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Parlamentar e líder sindical está sendo processada pelo secretário estadual de Educação do governo Doria por questionar em pronunciamento público, durante reunião, suposta irregularidade em contrato da gestão de Rossieli Soares

 

por Giovanni Giocondo

O SIFUSPESP vem a público para oferecer total apoio à deputada estadual e presidenta da APEOESP, Professora Bebel. A parlamentar do PT está sendo processada pelo secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, por ter questionado a suspeita de irregularidade em um contrato feito pela pasta.

De acordo com relato do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial da Rede Estadual, a ameaça de ação judicial aconteceu após Bebel ter feito, durante uma reunião online, uma pergunta sobre o convênio com uma empresa de prestação de serviços de mídia à Secretaria de Educação.

Em público, dentro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) onde atua, a parlamentar fez a pergunta em tom cordial, porém cobrando informações que considerava necessárias para esclarecer o suposto problema envolvendo o convênio.

Rossieli Soares teria ficado irritado com a pergunta e falado em voz alta com a sindicalista, prometendo processá-la enquanto encerrava a transmissão.

Em seu relato, a deputada estadual disse que em décadas de atuação na APEOESP, jamais havia sido acionada judicialmente por um secretário de Educação, nem nos momentos mais tensos da greve dos professores.

Por entender que é papel dos deputados estaduais fiscalizar as ações do Poder Executivo e representar as demandas da sociedade paulista em prol de uma administração pública transparente e livre de má gestão e da corrupção, o SIFUSPESP está ao lado da deputada estadual Professora Bebel, que nada mais fez neste episódio que sua função enquanto parlamentar e líder sindical, postura que não pode ser criminalizada.



Com pesar, a direção do sindicato comunica que a policial penal aposentada Mariaja da Graça Mello Duarte, mais conhecida como Mara, faleceu na noite desta quarta-feira (4), aos 71 anos.

Aposentada após décadas de trabalho na Secretaria de Administração Penitenciária, ela havia atuado nas penitenciárias femininas da Capital, de  Santana e do Tatuapé. Era viúva e deixa filhos, além dos muitos amigos e amigas do sistema prisional. 

Em mensagem recebida pelo SIFUSPESP, os colegas a destacam pela autenticidade, e pelo legado que deixa de carinho e lealdade ao próximo. 

A direção do sindicato expressa seu pesar profundo e condolências, e está à disposição dos familiares da policial penal para o que for necessário.

Por Flaviana Serafim

De 2 de outubro até este 3 novembro, 1.714 detentos foram infectados com o coronavírus no sistema prisional paulista. Houve um salto de quase 21% no período, de 8.264 para 9.979 presos com COVID, entre confirmados por teste rápido e exame PCR segundo dados do boletim da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O total de servidores penitenciários com coronavírus também aumentou de 1.692 para 1.831, crescimento de 8% em um mês. 

Desde o início da pandemia, 32 servidores penitenciários morreram de COVID-19, segundo  apuração do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP), e 33 detentos de acordo com o dado da SAP. 

Os casos mais recentes denunciados pela categoria ao SIFUSPESP são na Penitenciária de Paraguaçu Paulista, na região oeste do Estado de São Paulo, onde seis servidores foram afastados devido à COVID, 15 presos infectados estão isolados e há outros 180 com suspeita de contágio.

A unidade prisional é uma das que sofre com grave déficit no quadro de funcionários, o que coloca em risco a segurança dentro e fora dos muros, como o sindicato vem denunciando permanentemente.  A Penitenciária de Paraguaçu Paulista também está superlotada, com 1.450 presos onde as vagas são para 844, quase o dobro da capacidade, o que agrava ainda mais o cenário. 

SIFUSPESP alerta para importância da proteção para prevenção

Apesar da flexibilização que vem sendo adotada pelo governo estadual, a direção do SIFUSPESP reforça que a pandemia prossegue. Como não há vacina até o momento, o uso permanente de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos servidores penitenciários, como máscaras, e de insumos de higiene como álcool gel, além do distanciamento social, continuam sendo os principais meios de prevenir o contágio, seja nas unidades prisionais ou externamente. 

“É uma irresponsabilidade a flexibilização que o governo Doria tem feito. A pandemia não acabou, mas como toda essa flexibilização por questões econômicas, muita gente vem relaxando e deixando a proteção à vida em segundo plano. Os casos só vem aumentando em São Paulo, no Brasil e no mundo, estamos longe do controle da COVID, então vamos nos cuidar, por amor e respeito próprio, às nossas famílias e a todos e todas ao nosso redor”, alerta Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do sindicato. 

Dos 5,5 milhões de casos de coronavírus do Brasil, o estado paulista concentra 1,18 milhão, e dos 160.496 mortos no país, 39.364 vítimas são de São Paulo, segundo dados do boletim da Sead.

Alterado em 4/11/2020, às 18h13, para atualização de informações

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