Por Flaviana Serafim
O policial penal Rogério da Silva, lotado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande, está buscando apoio para os estudos do filho, Nathanael Godoi da Silva, por meio de arrecadação virtual pelo site Vaquinha clicando aqui.
Mais conhecido como Nael, o filho do policial penal está no 3º ano de engenharia mecânica na UNESP e conseguiu um intercâmbio para continuar seus estudos na Alemanha, na Universidade Albstadt-Sigmaringen, a partir de março de 2021. Apesar do apoio financeiro que vai receber do governo alemão, o estudante precisa de recursos para os custos principais que precisam ser gastos antecipadamente, como a passagem aérea, seguro saúde e moradia.
Assim, o policial penal e seu filho contam com a solidariedade da categoria contribuindo financeiramente com a arrecadação virtual, que tem como meta alcançar R$ 20 mil. Os detalhes da trajetória de Nael nos estudos também estão no site Vaquinha. Quem preferir, pode contatar diretamente o estudante ou o policial penal enviando mensagem para:
Rogério da Silva (12) 98266 8539
Nathanael Godoi da Silva (12) 98142-2361 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A direção do sindicato comunica, com profundo pesar, o falecimento do oficial operacional Nilton Silva, da Penitenciária Mário de Moura e Albuquerque I, de Franco da Rocha, que morreu nesta terça-feira (22), vítima do coronavírus, aos 62 anos.
Ele é o 36º servidor do sistema prisional a perder a vida devido ao contágio pela Covid-19 desde o início da pandemia que, lamentavelmente, têm se ampliado no sistema prisional, da mesma forma que os casos de morte e contágio seguem aumentando além muros.
Nilton trabalhava no sistema prisional há mais de 20 anos, período em que também atuou na Casa de Detenção do Carandiru. Em mensagem ao sindicato, os colegas do oficial operacional destacam sua dedicação e alto astral nas relações cotidianas.
A direção do SIFUSPESP expressa suas condolências aos familiares, parentes e amigos de Nilton e se coloca à disposição da família para prestar o apoio que for necessário neste momento.
Por Flaviana Serafim
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) determinou o desacautelamento das armas e coletes a prova de bala dos policiais penais de escolta e vigilância (AEVPs) que desempenham atividade em fóruns. A ordem para entrega dos equipamentos - arma, munições, caixa do armamento, coletes, algemas, chaves etc - foi comunicada aos policiais penais por mensagem via Whatsapp(veja no final do texto) na noite desta segunda-feira (21), conforme denúncia feita à direção do SIFUSPESP.
Na mensagem enviada aos comandos de pelotões pedindo retransmissão “no privado de cada agente”, e até o momento não comunicada por qualquer documento formal, a orientação é para que os policiais penais procurem o comando administrativo no próximo plantão para fazer o desacautelamento dos equipamentos.
A determinação, que nunca ocorreu em anos anteriores, acontece menos de uma semana após a aprovação, na Assembleia Legislativa, do Projeto de Lei Complementar (PLC) 36/2019 (leia mais), que permite o porte de arma também durante os períodos de folga para os policiais penais que fazem escolta e vigilância e que já tem a acautela do armamento. O PLC, de autoria da deputada Adriana Borgo (PROS) e coautoria do deputado Márcio Nakashima (PDT), ainda depende de sanção do governador João Doria.
Ainda de acordo com a denúncia recebida pela diretoria do sindicato, policiais penais AEVPs que questionaram a ausência do comunicado formal para desacautelamento ouviram como resposta que a medida é uma determinação do secretário Nivaldo Restivo e que deve ser cumprida, sob ameaça que pode, inclusive, resultar em transferência arbitrária, o conhecido “bonde” que tanto prejudica servidores penitenciários.
“Destes policiais penais que ficarão sem acautela, alguns tem armamento próprio e outros não. Mas, para além da arma, o desacautelamento do colete é uma medida absurda, injusta, arbitrária e que coloca a vida destes AEVPs em risco. Como é que o coronel Restivo toma uma medida dessas, com tamanha indiferença à proteção da categoria?”, critica Fábio Cesar Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.
O sindicalista ressalta que vários policiais penais AEVPs que atuam nos fóruns vivem na capital em comunidades afetadas pelas facções criminosas, e que a determinação do coronel Restivo coloca em risco a vida destes servidores e dos familiares também.
“Tivemos um ano marcado pela perda de direitos no nível estadual e federal, há quase um ano lutamos para regulamentar e efetivar a Polícia Penal paulista, estamos com salários congelados até o final de 2021 e, como se bastasse, às vésperas do Natal, a SAP dá de presente à categoria mais descaso e indiferença com as nossas vidas. Até quando e coronel Restivo vai se prestar a esse serviço de capacho do desgoverno Doria?”, questiona Jabá.
O sindicalista afirma ainda que “a SAP tem que respeitar os policiais penais. Houve recesso dos fóruns durante a pandemia sem que fosse o desacautelamento, então porque essa atitude agora no final do ano? Essa determinação só demonstra que a secretaria não tem qualquer vontade de acautelar e proteger seus servidores”.
Vale destacar que a defesa do SIFUSPESP com a regulamentação da Polícia Penal é para que todos os policiais penais sejam acautelados. Por isso, o sindicato tem mantido diálogo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) reivindicando ao Depen apoio para o custeio do porte de armas, proposta que já foi levada pela direção do SIFUSPESP ao Grupo de Trabalho (GT) que debate a regulamentação da Polícia Penal em São Paulo.
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