Mais de 300 servidores querem transferência para trabalhar próximos da família. Obra consumiu R$ 95 milhões, além dos custos mensais de manutenção sem que a inauguração ocorra
Por Flaviana Serafim
Os servidores penitenciários realizam ato público nesta sexta-feira (11), a partir das 10h, reivindicando a inauguração do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Gália I e II. O protesto será em frente ao CDP (Rodovia SP-331, km 168 – Sentido Norte – Gália) e está sendo organizado pelo Fórum Penitenciário Permanente, formado pelo SIFUSPESP, SINDASP e SINDCOP, que convoca a categoria a se somar à luta, sobretudo os servidores do sistema prisional que residem na região.
No último dia 20 de novembro, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) anulou o edital licitação para cogestão da Penitenciária de Registro e dos CDPs de Aguaí, Gália I e II, mas até o momento a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não se manifestou sobre previsão de inauguração das unidades.
Em fevereiro, o SIFUSPESP criou um formulário para fazer um levantamento e mostrar que há servidores interessados na transferências para os CDPs de Gália I e II, ao contrário de boatos de que estariam faltando interessados em trabalhar nas unidades, e até o momento são cerca de 340 inscritos. O Fórum Penitenciário Permanente vai entregar a listagem à SAP cobrando celeridade na inauguração dos CDPs.
Com capacidade para 823 detentos, a execução de obras e serviços para construção da unidade, homologada no final de 2014, custou cerca de R$ 95 milhões aos cofres públicos, de acordo com dados do Portal da Transparência.
Protesto dos servidores penitenciários pela inauguração dos CDPs de Gália I e II
Dia: 11 de dezembro de 2020 (sexta-feira)
Horário: 10h
Local: em frente aos CDPs de Gália I e II
Rodovia SP-331, km 168 – Sentido Norte – Gália
Serviços médicos têm sido negligenciados a milhares de servidores em todo o Estado, conforme relatos feitos ao SIFUSPESP, mas há formas de suspender pagamento dentro do que prevê a legislação
Por Giovanni Giocondo
Devido ao grande número de queixas de trabalhadores penitenciários sobre o não atendimento de clínicas, laboratórios e hospitais credenciados junto ao Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (IAMSPE) no interior, no litoral e na capital paulista, o SIFUSPESP vai orientar aqueles que tiverem interesse em cancelar a cobrança por parte do Estado e consequentemente, o acesso ao serviço.
É preciso deixar claro que essa ação é irreversível, e portanto o funcionário público ou seu dependente que for excluído não poderá mais se inscrever, de acordo com o que determina a lei. O IAMSPE respondeu recentemente ao sindicato sobre a falta de atendimento, afirmando que está readequando seus profissionais e centros médicos credenciados, e portanto quem não se sentir seguro em deixar o plano pode repensar sua decisão.
Apesar de considerar fundamental a defesa de um IAMSPE mais forte, o SIFUSPESP observa total falta de comprometimento por parte do governo de São Paulo quanto ao bem estar e à saúde de seus servidores e familiares, já que muitos deles têm perdido consultas eletivas, cirurgias, sessões de fisioterapia, tratamento para câncer, doenças crônicas e outros atendimentos em virtude da falta de competência na administração do instituto.
Nesse sentido, o servidor está tendo de arcar com parte de seu salário - cada vez maior - para bancar um serviço que não está sendo prestado, enquanto o governo do Estado não dá sua contrapartida financeira e tampouco respostas efetivas que sanem o descaso com relação ao atendimento. Por isso, o trabalhador deve ter a opção de cancelar o IAMSPE e procurar outra forma de lidar com sua saúde, seja ela no serviço público ou particular.
Orientações
Para fazer o cancelamento, o servidor em primeiro lugar deverá imprimir o formulário disponível neste link, e preenchê-lo com todos os seus dados. Devido à pandemia de coronavírus, está suspenso o atendimento presencial para entrega do formulário e demais documentos, que neste caso devem ser encaminhados pelos Correios ao endereço:
Avenida Ibirapuera nº 981 - Bairro Vila Clementino
CEP: 04029-000 - São Paulo - SP
O prazo para cancelamento é de aproximadamente dois meses.
Caso o servidor não consiga por qualquer motivo efetuar o cancelamento, poderá procurar o Departamento Jurídico do SIFUSPESP, que possui uma ação específica para tratar desse caso quando houver recusa por parte do Estado.
por Giovanni Giocondo
O SIFUSPESP lamenta, com pesar, o falecimento do oficial operacional Adamilton Cordeiro dos Santos, de 72 anos, ocorrido neste domingo(06).
O servidor estava aposentado após trabalhar durante muitos anos no Centro de Detenção Provisória(CDP) II do Belém, na zona leste de São Paulo. Ele também atuou dentro da sede do governo do Estado, no Palácio dos Bandeirantes.
Funcionário muito querido pelos colegas de sistema, Adamilton vinha sendo submetido a um tratamento de hemodiálise, e morreu enquanto dormia.
A todos os familiares e amigos do oficial operacional, o SIFUSPESP presta suas homenagens e oferece total apoio em caso de necessidade.
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