Problema crônico de deslocamento pela vicinal nos períodos de chuva vem sendo há anos denunciado pelo SIFUSPESP. Apesar das cobranças oficiais do sindicato, abandono por parte da Prefeitura municipal se tornou regra que coloca em risco veículos e pessoas que se deslocam para a unidade prisioal
por Giovanni Giocondo
A estrada vicinal Sinindu, que dá acesso à Penitenciária de Mairinque, no interior paulista, voltou a sofrer com o excesso de chuva que caiu no município nos últimos dias e provocou o atolamento de caminhões e carros, além de colocar em risco viaturas da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) e seus servidores.
Fotos, vídeos e relatos enviados por policiais penais que atuam na unidade prisional e que dependem desse trajeto para se deslocarem até o trabalho reforçam o problema crônico da falta de manutenção da via, registrado desde que ela foi inaugurada, em 2015, quase que simultaneamente com a penitenciária.
No local, são constantes os acidentes causados pela falta de aderência dos pneus dos veículos ao solo, já que a terra batida que cobre todo o caminho se torna lama escorregadia a partir do momento em que se inicia o período de chuvas na região. No caso do transporte de detentos, uma colisão pode significar consequências gravíssimas para a segurança da população local, além de colocar em risco a vida dos servidores.
Ao menos desde 2017, o SIFUSPESP denuncia a falta de comprometimento da Prefeitura de Mairinque com a manutenção da estrada, As queixas oficialmente encaminhadas pelo sindicato à administração municipal seguem sendo solenemente ignoradas, já que o estágio irregular de um contrato com o Departamento de Estradas de Rodagem(DER-SP) - causado por falta de pagamento - tem sido mantida pelo poder público.
Em julho do ano passado, esse bloqueio no acesso de convênios com o órgão estadual ficou ainda mais evidente após a estrada Sinindu não ser incluída em nenhum dos dois lotes de concorrência do edital elaborado pelo governo do Estado para a recuperação de vicinais, quando 106 estradas foram contempladas. Saiba mais no link
Enquanto representante dos servidores de Mairinque, o SIFUSPESP considera que a falta de capacidade do município em responder a essa demanda chegou ao limite do imponderável. Sem respostas por parte da Prefeitura, o sindicato pretende notificar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) para dar um basta a essa situação.
“Nesse sentido”, explica o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, “a proposta é levar essa demanda aos deputados, para que eles vejam com os próprios olhos o cenário lamentável que se desenha na cidade. Nenhum trabalhador que já enfrenta tantas dificuldades na sua rotina da penitenciária merece passar por esse transtorno, e o sindicato vai buscar esse caminho de conscientização dos parlamentares para tentar saná-lo”, conclui Jabá.
Assista no vídeo abaixo um retrato do estado de abandono da estrada vicinal Sinindu:
Em reunião com representantes dos candidatos, com o presidente do sindicato, Fábio Jabá, e com deputados estaduais, SAP disse nesta sexta-feira(11) que não há previsão de convocações, o que deve estimular mais atos públicos nas próximas semanas. Déficit no setor de escolta e vigilância supera as 4 mil vagas, enquanto Estado gasta R$80 milhões por ano para que PMs façam trabalho que é, por lei, atribuição de policiais penais. De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo SIFUSPESP, SAP tem devolvido anualmente ao orçamento cerca de R$12 milhões destinados à nomeação dos AEVPs
por Giovanni Giocondo
Candidatos aprovados no concurso público para o provimento de cargos de policiais penais da carreira de agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVP) organizaram na manhã desta sexta-feira(11), uma manifestação em frente à sede da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP).
Eles reivindicam nomeações urgentes no setor, um dos mais deficitários do sistema prisional paulista - com cerca de 4 mil cargos vagos, o que tem efeito direto na redução da segurança das unidades prisionais e de toda a sociedade paulista. Em outo anos desde a realização do concurso, nenhum candidato foi nomeado.
Utilizando cartazes para chamar a atenção dos motoristas e pedestres que passavam pelo local, os manifestantes fizeram esclarecimentos sobre como as convocações dos AEVPs poderiam ser sinônimo de redução dos custos para o Estado e para o contribuinte, a partir do deslocamento de policiais militares - que atualmente fazem escoltas no interior - para atuar no trabalho ostensivo.
Atualmente, o governo gasta R$80 milhões por ano com a utilização de 6 mil PMs no serviço que é de responsabilidade da SAP. No olhar do SIFUSPESP, ao fazer as nomeações dos AEVPs, o governo do Estado não apenas garantiria os direitos dos candidatos do concurso a assumirem os cargos para os quais foram, com mérito, aprovados, como também poderia reduzir o ônus com esse trabalho extra dos militares.
O protesto contou com apoio total do SIFUSPESP, que compareceu nas figuras de seu presidente, Fábio Jabá, e dos diretores Alancarlo Fernet, Maria das Neves Duarte, Apolinário Vieira e Wanderley Rosa Júnior. O diretor do SINDASP, Renato Cruz, também participou do ato, além dos deputados estaduais Carlos Giannazi(PSOL) e Adriana Borgo(PROS), e do vereador por São Paulo Ronaldo Ligieiri Sons(União Brasil) .
Em reunião, SAP diz que não há pedido sobre futuras nomeações
O presidente do SIFUSPESP, os parlamentares e um dos representantes dos candidatos conseguiram uma reunião com um assessor de gabinete do secretário Nivaldo Restivo. No encontro, a informação oficial fornecida pela pasta - a despeito de publicações recentes feitas nas redes sociais por outras entidades - é de que não há previsão de nomeações, já que a SAP não efetuou o pedido de provimento ao governo estadual.
Para além dessa notícia revoltante, que deve estimular novos protestos dos AEVPs nas próximas semanas, existe também uma denúncia - feita com base em informações obtidas pelo SIFUSPESP no Portal da Transparência - sobre o fato de a SAP devolver anualmente ao orçamento estadual, o equivalente a R$12 milhões provisionados para serem gastos exclusivamente com a nomeação desses servidores.
Decreto de 2014, anterior à abertura do edital do concurso, exige que secretarias estimem receita anual para custear nomeações
Esses recursos existem porque o decreto estadual nº 60.449, de 15 maio de 2014, definiu que, para abrir um concurso público a partir daquela data, qualquer secretaria ou autarquia precisaria comprovar, entre outras exigências, uma “estimativa do impacto orçamentário-financeiro no ano em que os aprovados devem entrar em exercício e nos 2 (dois) anos subsequentes”.
Dessa forma, desde 2016, a SAP já têm disponíveis os recursos financeiros necessários para fazer as nomeações e pagar os salários desses AEVPs - pois o edital deste certame foi aberto em 14 de novembro de 2014, mas não os utiliza, sem fornecer aos candidatos e ao sindicato uma justificativa plausível que não a inércia.
Para o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, essas informações demonstram que há desinteresse da SAP em garantir as nomeações, e reforçam o entendimento de que a pasta não se preocupa com a segurança de suas unidades, tampouco o Estado possui zelo pelo erário, uma vez que a diferença anual de custo entre AEVPs e policiais militares para o mesmo serviço é de R$68 milhões.
Em sua fala aos candidatos, o deputado estadual Carlos Giannazi(PSOL) afirmou que essa postura do Estado com relação ao orçamento pode configurar crime de improbidade administrativa, e se comprometeu a buscar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) formas de alavancar estas denúncias e pressionar a SAP a fazer as nomeações.
Confira no vídeo abaixo um resumo da manifestação de hoje:
Fotos registram ato dos AEVPS com apoio do SIFUSPESP:
Representando o sindicato e a CCM, Apolinário Vieira esteve nesta quinta-feira(10) no DECAM de São Paulo para protocolar ofício e pedir agilidade na assinatura de novo convênio com hospital de Presidente Prudente, após Santa Casa encerrar contrato na semana passada. Colegiado também requer mais qualidade e variedade de serviços médicos em outras regiões do interior e do litoral do Estado
por Giovanni Giocondo
O diretor de Saúde do SIFUSPESP e secretário da Comissão Consultiva Mista Regional(CCMR) do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE) na região de Presidente Prudente, Apolinário Vieira, esteve nesta quinta-feira(10) na sede do Departamento de Convênios e Assistência Médica(DECAM) do IAMSPE em São Paulo para pedir urgência na melhoria do atendimento dos servidores públicos de todo o Estado.
Na agenda, o sindicalista fez um apelo especial sobre a situação da região de Presidente Prudente, onde os usuários têm enfrentado muitas dificuldades para ter acesso aos serviços de saúde do instituto. Também houve espaço para queixas à Superintendência do IAMSPE sobre falta de atendimento e em prol da assinatura de novos convênios em outros DECAMs do Estado, tanto no interior como no litoral.
A situação específica de Prudente, que já era ruim, piorou ainda mais na semana passada, quando a Santa Casa da cidade decidiu encerrar em definitivo o convênio com o IAMSPE, devido à falta de acordo na tabela de preços dos procedimentos médicos, colocando assim fim aos atendimentos de urgência e emergência. Saiba mais neste link.
Apolinário Vieira protocolou um ofício recebido pelo diretor do DECAM, Antonio Jayme Paiva Ribeiro, em que relata o caos que os servidores públicos da região estão enfrentando para terem acesso a consultas, cirurgias, exames, e agora até mesmo a atendimentos básicos, e pede que a superintendência do instituto aponte uma solução viável o mais rápido possível.
“Existe muita dificuldade para o credenciamento de hospitais, médicos e laboratórios em Presidente Prudente”, relata o sindicalista no documento, onde também solicita o agendamento ágil de uma reunião voltada a debater exclusivamente a necessidade de acelerar a assinatura de um novo convênio na região.
Ele também pediu a renovação do contrato e o aumento do teto do valor de pagamentos mensais do IAMSPE à Santa Casa de Adamantina, atualmente em R$80 mil. O montante é considerado baixo pela CCM da região.
De acordo com o diretor de Saúde do SIFUSPESP, existem casos em que trabalhadores que vivem no interior têm de se deslocar até a capital para fazer algum tipo de procedimento médico, enquanto outros aguardam um ano na fila se quiserem ser atendidos na região.
“Precisamos continuar cobrando do Estado para que respeite nossos direitos, não brinque com a saúde, e faça a contrapartida devida ao que pagamos todos os meses como servidores públicos para custear o IAMSPE. Seguiremos pressionando até que nossas reivindicações sejam atendidas”, explicou Apolinário Vieira.
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