Atual diretoria encontrou carta elaborada na época pelo então presidente do sindicato, Darcy da Silva, que foi encaminhada ao presidente da República, Itamar Franco. Documento solicitava interferência do Executivo em projeto de lei sobre “Polícia Prisional”, inclusive com as novas atribuições dos servidores
por Giovanni Giocondo
Promulgada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) no final de junho deste ano, a Proposta de Emenda Constitucional(PEC) que criou a Polícia Penal já estava no horizonte de debate do SIFUSPESP em Brasília muito antes de o Congresso Nacional recepcionar os sindicatos e federações que representam os servidores do sistema prisional.
A diretoria do sindicato conseguiu resgatar uma edição da revista O Tira, datada de outubro de 1993, que noticiou o envio de uma carta por parte do presidente do SIFUSPESP na época, Darcy da Silva, e de seu vice, Ovidio Rufino de Andrade, endereçada ao então presidente da República, Itamar Franco.
No documento, o sindicalista explicitava a necessidade de interferência do Palácio do Planalto na elaboração de um projeto de lei responsável pelo estabelecimento da “Polícia do Sistema Prisional”, ou simplesmente, “Polícia Prisional”.
Muito avançada, a proposta do sindicato estipulava algumas das atribuições dos servidores, entre elas a de reprimir a entrada de drogas e de armas nos estabelecimentos penais; apurar infrações contra a ordem pública; exercer a função da polícia judiciária; ser supervisionada por delegados prisionais, cargos que seriam ocupados somente por agentes penitenciários, entre outras reivindicações que deveriam ser incluídas na Constituição.
Na carta, o SIFUSPESP também detalhava qual seria o modelo ideal de contribuição previdenciária dos servidores do sistema prisional, exigindo que, uma vez executando atividade policial, os profissionais deveriam se aposentar com 25 anos de trabalho, sendo no mínimo 20 deles dedicados exclusivamente nas funções de segurança, vigilância e escolta de presos.
Paralelamente, reivindicava que os índices de criminalidade e violência em cada Estado brasileiro fosse observado quando da definição do efetivo de policiais prisionais, bem como a densidade demográfica de cada região.
O documento havia sido baseado em estudos e debates de um Congresso do qual o SIFUSPESP participou ao lado de representantes de servidores penitenciários do Ceará, do Rio de Janeiro e do Piauí, a partir de 1985.
Atual Secretário-geral do sindicato, Gilberto Antonio da Silva entende que o resgate dessa história do trabalho do sindicato é um achado de grande valor, sobretudo no que se refere à demonstração cabal de que desde os primeiros anos de sua trajetória, em 1981, o SIFUSPESP teve força e credibilidade para atuar em favor dos direitos dos trabalhadores do sistema prisional. “A recente promulgação da PEC da Polícia Penal também tem seu berço nessa memória que o sindicato construiu, sempre lutando pelos interesses dos servidores, mesmo em momentos de grande dificuldade para a categoria”, concluiu.
Reprodução da Revista "O Tira", de outubro de 1993
Trupe "Palha Assada", que tem o servidor Domingos Dudlei Menneti e sua filha entre seus integrantes, fez apresentação teatral que gerou grande entusiasmo e gargalhadas, principalmente para as crianças
por Giovanni Giocondo
Derramando alegria para toda a população de Mirandópolis, e conquistando a simpatia de adultos e crianças, o quinteto Palha Assada, liderado pelo policial penal aposentado Domingos Dudlei Menneti, o famoso Dominguinhos, se apresentou no último final de semana no Festival de Inverno da cidade.
A trupe de palhaços, formada exclusivamente para o evento, transformou o humor da população local, que acompanhou o espetáculo com muito entusiasmo, sem economizar nas risadas diante da interpretação colorida e altiva feita também pelos atores Katia Maffi(Lila), Helder(Panela), sua esposa Claudia(Tampa) e Aline(Pipita), de apenas 11 anos, filha de Dominguinhos(Popó).
Espalhados em frente ao palco, meninos e meninas de todas as idades puderam experimentar muitas das emoções que a arte pode oferecer, aproveitando cada instante da dedicação do quinteto para se regozijar com as reviravoltas da trama. Escondido em meio ao público, um fantasma deu o tom para que o medo surgisse, mas logo fosse tomado pelo ímpeto das gargalhadas diante do desfecho inusitado.
“Fomos convidados, eu e minha filha, para fazer um pequeno número. Mas aí pensamos: Por que não chamar outros atores da cidade e fazer uma peça, um teatro de palhaços, que seja mais complexa e alcance mais pessoas!? E então, veio a apresentação, que pela receptividade da plateia , fez grande sucesso e nos alegrou tanto quanto a eles. Ficamos extremamente lisonjeados", declarou o policial penal.
Aos 62 anos e com 30 de trabalho no sistema prisional, onde atuou até 2020 na Penitenciária I de Guarulhos - com passagens por Franco da Rocha, São Paulo, Pirajuí, Mirandópolis, tendo sido também integrante do Grupo de Intervenção Rápida(GIR), Dominguinhos considera que apesar de ter se aposentado, não vai interromper seu trabalho nos palcos enquanto a vida lhe permitir.
“Tanto tempo à frente das pesadas atividades do sistema prisional nos leva a querer desenvolver outras trajetórias mais suaves, para que contemplemos a existência de outro modo, e façamos da arte essencial para o nosso dia a dia. Que eu possa ainda ter muito tempo nessa toada esteja ao lado da minha família, amigos e desse público tão carinhoso e disposto a nos assistir, ouvir e sentir”, reiterou.
Consciente do papel fundamental que a cultura exerce sobre o ser humano, que tanto se esforça diuturnamente em suas funções no universo do trabalho e precisa dessa pausa para refletir, sorrir e se relacionar com as pessoas, a diretoria do SIFUSPESP saúda a iniciativa de Dominguinhos e de sua trupe, reforçando um compromisso pela divulgação da arte como instrumento de transformação do mundo em um lugar melhor para se viver.
Dominguinhos ao lado da filha, Aline, antes da apresentação
Servidora morreu neste domingo (17)
por Giovanni Giocondo
É com grande pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento da policial penal aposentada Sumara Aparecida Barel.
A servidora morreu neste domingo (17).
Sumara havia atuado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, e se aposentou por invalidez, em razão de problemas de saúde.
Ainda muito jovem, ela deixa os filhos pequenos. A todos os amigos e familiares da policial penal, o SIFUSPESP presta suas condolências.
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