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Durante o período de ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Minas Gerais e Rio Grande do Norte, diversos Estados brasileiros entraram em alerta com medo de sofrerem da mesma forma. Alguns receberam documentos de ameaça da parte do PCC. Paraná, Ceará, Roraima, Mato Grosso e Goiás colocaram suas inteligências policiais em atenção devido a possibilidade de investidas da facção criminosa também nesses Estados.

 

Alguns fatos, como princípio de rebelião e morte de policiais e agentes provocaram este estado de alerta nos locais citados. O PCC, que possui liderança em São Paulo, tem uma organização alastrada por todo o país e uma capacidade de trabalhar não apenas como empresa do tráfico, mas como organização que disputa liderança com o próprio Estado Brasileiro, o que parece não ser o caso. Entretanto sua capacidade de inteligência e coordenação está clara.

 

Entenda - Estados em Alerta

No Paraná, uma Policial Federal, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, alertou às autoridades que o PCC (Primeiro Comando da Capital) poderá lançar ondas de ataques no estado a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais.

 

Segundo a agente federal, o Paraná é um dos estados com maior presença da facção paulista, fora do estado de São Paulo. “Estamos em uma  posição geográfica estratégica para o crime - entre São Paulo, Rio de Janeiro e ao lado do Paraguai - rota de transporte de armas e drogas para o Rio de Janeiro com origem na fronteira do Paraguai. Na região da fronteira também é onde se faz a maior lavagem de dinheiro do crime”, destaca.

 

De acordo com a agente, os servidores do sistema penitenciário do estado do Paraná trabalham acuados: “O sistema não consegue segregá-los, eles continuam controlando o crime mesmo dentro dos presídios. Nossos órgãos de inteligência trabalham enviando avisos para que possamos nos preparar para possíveis ataques. Os primeiros alvos, normalmente, são os policiais”.

 

Ela acrescenta que os ataques geram grande impacto social e temor na população, o que interessa às facções. “Essa é uma guerra de poder e o maior poder de organização tem sido dos criminosos. Os órgãos públicos trabalham de forma reativa”.

 

Ceará

Uma investigação da Polícia de São Paulo descobriu detalhes da atuação e da expansão da maior facção criminosa do País, após execução do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, que teria ocorrido devido a uma briga com Fuminho, um chefe de quartel da região. Fuminho teria delatado Gegê para a cúpula da facção a respeito de desvio de dinheiro dentro da mesma. Desta forma, Gegê teve seu destino traçado.

Segundo revelou o jornal ‘O Estado de S. Paulo’, do domingo, 03/06, documentos apreendidos após a morte de traficante detalham a estrutura montada pelo PCC para o tráfico internacional de drogas em São Paulo, em outros estados do Brasil e em cinco países da América do Sul (Colômbia, Paraguai, Bolívia, Peru e Guiana).

Tal investigação apresenta provas de rendas do grupo  que o colocaria entre as 500 maiores empresas do país, com faturamentos de até R$ 800 milhões. O PCC teria ligações com o primeiro cartel de drogas chefiado por um brasileiro: Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho.

 

Para o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o PCC ainda é uma organização de tipo pré-mafiosa, pois lhe falta conhecimento para fazer a lavagem de dinheiro.

Em quatro anos, o total de integrantes do PCC mapeados pelo censo da organização em outros Estados foi multiplicado por seis. Além de São Paulo (10.992), os estados que concentram o maior número de delinquentes inscritos na facção – os chamados batizados – são Paraná (2.829) e Ceará (2.582).

A facção está promovendo a estruturação do chamado “progresso”, que são as fontes de renda da organização: a caixinha, a rifa e o tráfico.

 

Roraima

No último sábado (02/06) integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foram ao quartel da cidade de Roraima, exigindo explicações sobre a prisão do chefe do grupo, suspeito de tráfico de drogas e assassinato. oito homens e duas mulheres que integravam o grupo reivindicaram a soltura do chefe suspeito alegando sua inocência e opressão da parte da polícia.

 

Segundo apurou o portal G1 o coronel Prola comandante da PM de Roraima disse que "Não houve tentativa de invasão, mas eles exigiram explicações, deram pressão nos policiais. Em resposta, os PMs se armaram e após uma conversa, as pessoas foram embora".

 

Mato Grosso

Uma simples ocorrência de um carro roubado no último sábado (02/06) levou policiais militares do Batalhão de Choque (tropa de elite) a desmantelar uma das sedes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que controla o tráfico de drogas e armas nas fronteiras de Mato Grosso do Sul com Paraguai e Bolívia

 

Haviam seis integrantes da quadrilha no local: quatro homens e duas mulheres que foram presos. Segundo a PM a ocorrência começou na cidade vizinha de Sidrolândia. Policiais locais flagraram um homem no veículo roubado no bairro Tiradentes, região leste da Capital, que teria entregue o endereço da sede à polícia.

 

Dentro do local os PMs também localizaram a cópia atualizada de um estatuto do PCC, escrita à mão, datada de 29 de maio e com assinaturas de torres (como são chamados os líderes da facção). Além disso, outros documentos que ligariam membros do PCC ao Comando Vermelho, o que teria causado determinadas mortes por retaliação.



Goiás

O Estado de Goiás recebeu documento restrito da Secretaria de Segurança Pública (SSP) que manifestou possibilidade de ataque do PCC contra servidores da segurança pública, instituições financeiras e transporte coletivo. Devido a esta informação o Estado entrou em alerta. Goiás, hoje possui um número muito alto de membros da facção, o que não acontecia há dois anos. Hoje de 40 unidades prisionais, 30 abrigam membros do PCC

 

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