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No dia 10 de novembro a SAP publicou uma nota a respeito do pagamento do Piso Nacional da Enfermagem regulamentado pela Lei Federal n.º 14.434/2022.

Na nota a SAP informa que o repasse de verbas do Fundo Nacional de Saúde - FNS do Governo Federal já foi realizado, ou seja o Ministério da Saúde já repassou o dinheiro ao estado de São Paulo e pelas informações apuradas pelo SIFUSPESP e confirmadas pela Secretaria de Saúde que o repasse foi feito no dia 21 de Novembro.

A nota da secretaria deixa bem claro: “O Governo de São Paulo realizou nesta quinta-feira, 21 de setembro, o repasse para o pagamento complementar, destinado ao piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. São R$ 40 milhões, enviados pelo Ministério da Saúde, que contemplam os pagamentos retroativos desde maio deste ano.”

Na mesma nota a Secretaria de Saúde afirma : “A Coordenadoria de Recursos Humanos da SES/SP cadastrou mais de 60 mil CPFs de funcionários da administração direta, filantrópicas, fundacionais, além dos que atuam no Imesc, Iamspe e da SAP”.

 

SIFUSPESP se reuniu com os trabalhadores afetados

 

O SIFUSPESP realizou uma reunião virtual com parte dos trabalhadores afetados, onde ficou definido que o sindicato oficiará a SAP a respeito do pagamento do piso e dos valores retroativos.

Os profissionais das carreiras de Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem fazem jus ao recebimento dos valores.

Na reunião também ficou decidido que caso a SAP tenha uma resposta insatisfatória o sindicato entrará com uma ação em nome dos seus associados que pertencem às carreiras afetadas.

 

Ação só é válida para os associados do SIFUSPESP

 

Pela característica da ação o SIFUSPESP só pode acionar o Judiciário em nome de seus associados, por isso é importante que todos os interessados se filiem.

Como forma de auxiliar os trabalhadores, a Diretoria do sindicato abrirá mão da carência para uso do jurídico aos trabalhadores dessas carreiras que se filiarem até a data em que a ação for impetrada.

É importante esclarecer que só terão direito os trabalhadores filiados até a data de ingresso da ação.

 

Filie-se 

A filiação além de garantir a assistência jurídica também auxilia na luta por melhores condições de trabalho e melhoria salarial e custa R$33,06 ao mês para os profissionais enquadrados na Lei  1157.

Abaixo o link para a ficha de filiação, basta seguir as instruções da página para imprimir a ficha de filiação que pode ser enviada gratuitamente.

 

 https://sifuspesp.org.br/filie-se

 

É com imenso pesar que o SIFUSPESP comunica a morte do Policial Penal Alexandre Osório Leite que trabalhava no CDP “Vanda Rita Brito do Rego” - OSASCO 2.

Alexandre foi encontrado sem vida por um colega de república.

Alexandre tinha 51 anos, era morador de Assis e ingressou no sistema em 2013.

O SIFUSPESP presta seus pêsames à esposa, familiares, amigos e colegas de trabalho de Alexandre neste momento de dor.

OBs. Esta matéria será atualizada assim que obtivermos mais informações sobre o velório e o enterro de Alexandre.

Como eu vejo o sistema penitenciário

 

Presenciei muitas coisas, como tentativa de fuga, agressões, tiros, cortes no pescoço de servidores, somente pelo fato de estar ali trabalhando.

Respeito todas as forças policiais, mas pensem: aquele indivíduo, quando preso em flagrante ou após uma investigação, passa por um trâmite de poucos dias até ser condenado por seu crime. Estamos em número bem menor, cuidando de um área confinada,  com muitos infratores. Imagine a pressão psicológica de trabalhar o tempo todo na cautela, com medo do que pode acontecer, com o máximo de cuidado e profissionalismo, sabendo que se fizermos tudo certo, tudo estará bem. Mas se houver um único erro, mínimo que seja, pode causar uma agressão grave, provocar morte ou ficar de refém. Isso acaba com o nosso psicológico, mata sua família de preocupação e tem efeitos colaterais. Um trabalho que não pode errar em nada, que não dá para corrigir. Aprendi a gostar da profissão, ser justo é imprescindível. Fiz amigos por todo o Estado. Posso dizer por todo o Brasil, fora do Brasil também, como o  irmão paraguaio Fábio Benites. Infelizmente, somos números para o Estado. Não é qualquer número, é um pai, um filho, um marido, uma esposa, uma mãe. Para o Estado, para os políticos, quando morre um POLICIAL PENAL, abre uma vaga que nem é preenchida. Para aquela família que perdeu seu pilar, um buraco sem tamanho na vida de todos.

Quando entrei na profissão tinha alguns direitos que foram arrancados, aposentadoria mudou, reformas tiraram direitos conquistados. Eles acham que os servidores não são trabalhadores, não têm idéia de quantas coisas fazemos e somos assíduos com ponto eletrônico, mas nos tiraram a abonada, o salário tinha um poder de compra, chegou a 10 salários mínimos, virou 3 salários.  Levante a mão quem não fez empréstimos para sobreviver e quando acha que vai respirar, entra no meio do oceano e só 10 anos de muita água profunda com tubarões. Entra ano, sai ano, entra político vemos esperança de ser valorizados pelo que fazemos, pelo que somos. Não me recordo de autoridades visitando as unidades como elas realmente são, no interior com presos, em tumulto e insubordinações. Estendem tapetes vermelhos, convocam servidores, cortam atendimento, o que era para ser visto com poucos servidores parece um serviço tranquilo. No sistema temos que ser justos para não cometermos crime e mudar de lado, devemos fazer cumprir a lei,  que nem ao menos nos defende. Em algumas unidades os gestores humilham os servidores, maltratam servidores, mas fazem vistas grossas a contravenções e comportamentos inadequados dos presos. Tem algo errado, vim de uma escola CDP DE ITAPECERICA DA SERRA, CDP DE CERQUEIRA CÉSAR, onde a segurança e a disciplina são prioridade e o corpo funcional é uma UNIDADE. Entramos em unidades de OPERAÇÕES ESPECIAIS, que de especial é somente a vontade de tirar o amigo da fogueira. Não se paga por ser especial, não se paga pelo risco de estar atuando, não se tem um advogado para o defender em caso de averiguar possíveis condutas contra os sentenciados, que na maioria das vezes são mentirosas. Quantas vezes vimos o advogado mandar o preso mentir e não pudemos intervir com a verdade. Cada disparo de calibre 12 com elastômero, em estrito cumprimento do dever legal, volta em forma de punição do seu dever, crime por fazer seu trabalho, correndo risco de ser exonerado e preso. Docentes que se humilham todos os dias para suas liberações e transportes, ouvem que é interesse particular formar servidores. Eu fiquei realmente louco, reconhecimento não é a arma que mata, é o fato de chegar em sua casa e não saber como pagar suas contas, sustentar sua família. A vida já não é fácil, mas trabalhar no inferno em troca de migalhas e voltar para casa frustrado sem perspectiva de futuro, de progresso, valorização, enquanto estamos vivos, amanhã pode ser tarde.

Cargos de designação por amizades e não por competências. Por que não escolhem um líder, alguém íntegro, que cuide de pessoas como pessoas e não como escravos?

Sem incentivo, com acúmulo de funções, devemos nos virar, fazer muitas funções para manter tudo funcionando. Os policiais são um time de futebol com 6 jogadores, correndo no campo com uma caneta na mão sem tinta, fazendo várias funções contra um time de crime organizado e mesmo assim estamos ganhando o confronto porque a maioria tem valores. Estamos quase mortos de cansaço e estamos segurando o resultado, preservando a segurança das unidades prisionais.

 

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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