflexos sérios para a segurança referente à dificuldade em completar a escala para as torres de vigilância”.
Com certeza quando se definiu o número de efetivo de funcionários considerado ideal não foram considerados os direitos a férias, licença-prêmio, falta abonada, folga SAP, licença saúde, etc... “Não podemos esquecer também que os cargos de diretoria que foram criados afetam e muito o já precário efetivo que compõe a escala para a vigilância nos postos”, lembrou ainda Luiz da Silva Filho, diretor do sindicato.
Lourival Gomes, secretário da SAP, entendendo a solicitação do sindicato, determinou um estudo a respeito. Segundo o mesmo, na próxima reunião, marcada para acontecer até o dia 10 de maio, nos será apresentado o resultado desse estudo, para apreciação e debate, se for o caso.