A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) de São Paulo instaurou procedimento preliminar para apurar denúncia de uso de celular nas penitenciárias de Valparaíso, na região de Araçatuba, e de Pacaembu, por líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação consta em denúncia do Ministério Público apresentada à Justiça no início deste mês, referente à operação Echelon, que investiga 75 pessoas em todo o País suspeitas de envolvimento com a facção.
A investigação, segundo matéria divulgada ontem pela Folha de São Paulo, apontou que o detento Douglas dos Santos, conhecido como Periferia, se comunicou utilizando aparelho celular de dentro da penitenciária de Valparaíso. Ele é apontado como responsável do PCC por ações criminosas em Tocantins e Sergipe.
Por meio de interceptações telefônicas também foram flagradas conversas de outro detento integrante da facção. Flávio Henrique Breve é acusado de mandar armas para o Estado de Santa Catarina. Segundo informado à Promotoria de Justiça, as conversas dele teriam sido feitas de dentro de um presídio de Mirandópolis, também na região de Araçatuba.
Diretores do sindicato integram debate sobre o tema, destacam ações concretas de servidores em meio a cenário difícil dentro das unidades e reforçam necessidade de mais investimentos estatais no setor
Diretores do SIFUSPESP participaram de um importante debate sobre a atual conjuntura da segurança pública no Brasil nesta quarta-feira, 18/07.
Realizado na Associação Comercial e Industrial de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, o evento contou com a presença do presidente do sindicato, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, e de seu diretor de Comunicação licenciado, Elias Bittencourt.
Em suas falas, os sindicalistas destacaram a necessidade de mais investimentos do Estado e de atenção das políticas públicas para o sistema prisional, considerado setor essencial no combate à crescente criminalidade e na violência endêmica que assolam o país, além de abordarem o bom trabalho que tem sido feito pelos trabalhadores penitenciários apesar das enormes dificuldades encontradas no ambiente das unidades.
Fábio Jabá expôs ao público a difícil realidade que atinge o sistema prisional na atualidade, mencionando dados alarmantes a respeito da superlotação das penitenciárias por detentos e do déficit de funcionários, que comprometem de maneira preocupante a segurança da sociedade brasileira.
Em seu comentário, o presidente do SIFUSPESP também esclareceu que apesar desse quadro de dificuldades, ”os trabalhadores penitenciários têm promovido serviços exemplares no sentido de garantir o bom funcionamento do sistema”.
Para exemplificar sua opinião, Jabá apresentou um levantamento sobre o grande número de apreensões de entorpecentes, celulares e outros objetos proibidos que têm sido feitas por agentes de segurança penitenciária(ASPs) nas unidades de São Paulo nos últimos meses. “Esse trabalho, sem dúvida, colabora muito para a redução da violência dentro e fora das unidades prisionais”, ressaltou.
Já na opinião do diretor de Comunicação licenciado do SIFUSPESP, Elias Bittencourt, um caminho primordial para a melhoria do setor no Brasil passa por uma maior atenção das políticas públicas do Estado para a segurança.
“Entendo que os investimentos na saúde e na educação devem ser maciços por parte das diversas esferas de governo, mas para que a população possa usufruir desses e de outros serviços essenciais é preciso que ela tenha seu direito de ir e vir garantidos com uma segurança pública bem equipada, dotada de reforço em seu pessoal, além de inteligente e dinâmica, que possa trazer ao brasileiro a tranquilidade que ele tanto aspira”, reiterou.
Também integraram a mesa o coronel da Polícia Militar(PM) Ricardo Tahara, que lidera o Comando de Policiamento da Área Metropolitana 8; o tenente coronel Marcos Vitiello, comandante do 36º Batalhão da PM; o delegado assistente na ouvidoria da Polícia de São Paulo, Dr Paulo Sergio Maluf Barroso; o ouvidor das polícias de São Paulo, Dr Benedito Mariano, além do inspetor da Guarda Civil Metropolitana de Osasco, Rildo Hernandes Freire, e o advogado Alexandre Volpiani Carnelós, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) de Osasco.
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