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Policiais penais da Célula de Intervenção Rápida conseguiram impedir mais duas mortes após intervenção. GIR está na unidade, que foi trancada

 

por Giovanni Giocondo

Um preso foi morto por outros detentos na tarde de terça-feira(11), durante um tumulto na Penitenciária de Florínea, no interior do Estado. Outros dois sentenciados ficaram feridos. 

De acordo com os relatos dos policiais penais, alguns dos detentos fizeram o companheiro de cela como refém, amarrando-o a uma grade e atingindo-o com estacas de madeira, até feri-lo mortalmente. 

Os policiais penais da Célula de Intervenção Rápida(CIR) conseguiram intervir, renderam os agressores, coibiram novos ataques, e ainda retiraram de dentro da carceragem dois presos que também ficaram feridos na confusão, encaminhando-os para atendimento médico. 

Toda a unidade está trancada e o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), foi acionado e deve continuar penitenciária até que sejam efetuados todos os procedimentos de praxe no caso de tumultos como este, incluindo a blitze nas celas.

O  SIFUSPESP acredita que o homicídio poderia ter sido evitado caso houvesse um efetivo mais numeroso de servidores - o déficit atualmente ultrapassa 30 servidores na carceragem - além de estrutura de trabalho, equipamento e equipe condizentes com situações de crise.

Isso porque muitos policiais penais de Florínea possuem formação completa dentro do GIR, feita na Penitenciária II de Venceslau, e somente por esse motivo impediram que ocorresse um verdadeiro massacre dentro da unidade. 

Superlotada, a unidade onde foi registrado o homicídio nesta terça-feira conta atualmente com uma população de 1.565 presos, quase o dobro da capacidade original, que é de 847. Os dados são da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP).

Neste 12 de maio, Dia Internacional da Enfermeira e do Enfermeiro, o agradecimento do SIFUSPESP a esses profissionais fundamentais à saúde pública e ainda mais essenciais nestes tempos de pandemia. 

Enfrentando condições de trabalho adversas, longas jornadas e desvalorização, estão na linha de frente sempre, seja vacinando contra o coronavírus, dedicados aos cuidados da população afetada pela Covid-19 ou por quaisquer outros males. 

Parabéns às enfermeiras, enfermeiros e técnicos de enfermagem do sistema prisional, e de todos os setores da saúde no Brasil. Nosso agradecimento pelo trabalho essencial que salva vidas todos os dias.

Guerreiros e guerreiras do sistema prisional, batalhadores que diariamente enfrentam condições precárias e insalubres na vigilância e disciplina dos detentos, servidores essenciais à segurança pública e à proteção da sociedade. 

Neste 12 de maio, data oficialmente reconhecida pelo Estado paulista como Dia do Agente de Segurança Penitenciária, todo nosso reconhecimento pela bravura e dedicação com que desempenham seu trabalho mesmo em condições adversas, agravadas ainda mais pelos riscos trazidos pela pandemia de coronavírus. 

Mas que esse reconhecimento não seja somente neste 12 de maio, nossa luta é pelo reconhecimento diário dos, agora, policiais penais. Antes de mais nada, queremos a Polícia Penal regulamentada em São Paulo, a exemplo de outros estados do país.

Queremos investimentos no sistema prisional que, mais do que nunca, está abandonado nestes anos do governo Dória, que sem a chamada de concursados, agravou ainda mais as dificuldades impondo um grave déficit funcional nas unidades. Somos essenciais à sociedade, não podemos parar, temos que enfrentar a pandemia além dos perigos já existentes no cotidiano, mas, infelizmente, não somos reconhecidos como deveríamos, por isso, nesta data tão importante, não há o que comemorar. 

Queremos valorização profissional, salário digno, melhores condições de trabalho e preservação dos direitos dos policiais penais e de todo o conjunto do funcionalismos, direitos estes que o governo federal quer nos tirar com uma malfadada “reforma” administrativa, como se os ataques à previdência e às garantias aos servidores públicos não tivessem sido massacrados o suficiente pelo governo estadual de João Doria (PSDB). Isso sem citar o absurdo congelamento de salários e da contagem de tempo para sexta-parte e outros direitos pecuniários, transferindo a conta da crise em plena pandemia ao bolso dos servidores. 

Que esse dia seja de luta e de reflexão pelos policiais penais que seguem batalhando ativamente, pelos que já dedicaram suas carreiras ao serviço público e hoje estão aposentados, e também em memória dos que perderam a vida durante o trabalho, sejam os vitimados pela Covid-19 ou outras doenças que fizeram cessar seu sopro nesta existência. 

Que também seja um dia de reflexão sobre a importância de estarmos unidos, de somarmos forças, de participarmos ativamente do sindicato e da luta organizada pelo SIFUSPESP em defesa da categoria. 

Juntos somos mais fortes e podemos mudar a realidade. Força e honra! 

Direção - SIFUSPESP

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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