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Por Redação SIFUSPESP

Na noite deste sábado (14), um policial penal da Penitenciária de Parelheiros, na região sul da capital paulista, foi agredido por 23 detentos. 

De acordo com a denúncia recebida pela direção do SIFUSPESP, ele estava fazendo a retirada de um preso, que desobedeceu uma ordem e precisava ir para o regime de cela disciplinar (RCD). No momento da abertura da cela para saída, o detento de imediato começou a agressão, seguido pelos demais presos que derrubaram o policial penal, desferindo vários chutes e outros golpes que deixaram o servidor bastante ferido - um dedo quebrado, hematomas nas costas, nas pernas e provável fratura no nariz, sendo levado para atendimento no Pronto Socorro.   

Ainda segundo a denúncia, é a terceiro agressão ocorrida neste ano, sendo a pior devido à ação dos detentos da cela inteira. O sindicato está apurando detalhes do caso, mas a informação é de que a direção da unidade tomou todas as providências cabíveis. 

A penitenciária tem muitos problemas estruturais, tais como a falta de automação e reformas que têm se arrastado por vários anos, afetando inclusive parte da muralha. Outro problema é o déficit de funcionários - no momento da agressão, havia apenas seis policiais penais na carceragem - e a superlotação, com 1.684 presos onde a capacidade é para 938. 

Como uma nova diretoria assumiu a gestão da unidade, a direção do SIFUSPESP quer dialogar sobre a situação. 

“O sindicato vai dar uma atenção especial ao caso pela gravidade da agressão e desse déficit de funcionários que está matando os servidores do sistema prisional, principalmente os policiais penais da carceragem. Esperamos que a nova gestão possa dialogar e melhorar as condições de trabalho dos servidores”, afirma Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do SIFUSPESP. 

Com profundo pesar, a direção do sindicato comunica o falecimento do senhor Carlos Zelinka, que morreu na madrugada deste sábado (14), aos de 83 anos, e é pai do policial penal Marcio Zelinka, do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. 

A Marcio Zelinka, também diretor do SIFUSPESP e colaborador como colunista no site do sindicato, toda a direção  do SIFUSPESP expressa condolências, desejando força ao guerreiro no enfrentamento deste momento tão difícil. 

A diretoria do SIFUSPESP estende sua expressão de condolências e pesar a todo a família, aos parentes e amigos, e está à disposição dos familiares para prestar o apoio que for necessário

Campeão brasileiro da modalidade em 2020 na categoria master, policial penal  mostra que esporte pode ser divisor de águas para o bem estar e a qualidade de vida do servidor

 

por Giovanni Giocondo

Do início na musculação ainda na adolescência, em 1987, quando buscou a atividade física para auxiliar no tratamento de uma bronquite, o policial penal Flavio Fasano buscou a excelência do fisiculturismo como forma de elevar a sua autoestima, sua condição física e transformar sua vida em uma rotina de vitórias em campeonatos nacionais e internacionais que o catapultaram ao auge de um esporte considerado de altíssima competitividade.

Docente de defesa pessoal, tonfa e algemas na Escola de Administração Penitenciária, trabalhando há 17 anos no sistema prisional paulista, e lotado atualmente na Penitenciária I de Sorocaba,  no interior do Estado, o servidor de 50 anos de idade conta que apesar das interrupções frequentes em sua carreira como atleta - provocadas pela grande exigência de dedicação integral aos cuidados com o organismo, que custam caro e demandam tempo e entrega - conseguiu obter resultados fantásticos e surpreendentes.

O desempenho de Flavio, que considera ter sido um dos desbravadores do fisiculturismo na cidade, pode ser resumido em duas frentes bastante distintas e que se completam. A primeira delas, relacionada à competitividade, indissociável de um esporte que leva o praticante ao extremo de suas habilidades de força, energia e estética.

São vários títulos paulistas e brasileiros, o último deles em 2020, ano em que retomou as atividades oficiais após cinco anos sem disputar nenhum torneio, e quando venceu três troféus de uma vez - até 90 kg, master 45 e master 50. Agora, o foco é a disputa do campeonato mundial da categoria master, para o qual tem se dedicado integralmente.

Quando se olha para o competidor, a primeira impressão que o público tem está nos músculos, a força e o treinamento ininterrupto. Mas existem muitos outros aspectos inerentes à condição de fisiculturista que nem sempre são explícitos e que de forma definitiva tornam a vida do atleta cada vez melhor.

Isso porque, para além das competições, Flavio Fasano lembra dos benefícios que a atividade de impacto pode trazer para a saúde do trabalhador e na sua disposição para lidar com as adversidades do dia a dia. No aspecto físico, controla o colesterol e as triglicérides, ajuda na prevenção e controle da diabetes e da pressão arterial, “além de promover o aumento da massa muscular, da força e da resistência”, entre outros benefícios.

O policial penal explica ainda que há enormes ganhos no que se refere à autoestima do indivíduo, “sua sensação de felicidade e outros fatores psicológicos”, tais como a confiança e a disciplina em se alimentar, descansar e exercer seu trabalho, conviver bem entre amigos e familiares e encontrar a harmonia de um bem estar permanente.

O SIFUSPESP, enquanto representante dos servidores penitenciários, leva adiante a ideia e a prática de acreditar e fazer com que  a máxima “corpo são, mente sã” prolifere e se torne uma das maneiras de contornar o ambiente pesado que insiste em se manter dentro do sistema prisional. Nesse sentido, o sindicato valoriza sempre os atletas amadores ou profissionais que trabalham nas unidades prisionais e fazem de sua atividade física um incentivo para que a categoria siga exemplos de perseverança e vitórias.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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