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Com profundo pesar, a direção do sindicato comunica o falecimento do senhor Carlos Zelinka, que morreu na madrugada deste sábado (14), aos de 83 anos, e é pai do policial penal Marcio Zelinka, do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. 

A Marcio Zelinka, também diretor do SIFUSPESP e colaborador como colunista no site do sindicato, toda a direção  do SIFUSPESP expressa condolências, desejando força ao guerreiro no enfrentamento deste momento tão difícil. 

A diretoria do SIFUSPESP estende sua expressão de condolências e pesar a todo a família, aos parentes e amigos, e está à disposição dos familiares para prestar o apoio que for necessário

Campeão brasileiro da modalidade em 2020 na categoria master, policial penal  mostra que esporte pode ser divisor de águas para o bem estar e a qualidade de vida do servidor

 

por Giovanni Giocondo

Do início na musculação ainda na adolescência, em 1987, quando buscou a atividade física para auxiliar no tratamento de uma bronquite, o policial penal Flavio Fasano buscou a excelência do fisiculturismo como forma de elevar a sua autoestima, sua condição física e transformar sua vida em uma rotina de vitórias em campeonatos nacionais e internacionais que o catapultaram ao auge de um esporte considerado de altíssima competitividade.

Docente de defesa pessoal, tonfa e algemas na Escola de Administração Penitenciária, trabalhando há 17 anos no sistema prisional paulista, e lotado atualmente na Penitenciária I de Sorocaba,  no interior do Estado, o servidor de 50 anos de idade conta que apesar das interrupções frequentes em sua carreira como atleta - provocadas pela grande exigência de dedicação integral aos cuidados com o organismo, que custam caro e demandam tempo e entrega - conseguiu obter resultados fantásticos e surpreendentes.

O desempenho de Flavio, que considera ter sido um dos desbravadores do fisiculturismo na cidade, pode ser resumido em duas frentes bastante distintas e que se completam. A primeira delas, relacionada à competitividade, indissociável de um esporte que leva o praticante ao extremo de suas habilidades de força, energia e estética.

São vários títulos paulistas e brasileiros, o último deles em 2020, ano em que retomou as atividades oficiais após cinco anos sem disputar nenhum torneio, e quando venceu três troféus de uma vez - até 90 kg, master 45 e master 50. Agora, o foco é a disputa do campeonato mundial da categoria master, para o qual tem se dedicado integralmente.

Quando se olha para o competidor, a primeira impressão que o público tem está nos músculos, a força e o treinamento ininterrupto. Mas existem muitos outros aspectos inerentes à condição de fisiculturista que nem sempre são explícitos e que de forma definitiva tornam a vida do atleta cada vez melhor.

Isso porque, para além das competições, Flavio Fasano lembra dos benefícios que a atividade de impacto pode trazer para a saúde do trabalhador e na sua disposição para lidar com as adversidades do dia a dia. No aspecto físico, controla o colesterol e as triglicérides, ajuda na prevenção e controle da diabetes e da pressão arterial, “além de promover o aumento da massa muscular, da força e da resistência”, entre outros benefícios.

O policial penal explica ainda que há enormes ganhos no que se refere à autoestima do indivíduo, “sua sensação de felicidade e outros fatores psicológicos”, tais como a confiança e a disciplina em se alimentar, descansar e exercer seu trabalho, conviver bem entre amigos e familiares e encontrar a harmonia de um bem estar permanente.

O SIFUSPESP, enquanto representante dos servidores penitenciários, leva adiante a ideia e a prática de acreditar e fazer com que  a máxima “corpo são, mente sã” prolifere e se torne uma das maneiras de contornar o ambiente pesado que insiste em se manter dentro do sistema prisional. Nesse sentido, o sindicato valoriza sempre os atletas amadores ou profissionais que trabalham nas unidades prisionais e fazem de sua atividade física um incentivo para que a categoria siga exemplos de perseverança e vitórias.

Por Flaviana Serafim

Um surto de contágios de coronavírus afeta a Penitenciária de Paraguaçu Paulista, na região oeste do estado, com 212 detentos com a COVID-19, como confirmado pela Prefeitura do município. Entre os servidores penitenciários, oito estão contaminados, segundo levantamento do SIFUSPESP, realizado a partir da apuração de  denúncias enviadas ao sindicato. 

Em 4 de novembro, o SIFUSPESP recebeu duas notícias de COVID na unidade, a primeira informando que havia seis detentos infectados e, logo em seguida, a informação de que seriam 15, além de outros 180 em isolamento com suspeita de contágio. Na ocasião, eram seis o total de servidores infectados e afastados com o vírus. 

Em apenas uma semana, o número de detentos com COVID-19 saltou de 15 para os atuais 212 - um aumento de 1.313%, e para oito entre os servidores penitenciários da unidade. Os casos na penitenciária correspondem a 30% do total de 684 registrados no município. 

Vale destacar que, no mesmo período, no último 7 de novembro, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) liberou o retorno das visitas às unidades prisionais, apesar do grave quadro de pandemia no estado paulista, e devido ao surto as visitações permaneceram suspensas apenas em Paraguaçu Paulista. 

“O que está acontecendo em Paraguaçu Paulista pode se repetir em dezenas, em centenas de outras unidades porque a SAP e o governo Doria insistem em ignorar a necessidade de testagem em massa, de manter as visitas suspensas e de barrar toda e qualquer transferência. Vidas estão em risco, a pandemia não acabou, mas o ‘gestor’ quer manter a falácia de que está tudo controlado em São Paulo, e não é a verdade dos fatos”, critica Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do sindicato. 

Desde o início da pandemia, a direção do SIFUSPESP tem alertado para a importância de seguir a risca o protocolo da Organização Mundial de Saúde para os ambientes prisionais, onde a recomendação é de testagem em massa devido aos riscos de rápida proliferação, dada a insalubridade já em condições “normais” e, no caso do Brasil, com o agravante da superlotação - no caso de Paraguaçu Paulista, há 1.446 presos onde a capacidade é para 844, ou 71% a mais que o total de vagas. 

Apesar da afirmação da SAP de que as transferências de presos estão ocorrendo apenas em casos emergenciais, a realidade é outra de acordo com as denúncias da categoria, outro agravante à proliferação do vírus por todo o sistema prisional. 

Na próxima quarta-feira(18), os trabalhadores penitenciários paulistas estarão em frente à SAP para um ato público. A manifestação é organizada pelo Fórum Penitenciário Permanente - formado por SIFUSPESP, SINDASP e SINDCOP. Confirme sua participação no evento neste link e lute ao lado dos sindicatos em defesa dos direitos de toda a categoria!

 

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