Servidores elaboraram documento em que solicitam apoio da sociedade contra proposta que precariza trabalho desses profissionais ao exigir elaboração em home office de pareceres sobre solicitações e perícias que concederiam benefícios a detentos(Na foto, ofício encaminhado pelo SIFUSPESP e pelo SINDPSI à secretaria em dezembro)
por Giovanni Giocondo
Como forma de aumentar o enfrentamento contra a pressão da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que quer sanar as pendências de mais de 5 mil solicitações e perícias judiciais em meio à pandemia do coronavírus, os psicólogos e assistentes sociais que trabalham nas unidades prisionais paulistas elaboraram um abaixo-assinado online.
O SIFUSPESP noticiou o caso em primeira mão e oficiou a SAP em conjunto com o Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo (SINPSI) em 15 de dezembro. A matéria completa está disponível aqui e esclarece como a secretaria ignorou todas as normativas adotadas pelos conselhos profissionais dessas categorias para exigir que os pedidos do Judiciário para conceder benefícios aos detentos fossem analisados em home office.
Disponível neste link, o abaixo-assinado relata total falta de diálogo do Estado quando foi construída a ação conjunta entre as Coordenadorias Regionais e as próprias direções de unidades prisionais, a partir de 25 de novembro, com o objetivo de exigir desses profissionais o atendimento das solicitações de progressão de pena ou liberdade assistida que estavam pendentes de análise.
Sob a visível precarização do baixo efetivo - atualmente estão na ativa somente 256 psicólogos e 252 assistentes sociais em todo o Estado, sem contar que metade ocupa cargos de direção e precisa exercer outras funções - e com um déficit de 734 servidores somente neste setor, os agentes técnicos de assistência à saúde (ATAs) atendem em média 1.640 presos, no caso dos psicólogos, e 1.821 detentos com relação aos assistentes sociais. Como atender tantos pedidos de forma tão célere sem pessoal?
Agora, com o abaixo-assinado, esses trabalhadores clamam pelo apoio da população ao demonstrarem que não aceitam ser submetidos a um regime de trabalho que além de desrespeitar os protocolos básicos das profissões, fere a dignidade e a autonomia do trabalho de cada um desses servidores, em meio a um cenário de completo abandono da SAP quanto à valorização e ao reconhecimento desses trabalhadores.
Participe e una força a esses guerreiros e guerreiras do sistema prisional que são fundamentais para que as engrenagens do sistema continuem girando.
Assine já aqui!
Servidor foi mais uma vítima do coronavírus
O SIFUSPESP informa com imenso pesar o falecimento do policial penal Messias Assunção Souza, ocorrido nesta terça-feira(12). O servidor morreu aos 72 anos, vítima do coronavírus.
Messias se aposentou trabalhando na Penitenciária II de Potim, em 2013, após atuar no sistema prisional desde 1986, inclusive na antiga Casa de Detenção do Carandiru.
A todos os amigos e familiares de Messias, o SIFUSPESP oferece seus sentimentos, reiterando a disposição em prestar qualquer auxílio em um momento de tamanha tristeza.
Material ilícito foi identificado por policiais penais com auxílio de scanner corporais no último fim de semana
por Giovanni Giocondo
Policiais penais fizeram diversas apreensões de drogas e celulares em unidades prisionais vinculadas à Coordenadoria da Região Oeste ao longo do último final de semana.
No sábado(09), uma mulher tentou entrar na Penitenciária III de Lavínia com um celular escondido em um invólucro dentro de seu corpo, mas acabou flagrada no procedimento de revista, apresentou o telefone e confessou que levaria o aparelho eletrônico para um detento e acabou suspensa do rol de visitas.
No mesmo dia, mas na Penitenciária I de Mirandópolis, o equipamento de scanner corporal identificou indícios da presença de objetos ilícitos ao ser submetido à familiar de um sentenciado. Para confirmar a informação, ela foi encaminhada a um hospital onde o exame de raio-x atestou a presença que ela transportava substância análoga à cocaína.
A mulher também acabou suspensa do rol de visitas e encaminhada ao distrito policial, onde foi lavrado boletim de ocorrência e tomadas outras providências de praxe.
Ainda no sábado, desta vez na Penitenciária de Presidente Bernardes, uma visita foi flagrada pelo scanner com 23 cartelas similares à droga sintética conhecida como K4, escondidas em sua roupa íntima. A familiar do detento também foi suspensa do rol de visitas, e o entorpecente apreendido, enquanto já está instaurado procedimento de apuração para identificar a participação do preso no delito.
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