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“Herói” é o termo atribuído ao ser humano que executa ações excepcionais, com coragem e bravura, com o intuito de solucionar situações críticas, tendo como base princípios morais e éticos.

 

 

Além de bravura e coragem, um ato é reconhecido como genuinamente heróico quando a pessoa desempenha ou toma determinada atitude de modo altruísta, ou seja, sem motivos egoístas ou que envolvam o seu ser, mas apenas o bem-estar ou segurança de terceiros”.

 

Analisando o texto acima, não há duvidas.

 

O Agente de Segurança Penitenciária, ou melhor, os servidores do sistema prisional, são um exemplo verdadeiro e real do que é ser um herói. Quando cito os servidores do sistema prisional, falo sobre todos os profissionais independentemente do nome atribuído à sua classe funcional (carcereiros, agentes socioeducativo, guardas de presídio, agentes de escolta e vigilância, motoristas, dentre outros).

 

Quais os melhores profissionais poderíamos enxergar como heróis?

 

Analisando nosso dia a dia, vemos todas as características destes seres “especiais” nessas pessoas comuns.

 

E, mesmo se analisarmos esses profissionais na forma mais ficcional, encontraremos neles todas as características dos heróis criados nos ambientes mais inóspitos e irreais dos gibis, livros e filmes. Senão, vejamos.

 

No ambiente ficcional os heróis são pessoas aparentemente comuns, mas que possuem poderes especiais, e, com estes poderes, resolvem mudar o mundo à sua volta, protegendo os seres humanos comuns dos mais diversos tipos de delinqüentes. Estes seres na maioria das vezes escondem sua verdadeira identidade, a fim de poderem viver uma vida “normal”, e claro, proteger seus entes mais queridos. Eles lutam as mais diversas lutas, contra os piores vilões da história sem ter nada em troca, somente por que é o certo a fazer.

 

Os servidores do sistema prisional não ficam longe disso, mas com uma diferença. Os agentes prisionais não têm superpoderes. Não voam, não se teletransportam, não tem uma super velocidade, ou super força, tampouco conseguem se locomover pendurados em teias de aranha.

 

Mesmo sendo pessoas normais, esses profissionais não desistem quando o assunto é transformar o meio em que vivem. Não desistem quando o assunto é a luta contra o crime, mesmo que por muitas vezes sequer sejam reconhecidos pelo trabalho que desenvolvem junto à comunidade em que vivem. Eles fazem muito, e como os heróis dos gibis o fazem sem nada, ou quase nada em troca.

 

Todos os dias esses heróis saem para o trabalho procurando manter sua identidade em segredo, afinal, um simples reconhecimento pode ceifar sua vida ou até a dos seus entes mais queridos. No trabalho, encontram as piores condições possíveis, tendo como as principais o déficit funcional e a superpopulação carcerária.

 

Mas não é só isso. No seu dia a dia os servidores do sistema penitenciário ficam cara a cara com o crime organizado, que tenta a todo o custo enganar, ludibriar e corromper estes profissionais.

 

Pelo crime organizado eles são ameaçados, humilhados, agredidos das mais diversas formas, físicas e psicológicas, dentro e fora do trabalho. Mas eles não desistem, mesmo com a falta de reconhecimento da sociedade e principalmente do Estado, fazem seu trabalho da melhor forma possível e com seus “poderes”, que não passam de boa vontade e honestidade, conseguem contornar motins e rebeliões e evitar fugas, mesmo quando isto lhes custa caro.

 

Os servidores do sistema penitenciário vivem e morrem para fazer o seu trabalho e honrar a sua profissão. Batem de frente com o crime organizado, sem super poderes ou armas nas mãos, mas o fazem de forma digna. Se estes profissionais não forem o nosso maior exemplo de heróis eu não saberei dizer o que, ou quem realmente os são.

 

Por isso eu afirmo, heróis não vivem somente nas páginas dos gibis ou nos filmes de ficção. Heróis não precisam colocar uniformes coloridos, sair voando por aí, ou levantando carros, dentre outras coisas incríveis e impossíveis. Heróis são aqueles que de manhã saem de casa e sem qualquer super poder procuram proteger a vida do seu próximo. Mesmo que este próximo nunca tome consciência disso, o que para este profissional na verdade tanto faz. Como os heróis dos quadrinhos, para eles não existe nada melhor do que chegar em casa e ter a certeza do seu dever cumprido.

 

por Marcelo Otávio de Souza

 

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Na 4a e última assembleia da Campanha Salarial Unificada 2016, os cerca de 100 servidores do sistema penitenciário que compareceram à sede do SIFUSPESP em São Paulo decidiram por unanimidade realizar um ato público, no dia 30 de novembro, na capital paulista, para mostrar o descontentamento dos agentes de segurança penitenciária(ASPs), dos agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) e dos demais funcionários do sistema prisional contra a política do governo do Estado para o setor.

 

Feita em conjunto pelo SINDCOP, SINDESPE e SIFUSPESP, a assembleia também colocou como prioritária a construção de uma campanha pela chamada “Operação Legalidade”, já aprovada nas assembleia anteriores, que tem como objetivo combater os constantes desvios de função nas atividades exercidas pelos servidores. Grande parte da fala dos presentes se concentrou nessa pauta.

 

Nesse sentido, foram aprovadas propostas para o uso de um slogan dessa campanha, batizado de “Servidor penitenciário: Diga NÃO ao desvio de função!”; a confecção de botons com esse slogan para uso dos funcionários no dia a dia do trabalho; a criação de um canal de comunicação dos sindicatos para receber denúncias dos funcionários sobre ilegalidades impostas por superiores no exercício de suas funções; e também a produção de vídeos por parte das entidades para esclarecer os servidores sobre esse tema.

 

A partir de agora, o SIFUSPESP, o SINDESPE e o SINDCOP vão aglutinar forças para organizar o ato público e as outras propostas aprovadas durante as quatro assembleias. Os servidores também ratificaram as pautas aprovadas nas assembleias de Campinas, Bauru e Presidente Prudente.

 

Confira a seguir todas as propostas aprovadas nas quatro assembleias:

 

São Paulo(04/10)

  • Realização de ato público contra política do governo do Estado para o sistema prisional
  • Prioridade para operação legalidade
  • Criação de slogans para campanha contra o desvio de função
  • Confecção de botons para uso no trabalho
  • Criação de canal de comunicação para denúncias sobre desvios de função
  • Produção de vídeos para esclarecer servidores sobre o tema

Campinas(27/09)

http://sifuspesp.org.br/index.php/materia-1/3890.html?task=view

Bauru(20/09)

http://sifuspesp.org.br/index.php/materia-1/3876-assembleia-em-bauru-aprova-operacao-legalidade.html

 

Presidente Prudente(13/09)

http://sifuspesp.org.br/index.php/materia-1/3866-servidores-penitenciarios-respondem-ao-chamado-das-entidades-sindicais-e-decidem-se-unir-para-lutar-pela-campanha-salarial.html

 

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Um agente de segurança penitenciária foi feito refém por quatro reeducandos durante uma tentativa de fuga do Centro de Ressocialização(CR) de Limeira, na noite deste domingo. A fuga foi frustrada graças à ação de outros dois ASPs, que impediram a saída dos detentos e resgataram o colega, que saiu sem ferimentos.

 

Segundo informações obtidas pelo SIFUSPESP, mais da metade dos presos da unidade, que tem atualmente 229 detentos entre sentenciados dos regimes fechado e do anexo do semiaberto, vieram transferidos de Centros de Detenção Provisória(CDPs) sem que houvesse a devida estrutura para garantir a segurança dos funcionários.

 

Foi a segunda tentativa de rebelião de um CR em menos de uma semana. Na sexta-feira, dois ASPs foram mantidos reféns na unidade de Mococa, e também acabaram liberados sem ferimentos. Na quarta-feira, 28/09, 470 detentos do regime semiaberto, segundo a SAP, fugiram durante motim no Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Jardinópolis.

 

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