Docentes da Prefeitura de São Paulo estão em greve e foram agredidos durante debate sobre projeto de Dória que eleva alíquota de contribuição para aposentadorias
O SIFUSPESP vem a público para manifestar total solidariedade à causa dos professores do ensino municipal de São Paulo e de outros servidores da Prefeitura, tais como guardas civis, funcionários da saúde, bibliotecários, arquitetos e outros profissionais que lutam contra a reforma da SampaPrev. Mais de 90% dos docentes estão em greve desde o dia 08/03 para tentar sensibilizar a população sobre o tema.
A mudança na previdência municipal pretende elevar de 11% para 14% a contribuição dos servidores para o regime de aposentadorias, além de estipular outro adicional, que pode variar de 1% a 5%, como forma de custear uma previdência complementar.
Os servidores são contra essa proposta porque ela foi elaborada para prejudicar os trabalhadores em um momento de crise econômica, na qual o prefeito João Dória(PSDB) argumenta que o modelo previdenciário do município é deficitário e que a gestão municipal “tira recursos de outros setores” para bancar as aposentadorias.
Os funcionários, por outro lado, entendem que a administração do tucano não contabiliza recursos da previdência municipal utilizados indevidamente pela Prefeitura, o que provoca o déficit. Para os servidores, a elevação da alíquota é um “confisco de salário”.
Manifestação termina com feridos na Câmara
Na tarde desta quarta-feira, 14/03, centenas de trabalhadores do serviço público municipal se mobilizaram para acompanhar in loco a análise do projeto de Dória pela Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo.
Infelizmente, a direção da Casa usou do aparato de segurança - policiais militares e até guardas municipais(que também serão prejudicados pela reforma) para impedir os demais servidores de acessar o prédio.
Uma professora que estava dentro nas dependências foi agredida e ficou ferida no rosto(foto) tendo de ser socorrida por um integrante do Corpo de Bombeiros. Outras pessoas passaram mal devido ao uso de bombas de gás lacrimogêneo pela PM.
Por volta das 16h, a CCJ aprovou o projeto do tucano, que ainda precisa passar por mais duas comissões antes de ir à votação em plenário.
O SIFUSPESP reforça sua solidariedade aos companheiros que atuam para garantir os bons serviços oferecidos à população do município em sua batalha para garantir uma aposentadoria digna, sem cortes salariais.
O menino Kemuel Souza Rodrigues de apenas 10 meses, filho do Oficial Administrativo João Rodrigues Júnior que trabalha no Centro de Detenção Provisória de Riolândia, necessita de doadores de sangue para restabelecer por completo seu estado de saúde.
Kemuel nasceu com um problema no fígado e passou por um transplante, sendo o pai o seu doador. Entretanto a criança segue internada no Hospital AC Camargo devido a uma infecção que, segundo a família, já está sendo controlada, mas devido a isso o menino ainda necessita receber sangue.
Aos que puderem comparecer e exercer o gesto de solidariedade, o Banco de Sangue do Hospital A. C. Camargo fica localizado na rua Rua Prof. Antonio Prudente, n° 211, no bairro da Liberdade, capital de São Paulo. É importante informar o nome KEMUEL SOUZA RODRIGUES.
O Banco de Sangue funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e aos sábados das 8h às 15h.
O SIFUSPESP estima melhoras, na certeza de que os funcionários do sistema prisional, como sempre, comparecerão diante da necessidade, ajudando Kemuel e sua família neste difícil momento.
Mais uma vez trabalhadores são atropelados por parlamentares da situação em votação de projeto de interesse maior - reajuste salarial justo
O governador Geraldo Alckmin(PSDB) obteve vitória favorável ao projeto original que trata do reajuste salarial dos servidores públicos, sem as emendas propostas pelos trabalhadores, numa tentativa de equiparação entre as categorias. O Projeto de Lei 05/2018 foi dessa forma aprovado, ainda sob protestos da oposição que é minoria do parlamento, nesta terça-feira(13/03), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O SIFUSPESP lutou insistentemente, buscando diálogo partido por partido, negociando e até obtendo respostas positivas para pelo menos 4%, o que ainda seria um ínfimo reajuste, mas que daria equidade aos trabalhadores penitenciários em relação aos profissionais de segurança pública. O deputado estadual Ed Thomas(PSB) antes da votação enfatizou o fato dos trabalhadores penitenciários fazerem parte do sistema de segurança pública do Estado e do país e entretanto estarem sendo alijados e desconsiderados como parte deste sistema quando convém ao governo tucano.
Alencar Santana(PT) salientou que é a primeira vez que a equidade de ajuste ocorreu de forma diferente entre os servidores da segurança pública e os trabalhadores do sistema penitenciário, o que o próprio líder do governo considerou um erro.
Assim, conforme o Projeto de Lei, o reajuste fica em 3,5% para a categoria de servidores prisionais. As demais categorias de segurança receberão 4% e professores receberão 7%. A sessão extraordinária foi exaustiva, com diversas pausas para tentativas de negociações com a bancada governista, a fim de que votassem a favor das emendas, porém não houve acordo.
Leia também para entender melhor: http://www.sifuspesp.org.br/noticias/5241-deputados-colocam-aumento-salarial-em-votacao-com-base-em-projeto-original-de-alckmin-sem-abrir-debate-com-funcionalismo
O presidente da mesa, Cauê Macris (PSDB), como de hábito quando a população ocupa o plenário, não permitiu manifestação contrária no momento da votação, com as mesmas ameaças de sempre, de cumprimento do regimento retirando o cidadão manifestante, e desta vez, tocou no ponto de “ser obrigado a parar o processo de votação”, o que de certa forma calaria a platéia, já que apesar do índice baixíssimo reajuste, é de desejo do trabalhador a obtenção do mesmo.
Conforme havíamos noticiado ser a tendência, a aprovação do projeto seguiu sem alterações. Neste cenário, o SIFUSPESP sente-se na obrigação de manter sua coerência e seguir lutando por um salário digno não só para os trabalhadores penitenciários, mas para todos os que prestam serviços públicos no Estado.
Lutamos e seguiremos lutando, seja no diálogo com os deputados, seja na mobilização de todos os trabalhadores de nossa categoria. O sindicato somos todos nós, unidos e organizados.
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