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Trabalho na Assembleia Legislativa também incluiu debate sobre luta conjunta com outras categorias da segurança pública em busca da valorização salarial

por Giovanni Giocondo

Dirigentes do SIFUSPESP participaram nesta segunda-feira (27) do início da coleta de assinaturas para a criação da Frente Parlamentar contra a Privatização do Sistema Prisional. Em mais um dia produtivo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), os trabalhadores penitenciários buscaram apoio dos deputados estaduais para fazer frente ao projeto do governador João Dória (PSDB) de entregar o sistema prisional à iniciativa privada.

Na avaliação do presidente SIFUSPESP, Fábio Jabá, a criação do grupo alça a maior destaque a demanda dos trabalhadores penitenciários dentro do Legislativo. “Aos poucos, a categoria e a população vão se conscientizando sobre os danos irreparáveis que podem ser causados caso esse projeto seja colocado em prática e torne o lucro e a venda de vidas prioridade ante a recuperação dos detentos”, ressalta. A frente pretende discutir e aprimorar a legislação e as políticas públicas adotadas pelo Estado no setor.

O sindicalista acredita que ao transferir a custódia, a segurança, a saúde e a assistência social dos detentos para a responsabilidade da iniciativa privada, o Palácio das Bandeirantes trilha por um caminho perigoso que pode não apenas afetar o cotidiano dos funcionários do sistema prisional - com a migração dos postos de trabalho para as empresas - como também de toda a população paulista, que ficará cada vez mais sob a ameaça de controle por parte do crime organizado.

Debate sobre reivindicações salariais para a segurança pública

Além de dialogar com os parlamentares sobre a formação dessa instância de discussão dentro da Alesp, o SIFUSPESP também participou, a convite do deputado estadual Major Mecca (PSL), de um debate sobre a necessidade da valorização salarial urgente de todas as carreiras que integram a segurança pública do Estado de São Paulo - trabalhadores penitenciários, policiais civis, polícia científica, agentes socioeducativos e policiais militares.

Em sua exposição, Fábio Jabá falou aos colegas de farda acerca da luta que o sindicato tem empreendido contra o modelo de privatização do sistema pretendido pelo governador João Dória - que também não considera os agentes como parte da segurança pública - e pediu união para lutar em prol de reconhecimento e de melhores salários para todos.

Segurança é um serviço público, assim como a educação, a saúde e muitos outros. Mas sem a segurança pública, ninguém consegue ter acesso a nenhum desses serviços. O sistema prisional faz parte da segurança pública e precisa ser valorizado", reiterou.

Para o presidente do SIFUSPESP, é preciso elaborar estratégias conjuntas com os policiais civis e militares, desenvolvendo conteúdos, divulgar e promover ações práticas que levem à conquista tanto da valorização dos vencimentos quanto de melhores condições de trabalho.

Fábio Jabá concedeu entrevista sobre a participação do sindicato na TV Alesp, que vai ao ar no Jornal da Assembleia nesta segunda-feira, às 22h.

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