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Falta de transparência da LPTR e elevação do déficit funcional foram algumas das principais queixas apresentadas por servidores aos sindicalistas

 

por Giovanni Giocondo

Iniciado em meados de julho, o trabalho da diretoria do SIFUSPESP para promover o diálogo com a base da categoria continuou nesta segunda-feira(25) em Riolândia, na região Oeste do Estado, onde os sindicalistas estiveram tanto no Centro de Detenção Provisória(CDP) quanto na Penitenciária localizados no município.

Durante as duas visitas, o diretor de Saúde do sindicato, Apolinário Vieira; o secretário-geral, Gilberto Antonio da Silva, e o diretor de base, Edmar Firmo Neto, conseguiram conversar com os servidores de ambos os estabelecimentos penais sobre problemas crônicos que têm afetado o cotidiano do serviço. De acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), o CDP possui atualmente 1.132 presos.

Entre as principais reclamações dos policiais penais do CDP de Riolândia está o grande aumento no déficit funcional. Atualmente, faltam 59 servidores em todas as áreas da unidade, o que ocasiona mais riscos à segurança e também problemas no processo de ressocialização dos sentenciados do semiaberto.

Por outro lado, os trabalhadores questionam a falta de transparência da Lista Prioritária de Transferências Regional(LPTR), que possui 29 nomes inscritos, todos eles oriundos da região de Riolândia, que poderiam compor o efetivo caso houvesse mais mobilidade no andamento da lista.

O diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, atestou a desmotivação dos funcionários do CDP de Riolândia, muitos dos quais não conseguem ser transferidos e estão há quase uma década longe de suas famílias, o que notadamente é a causa de muitos transtornos de saúde mental e pedidos de afastamento do serviço. “A negativa a solicitações de licença também desestimulam os policiais penais a manterem-se na plenitude de suas forças para trabalhar”, menciona o sindicalista.

Como forma de contornar essas queixas, o SIFUSPESP pretende organizar um Grupo de Trabalho e utilizá-lo para fazer uma ponte entre os pedidos dos servidores da unidade, a Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado(Croeste) e a SAP. “Hoje, o que se vê é uma LPTR que não roda, enquanto o déficit só cresce. Está simples para a secretaria agir e suprir essa defasagem, e nós enquanto sindicato podemos intermediar esse processo para benefício de todos os servidores”, completou Apolinário Vieira.

Já na Penitenciária de Riolândia(foto acima), as críticas à inércia da LPTR - na qual 26 trabalhadores estão inscritos - se repetiram e também contaram com o acolhimento por parte do sindicato. Apesar de não terem apresentado os números oficiais do déficit aos diretores do SIFUSPESP, os servidores da unidade foram unânimes em apontar que a demora nas transferências sobrecarrega aqueles que já estão em serviço, causando estresse, falta de condições de trabalho e danos à saúde da categoria.  Atualmente, 1.277 presos cumprem pena no regime fechado da unidade.

“O que precisamos é de mais diálogo, ouvir os servidores, e levar suas demandas à SAP e às coordenadorias, para obter com mais rapidez uma maior estruturação do sistema penitenciário paulista como um todo, no qual os direitos dos funcionários são respeitados, suas queixas, compreendidas, e eles podem atuar com mais tranquilidade, incentivo e valorização, fazendo o seu melhor dentro de uma realidade de um trabalho que tenha qualidade de vida e permita que alcancem o seu máximo potencial”, concluiu o diretor de Saúde do SIFUSPESP.

Falecido em 2019, Vanderley Tartari Monteiro descende de uma família de policiais penais e foi um dos principais articuladores da expansão do sindicato para a região Oeste do Estado

 

por Giovanni Giocondo

Em homenagem à memória do policial penal Vanderley Tartari Monteiro, que foi diretor do SIFUSPESP durante muitos anos e dedicou quase toda a sua vida ao trabalho no sistema prisional paulista, a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) batizou a Penitenciária masculina de Tupi Paulista como “Penitenciária Vanderley Tartari Monteiro”. A mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado.

Falecido em dezembro de 2019, pouco tempo após se aposentar, Vanderley era um servidor com atividade de grande valor na Penitenciária de Tupi Paulista, reconhecido pelos amigos e colegas de trabalho pela dedicação intensa nas unidades onde atuava. Essa história começou com seu tio, Deoclécio Tartari, que também era policial penal e foi um dos fundadores da Penitenciária de Presidente Venceslau. 

A saga continuou com seus filhos, Waltecyr, que também atua em Tupi, e Wanderley, lotado no Centro de Detenção Provisória(CDP) de Caiuá, na mesma região. 

Além de sua trajetória como servidor, Vanderley Tartari Monteiro também foi um dos pilares da expansão do SIFUSPESP para o interior do Estado, notadamente na região Oeste. Nos anos 1990, ele era um dos diretores do sindicato que liderou a constituição das sedes em Presidente Prudente e Presidente Venceslau, onde, na época, a entidade se fazia presente apenas como uma associação.

Secretário-geral do SIFUSPESP, e também lotado na Penitenciária masculina de Tupi Paulista, Gilberto Antonio da Silva lembra com muita alegria do saudoso amigo, que abriu as portas para muitos guerreiros desenvolverem seu trabalho na unidade “e se tornou peça fundamental para que o sindicato crescesse e ficasse forte, unido e representasse de maneira imprescindível a categoria”.

Nesse sentido, o sindicato considera a homenagem a Vanderley Tartari Monteiro mais do que justa, e espera que sua história possa permanecer viva dentro de um sistema prisional que precisa de exemplos de honra e luta entre os servidores para ser mais cada vez melhor.

Servidora morreu nesta quarta-feira(20)

 Atualizado às 17h12, de 21/07/2022

por Giovanni Giocondo

Com extremo pesar, o SIFUSPESP lamenta o falecimento da policial penal Carla Cristina Contrucci Correa.

A servidora morreu nesta quarta-feira(20), e será sepultada hoje a partir das 16h no Cemitério Municipal de Avaré, no interior paulista, município onde atuava na Penitenciária 1.

Anteriormente, Carla Cristina havia trabalhado durante muitos anos na Penitenciária Feminina da Capital(PFC), onde deixou muitas amigas, que lamentaram muito a perda da companheira.

O SIFUSPESP presta seus sentimentos aos familiares da policial penal, e se coloca à disposição para oferecer qualquer auxílio que for necessário neste momento tão triste.

Ao sindicato, o irmão de Carla, César Construcci, que também é policial penal, agradeceu muito à linda homenagem feita pelas antigas colegas de serviço da servidora na PFC, que compareceram em massa à cerimônia de sepultamento.



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