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Entorpecentes e aparelhos telefônicos estavam em mochilas abandonadas por suspeitos próximo à unidade prisional nesta segunda-feira (12). Déficit de servidores tem se aprofundado no CPP, o que dificulta trabalho preventivo de blindagem da unidade contra assédio de criminosos

 

por Giovanni Giocondo

Policiais penais do Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Tremembé, no Vale do Paraíba, conseguiram apreender dezenas de celulares, baterias, carregadores, chips de diversas operadoras e grande quantidade de drogas na noite desta segunda-feira (12).

Todos os equipamentos ilícitos e entorpecentes estavam dentro de duas mochilas que foram abandonadas por dois suspeitos próximo ao alambrado da unidade prisional. A dupla fugiu após perceber a aproximação dos servidores que faziam a segurança do entorno.

No total, foram encontrados 6,7 kg maconha e de 1,5 kg de cocaína, 40 celulares com 41 carregadores, 36 baterias, 32 fones de ouvido, 21 cabos USB, 14 chips telefônicos, um carregador portátil, uma mini caixa de som, uma lâmina de serra e uma máquina de tatuar.

Todo o material apreendido foi encaminhado para o distrito policial, onde foi lavrado boletim de ocorrência sobre o caso.

Com o aumento do número de afastamentos dos servidores do grupo de risco para o coronavírus, de aposentadorias e a não nomeação de novos trabalhadores, o déficit funcional tem crescido assustadoramente no CPP de Tremembé.

Essa conjuntura tem obrigado os policiais penais que estão de plantão a se desdobrarem para proteger a unidade do assédio de criminosos, situação que se complica ainda mais pelo fato de o CPP não contar com a presença dos policiais penais que atuam enquanto agentes de escolta e vigilância penitenciária

Para completar, a unidade também ocupa grande extensão territorial e tem atualmente uma população que supera os 3 mil detentos, todos cumprindo pena no regime semiaberto.



Policiais penais e detentos que estavam no veículo não sofreram ferimentos

por Giovanni Giocondo

Um acidente envolvendo uma viatura da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) terminou sem feridos nesta terça-feira (13), na avenida Salim Maluf,zona leste de São Paulo. Os policiais penais e detentos que estavam no veículo escaparam ilesos.

De acordo com informações repassadas ao SIFUSPESP, o veículo saiu do Centro de Detenção Provisória(CDP) do Belém II para transporte de presos, tendo como destino o CDP de São Bernardo do Campo, quando acabou perdendo o controle e causou a colisão.




Por Flaviana Serafim

Um detento da Penitenciária 2 de Guareí morreu no último sábado (10), no Hospital Regional de Itapetininga, infectado pelo coronavírus. É o 31º preso a morrer no sistema prisional paulista devido à COVID-19, onde o total de infectados chega a 8.464 e outros 60 casos são suspeitos, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o total de infectados é de 8.880, dos quais 7.729 confirmados com teste rápido e outros 1.151 confirmados com exame PCR. 

Entre os servidores penitenciários são 32 vítimas fatais desde março, sendo a mais recente a policial penal Aparecida Endo Correa Oliveira, da Penitenciária Feminina de Santana, que morreu neste 7 de outubro. O total de trabalhadores com coronavírus soma 1.730 até este 9 de outubro segundo a SAP, e 101 estão afastados com suspeita de contágio.    

Mesmo com a gravidade da situação, a SAP sinaliza retomada das visitas presenciais, uma medida irresponsável e ilegal como vem denunciando o Fórum Penitenciário Permanente, formado pelo SIFUSPESP, SINDASP e o SINDCOP, pois há decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), resultado de uma ação do SINDCOP e proferida em 28 de maio, que determinou a proibição  geral de visitas externas sob pena de multa à Secretaria em caso de descumprimento (leia mais). 

Na decisão, a juíza  Ana Luiza Villa Nova foi enfática ao pontuar que “não se trata de violar direito à convivência familiar dos custodiados”, uma vez que por causa da pandemia “a humanidade de um modo geral está sofrendo limitações e está privada do exercício dos seus direitos elementares (...) Trata-se de fato público, notório e incontroverso”. A magistrada ainda destacou que “não há dúvida que entre salvaguardar o direito à vida e à saúde e assegurar o direito do preso à visita, prevalece o primeiro”.

Presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Jabá, tem ressaltado que o rechaço à retomada das visitas é uma questão de saúde pública e de preocupação com a vida de todos, dos servidores, dos detentos e com a população em geral, pois a liberação fará com que mais de 50 mil familiares circulem pelo Estado de São Paulo para chegada às mais de 170 unidades prisionais, ampliando ainda mais os contágios dentro e fora dos muros do sistema. 

“Enquanto não há vacina, o isolamento segue sendo a melhor forma de prevenção. Essa flexibilização do governo Doria é irresponsável, tem motivos econômicos e, infelizmente, de novo não estamos aprendendo com o que ocorre em outras nações. Diversos países da Europa estão passando por uma segunda onda de contágios, com números de internação ainda maiores, e temo que o mesmo aconteça aqui por irresponsabilidade do governo estadual”, critica Jabá. 

 

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