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Agentes de segurança apreenderam porções de maconha num recipiente contendo arroz e feijoada, durante a revista de visitantes deste sábado (27) na Penitenciária de Casa Branca. O detento está na disciplinar e a visitante foi encaminhada ao Plantão Policial. 

Além da apreensão de entorpecentes deste sábado em Casa Branca, no domingo passado (21/7), em Presidente Venceslau, uma feijoada também foi usada na tentativa de levar alto-falantes e microfones para dentro da unidade, quando os agentes de segurança descobriram os objetos.  

Prestes a ser libertado, detento ficou irritado com a conferência da documentação e agrediu o agente penitenciário com um soco no rosto

Um agente de segurança penitenciária (ASP) foi agredido por um detento com um soco no rosto na última quinta-feira (25), no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz, no interior paulista. O caso ocorreu quando o ASP fazia a conferência da documentação e dos dados do preso que estava prestes a ser colocado em liberdade, mas, irritado, o sentenciado começou a espancar o agente, sendo necessária a intervenção de outro agente contra as agressões. 

Apesar dos hematomas, o agente penitenciário passa bem. A agressão foi registrada numa delegacia e o alvará de soltura do detento foi cassado, entre outras providências legais para que o sentenciado continue preso. Também foram adotados os procedimentos-padrão deste tipo de caso, além do registro da Notificação de Acidente de Trabalho (NAT). 

A agressão ao ASP se soma a outras duas sofridas por agentes apenas em julho, situação que o SIFUSPESP lamenta e tem denunciado frequentemente. No começo do mês, um agente foi agredido em Iperó enquanto fazia a contagem dos presos e, em Presidente Venceslau, um detento jogou café quente no rosto de um ASP, provocando queimaduras de primeira grau.  

Especificamente no caso do CPP de Porto Feliz, a direção do SIFUSPESP tem acompanhado a situação de perto e visitou a unidade no final de junho devido à precariedade nas condições de trabalho enfrentadas. A situação é ainda pior devido à superlotação, pois há 1.875 presos onde a capacidade é de apenas  1.080, segundo dados da própria SAP. 

Como as unidades de progressão penitenciária não têm muros altos e nem serviços de agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs), é constante o assédio de criminosos ao CPP tentando repassar armas e drogas. Diante da situação, o sindicato está em diálogo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para cobrar medidas que aumentem a segurança e melhorem as condições de trabalho do servidores. 

 

Após passar anos sob forte angústia e afastamento do trabalho, Crystiano da Fonseca(no centro da foto, de quimono azul) retomou atividades laborais e foi coroado com destaque internacional no esporte em 2019

 

por Giovanni Giocondo

No próximo domingo (28), o agente de escolta e vigilância penitenciária (AEVP) Crystiano Távora da Fonseca, de 41 anos, inicia um novo desafio em sua vida. É o mundial de jiu-jitsu, que acontece no ginásio do Ibirapuera, zona sul de São Paulo, e para o qual o servidor se classificou graças ao vice-campeonato brasileiro na categoria Master 3. 

Mas até chegar a esse patamar, a vida de Crystiano passou por grandes dificuldades, felizmente agora superadas. 

Formado na primeira turma de AEVPS, em 2002, o servidor foi aprovado no concurso com uma das melhores notas e terminou o curso de formação com a nota mais alta, tornando o primeiro agente a escolher vaga na região onde trabalharia, no litoral do Estado. 

Na sequência, Crystiano executou todos os cursos profissionalizante disponíveis para a carreira dentro da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), além de investir em outros, que o projetaram à ascensão no trabalho.

No entanto, a partir de uma série de problemas pessoais, laborais e familiares, o AEVP acabou caindo na depressão, sofrendo também de transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) - um distúrbio da ansiedade provinda dum conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais - em decorrência de o servidor ter sido submetido a situações violentas, o que provocou seu afastamento por um longo período do trabalho nas muralhas.

Foram no total sete anos de licença, incluindo ciclos de medicações fortes e muita angústia. O retorno ao trabalho e à realidade só aconteceu em fevereiro deste ano. “Com ajuda de Deus, da família e dos profissionais, mudei o rumo da minha história e venho reagindo e buscando, dia a dia, maneiras de equalizar meus desafios, com vitórias”, pondera Crystiano. 

A mais recente foi no esporte, onde com apenas seis meses de prática, ele obteve o vice-campeonato brasileiro de Jiu-Jitsu, no final de junho. Neste domingo, com a disputa do mundial, se completa uma verdadeira revolução no cotidiano desse agente, e para muito melhor.

O campeonato é o mais novo desafio, e muitos ainda hão de vir para este agente que acredita que “por fim, a vida é uma constante para frente e para o alto, e que não há mal que dure pra sempre. Sei que consigo mais, todos nós podemos”, ressalta Crystiano.




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