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MDB e PSDB retomam projeto que destina riquezas do país ao capital estrangeiro, em detrimento do bem estar da população, ameaçando futuro e autonomia nacional

 

A entrega ao capital estrangeiro do controle de setores estratégicos da economia brasileira sempre pautou a pontual e conveniente aliança entre os dois principais partidos políticos que comandam o país na atualidade. PSDB e MDB sempre trabalharam pelo nosso eterno subdesenvolvimento e não vão parar enquanto não nos verem de joelhos.

 

Sob a batuta de Michel Temer(MDB) que lidera a gestão mais impopular de nossa história, e de Fernando Henrique Cardoso(PSDB), entre 1995 e 2002, a população viu as riquezas que deveriam pertencer ao povo serem dilapidadas pelas ações do governo federal, sempre em prol do domínio das empresas estrangeiras e dos lucros exorbitantes de seus acionistas.

 

Telecomunicações, mineração, energia elétrica, petróleo e gás. Todas áreas que são sabiamente reconhecidas como pilares para o crescimento de nossa indústria, agricultura, pecuária, transporte, comércio e serviços. Todas jogadas no colo do capital internacional a preço de banana graças à política econômica adotada por Temer e FHC.

 

Não bastasse vender por valores irrisórios estatais e suas subsidiárias, tal qual fez com a Vale e tenta fazer com a Eletrobrás e a Petrobrás, o dueto PSDB/MDB ainda tem a pachorra de utilizar recursos públicos para financiar os aportes futuros das multinacionais nesses setores. O dinheiro do contribuinte maximiza os dividendos dos gringos enquanto a população se vê à beira do abismo do desemprego, da fome e da inflação.

 

O que é ruim pode ficar pior quando se pensa que as verbas que deveriam ter como prioridade o investimento na competitividade de nossa indústria de base e o consequente aumento do número de empregos e de melhoria da renda do trabalhador servem para expandir a desindustrialização e nos tornar subservientes a uma lógica em que o país segue como exportador de commodities e importador de produtos com maior valor agregado, ou seja, mais caros (o que explica o caso do aumento dos combustíveis, por exemplo).

 

O entreguismo de nossas riquezas é latente, e sua justificativa não poderia ser mais absurda: A suposta falta de recursos e de capacidade para viabilizar o crescimento das receitas das empresas estatais e do compartilhamento de seus ganhos com a população. A justificativa é que incrementar a qualidade de vida das pessoas com investimentos maciços em educação, saúde, segurança e habitação atrapalha as empresas e o Estado.

 

Tratam o que poderia ser um investimento com altíssimo retorno garantido a médio prazo como um gasto dispensável, e argumentam que esta medida traria ônus em vez de bônus para a sociedade brasileira.

 

Por isso a dupla PSDB e MDB nos reduz ao papel de coadjuvantes no ambiente globalizado, onde o Brasil possui potencial para estar entre os protagonistas, o que faz com que nossa economia tenha se deteriorado e perdido muito espaço nos últimos dois anos.

 

O perigo para o sistema prisional

 

Nesse sentido, mais do que avançar sobre o patrimônio do povo brasileiro, o desejo do capital internacional neste momento de crise econômica que assola o país é devastar ainda mais nossas perspectivas e soberania ao tentar substituir - sempre com o apoio irrestrito do governo mais impopular da história - os serviços básicos sobre os quais o Estado deve sempre estar à frente, entre eles o sistema prisional. As táticas adotadas por grandes corporações já estão na mesa de negociatas.

 

Consequências disso são o aumento da pobreza, a redução da quantidade e da qualidade dos serviços públicos, o que leva ao aumento do poder do crime organizado em relação aos mais pobres, mas também à generalização das privatizações para diversos setores, o que tem feito com que grupos estrangeiros façam pressão para ampliar o negócio da privatização no sistema penitenciário.

 

Dados sobre o entreguismo - O caso Petrobras

 

Um levantamento feito pelas Consultorias Legislativa e de Orçamento da Câmara dos Deputados, em outubro de 2017, mostrou que a renúncia fiscal concedida via medida provisória pelo governo Temer às petroleiras estrangeiras que vão explorar os campos do pré-sal vão representar uma perda de R$1 TRILHÃO de reais em impostos que vão deixar de ser arrecadados ao longo dos próximos 25 anos, ou R$40 BILHÕES por ano.

 

Mais uma vez na ponta da língua de Temer está o argumento nefasto de que a medida “vai gerar empregos e estimular os investimentos no país”, sem nenhuma menção aos ganhos estratosféricos que empresas como a Shell, Exxon e a Repsol terão nas próximas décadas e tampouco aos tributos que deixarão de pagar.

 

O governo federal, que leiloou no ano passado seis campos do pré-sal por apenas R$6 bilhões, também fará com que os Estados produtores recebam das empresas menos royalties - valor pago pelas petroleiras pela exploração da matéria-prima no país.

 

Um decreto presidencial válido desde 1º de janeiro de 2018 alterou o método de cálculo que pode impactar em uma perda anual de até 50% nas receitas com os royalties para o Rio de Janeiro, Estado que já enfrenta fortíssima crise financeira e que vem enfrentando muitas dificuldades para manter serviços básicos em pleno funcionamento.

 

Após fazer o leilão de mais três campos do pré-sal por pouco mais de R$3 bilhões no último dia 07/06, a equipe econômica de Temer já sinaliza ao mercado financeiro que será bastante benevolente na manutenção da política de preços dos combustíveis no país.

 

Mesmo a pressão imposta pela greve dos caminhoneiros sobre o governo parece não ser suficiente para fazê-lo desistir da ideia, encampada desde que Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras em junho de 2016.

 

Demitido como parte dos reflexos da crise do setor, o agora ex-presidente da estatal já possui largo cartel de desserviços prestados à nação. Era ele o ministro de Minas e Energia quando do apagão de 2001, no final da última gestão de FHC. Apesar de ter demitido o desgastado Parente, Temer não vai deixar de atender aos interesses externos e manterá a qualquer custo a sanha privatista a todo vapor.

 

O caso Vale do Rio Doce

 

Privatizada pelo governo Fernando Henrique em maio de 1997 por irrisórios R$3,3 bilhões, a Vale possuía, à época, cerca de R$100 bilhões em reservas minerais, de acordo com informações da própria empresa. A estatal fora criada em 1942 com recursos do Tesouro Nacional, e sua administração sempre foi mista. Um mês após ter sido privatizada, 3,3 mil funcionários foram demitidos, o equivalente a 20% do quadro de pessoal.

 

Depois de 21 anos sob o controle exclusivo do consórcio que a arrematou - liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional(CSN), que também havia sido privatizada pouco antes, no governo Itamar Franco, por  apenas R$1,2 bilhão - a Vale possuía R$300 bilhões em valor de mercado, de acordo com dados do Ibovespa divulgados em 6 de junho deste ano. Somente entre janeiro e março de 2018, o lucro líquido da empresa cresceu R$1,59 bilhão.

 

Com as perdas da Petrobras ao longo da crise dos combustíveis e os ganhos da Vale com a fortíssima alta do dólar no último período, a mineradora ultrapassou a petroleira e o banco Itaú/Unibanco neste mês de junho e se tornou a segunda maior empresa em valor de mercado da história da Bolsa. Perde apenas para a Ambev.

 

Uma triste coincidência que nos leva a pensar sobre o potencial de crescimento que o Brasil poderia desenvolver ao longo das últimas décadas caso todos esses ganhos que estão sendo divididos entre os acionistas da empresa fossem utilizados em prol do povo brasileiro.

 

Quem afinal ganha com a entrega do patrimônio nacional para a privatização? Muito poucos. Mas a população perde, e muito, sem acesso a serviços básicos e sem o controle das companhias pelo Estado que lhes nega direitos, trabalho e renda.

 

É preciso enfrentar essa lógica e fazer com que os interesses da sociedade brasileira sejam prioridade.

Vejam alguns links de publicações na imprensa nos últimos 2 anos, que reputamos importante para a leitura do tema da privatização do sistema penitenciário nesta conjuntura:

 

Caso Amazonas

(massacre e descontrole foram parte do incidente ocorrido no ano de 2017, o governo federal não conseguiu resolver os problemas com a guarda nacional, e teve que contar com grupos de ação tática de outros Estados, incluindo membros do GIR, para resolver). O Amazonas possui uma situação de falta de investimentos, contratações, e outros problemas há mais de 30 anos. A unidade em que ocorreu o completo descontrole era uma unidade privatizada, fato ocultado por grande parte da imprensa nacional. O Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus, palco do massacre de 56 apenados em janeiro de 2017, é um presídio privatizado. A empresa privada Umanizzare (humanizar em italiano) teria recebido R$ 137 milhões para gerir o COMPAJ.

 

http://www.portaldoholanda.com.br/noticia-hoje/oab-aponta-deficiencias-do-sistema-prisional-do-amazonas-para-equipe-de-giuliani-securi

http://bncamazonas.com.br/poder/giuliani-presidio-federal-interior/

http://www.acritica.com/channels/manaus/news/apos-fuga-no-cdpm-2-seap-retoma-operacao-cerberus-em-presidios-de-manaus

https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/sistema-nacional-de-monitoramento-aponta-que-amazonas-tem-6-mil-presos.ghtml

https://editalconcursosbrasil.com.br/noticias/2018/05/seguranca-am-tem-reducao-de-vagas-explicada-por-secretaria/  

http://amazonasatual.com.br/mp-am-apura-superfaturamento-em-contrato-para-monitorar-presos-do-amazonas/

 

Temer recebe apoio de lobistas e quer privatizar os presídios - 2018

https://www.esmaelmorais.com.br/2018/03/temer-quer-privatizar-presidios-na-onda-da-intervencao-no-rio-de-janeiro/

 

Governo Federal quer incluir presídios em programas de concessões - 2018

http://www.valor.com.br/politica/5353491/governo-quer-incluir-presidios-em-programas-de-concessoes

 

O repasse ao setor privado da administração dos presídios só tende a agravar o problema do sistema - 2017

https://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-socio/a-privatizacao-das-penitenciarias

 

Privatizar presídios é a solução? Números indicam que não - 2017

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/privatizar-presidios-e-a-solucao-numeros-indicam-que-nao/

 

Lucro no Cárcere - 2017

http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/125/austericidio-no-sistema-prisional-privatizacao-nao-garante-qualidade-de-penitenciarias

 

Defensoria de Manaus -2017

https://exame.abril.com.br/brasil/faeda-da-defensoria-publica-presidios-privados/

 

Críticas à terceirização - 2017

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/especialistas-criticam-terceirizacao-de-presidios-e-desinformacao-sobre

 

O lucro que vem dos massacres - 2015

https://www.huffpostbrasil.com/instituto-terra-trabalho-e-cidadania/privatizacao-de-presidios-o-lucro-que-vem-dos-massacres_a_21692450/

 

Privatizar não ressocializa - MS - 2015

http://anovademocracia.com.br/no-143/5712-privatizacao-x-ressocializacao

 

Rio Grande do Norte - discurso de rebeliões como justificativa para Privatização - 2015

http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2015/05/governo-estuda-privatizar-presidios-no-rio-grande-do-norte.html

 

CNBB rejeita - 2015

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2015/11/cnbb-rejeita-projeto-do-senado-de-privatizacao-de-presidios-944.html

 

Lucratividade com presos - 2014

https://apublica.org/2014/05/quanto-mais-presos-maior-o-lucro/

 

Resumo opinativo do tema - O sistema privado é melhor que o público?

http://www.politize.com.br/privatizacao-dos-presidios-e-a-solucao/

 

Ao abrir de 2017, a sociedade brasileira foi surpreendida pelas trágicas e preocupantes rebeliões ocorridas no Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ), em Manaus, em que 56 pessoas foram executadas e 87 presos empreenderam fuga. Com exceção do massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, a carnificina no COMPAJ é considerada a maior já presenciada em presídios no Brasil.


Ainda que a briga entre facções tenha sido o aspecto mais comentado pela imprensa e pelas redes sociais na busca por explicar as motivações que levaram à rebelião, pouco se falou sobre a realidade vivenciada por trás das grades e a permanente omissão do Estado. Esse contexto permitiu que presos se autogovernassem e impusessem o clima de tensão que culminou no massacre.

É preciso registrar que cabe ao Estado, e não à pessoa presa, a responsabilidade pela execução penal e pela custódia da população carcerária. Assim, não se pode atribuir o lamentável episódio ocorrido em Manaus meramente à disputa entre grupos criminosos. O fato é, antes de tudo, resultado da ineficiência do poder público em fazer cumprir sua missão de zelar pelo que ocorre nos intramuros do sistema prisional. No COMPAJ, em especial, essa omissão estatal se coroa com a privatização dos serviços carcerários, ocorrida por meio da contratação da empresa Umanizzare – que desde 2014 passou a ter função ativa na administração do presídio.

Com sua privatização, o COMPAJ passou a funcionar sob sistema de cogestão, tendo a Umanizzare atribuições como a segurança interna e a consecução de serviços aos presos, tais como assessoria jurídica, saúde e atividades educacionais. Assim, o corpo de profissionais – como psicólogos, advogados, assistentes sociais, profissionais de saúde e professores – é contratado diretamente pela empresa. Por sua vez, a direção do local e os gerentes de segurança são servidores públicos.

Defensores da privatização das prisões afirmam que unidades carcerárias com administração privada apresentam melhores condições de funcionamento. Sob o argumento da pretensa maior eficiência, muitos estados brasileiros têm adotado a lógica do mercado para responder aos enormes desafios de um sistema prisional que só cresce e que coloca o Brasil como a quarta maior população carcerária em todo o mundo.

Entretanto, o que se vê é que a privatização não representou a solução mágica para prisões superlotadas, violentas e degradantes. Conforme amplo estudo coordenado pela Pastoral Carcerária em 2014, estabelecimentos de gestão terceirizada se mantêm distantes de assegurar condições dignas aos presos.

No caso do Amazonas – conforme apresentado em relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura com o resultado de visitas realizadas a unidades prisionais do estado –, os profissionais contratados pelas empresas não apresentavam qualificação adequada, além de receberem parcos salários, sofrerem forte rotatividade e não possuírem plano de carreira. A ausência de estabilidade estatutária – como a do servidor público – acaba por facilitar demissões e tirar dos procedimentos básicos de administração a investigação e análise de más condutas. A prática prejudica, por exemplo, a apuração de denúncias de tortura cometidas contra presos, já que a solução mais facilmente adotada é a substituição do funcionário e a manutenção de ações institucionalmente enraizadas.

Ainda segundo o Mecanismo Nacional, os serviços disponibilizados aos privados de liberdade em Manaus são precários, sendo rotina a superlotação. De acordo com relatos da imprensa, no dia da rebelião, por exemplo, o COMPAJ funcionava 170% acima de sua capacidade de presos. Com esse amplo inchaço da população prisional, direitos como saúde, educação, acesso ao trabalho, alimentação, assistência material, entre outros, são sistematicamente violados.

Ao privatizar unidades prisionais, o Estado transfere o seu poder punitivo a uma entidade com interesses meramente lucrativos. A Umanizzare recebeu em 2016 R$ 326,3 milhões do governo estadual. Inclusive, o Ministério Público do Amazonas protocolou nesta semana um pedido ao Tribunal de Contas do Estado para o rompimento desse contrato, pois há indícios de superfaturamento, mau uso do dinheiro público, conflito de interesses empresariais e ineficácia da gestão.

Desse modo, o Estado propiciou o lucro aos interesses privados através do preso, abrindo margem, inclusive, para a corrupção. Nessa lógica, quanto mais presos, maior é o rendimento à empresa, sendo o encarceramento a alma do negócio. Não à toa, há uma forte discussão no cenário político voltado ao endurecimento penal, como a redução da maioridade e um maior rigor na guerra às drogas.

Nos Estados Unidos – país que começou a implantar a privatização no governo de Ronald Reagan, ainda na década de 1980 –, a privatização das prisões gerou um lobby fortíssimo voltado a um maior rigor das penas e uma repressão policial ainda mais intensa, consolidando-se políticas públicas de segurança com base na Lei e na Ordem. Isto é, mais pessoas foram presas e condenadas a penas mais longas de privação de liberdade – constituindo um negócio milionário para empresas do setor. No entanto, nos últimos meses, esse processo começou a ser revertido, tendo o Departamento de Justiça do país já anunciado que reveria as prisões privadas, pois não seriam tão eficientes se comparadas às instalações do próprio Estado.

Não há repostas mágicas nem caminhos fáceis para lidar com a questão. Entretanto, medidas como a retomada da gestão estatal em unidades privatizadas e a separação dos presos com base em critérios objetivos e previstos em legislação nacional e internacional são urgentes e necessárias. A partir de uma abordagem coletiva, é necessária a elaboração de estratégias para uma revisão geral da política penitenciária nacional, com monitoramentos e avaliações periódicas voltadas, sobretudo, ao desencarceramento. Também precisam estar em foco o acesso à justiça e a aplicação da privação de liberdade como exceção, não como regra.

Nessa perspectiva, órgãos do Executivo estadual e federal, têm um papel essencial no redimensionamento da política prisional no país. Precisam, inclusive, repensar com o Legislativo a Lei de Drogas – um dos grandes protagonistas para o encarceramento em massa. Mas não só. É importante que essa tarefa seja compartilhada com órgãos do sistema de justiça criminal. A tarefa engloba as polícias, a Defensoria Pública, os Ministérios Públicos, assim como o Judiciário. É, portanto, um amplo e equilibrado esforço para fazer cumprir o respeito à vida e à dignidade.

Lucio Costa é psicólogo e perito e Thais Lemos Duarte  é socióloga e perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Este artigo reflete opiniões pessoais e não as dos órgãos a que estão filiados os autores.

Texto publicado no El País Brasil em 05 de Jan de 2007 e trata da ineficiencia do sistema privatizado no Amazonas e como isso levou a uma tragédia pública, acesse o texto original em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/05/opinion/1483625278_386473.html

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