Objetivo do sindicato é disseminar sentimento de união por melhores condições de trabalho, saúde e bem estar entre trabalhadores penitenciários
O presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, e a psicanalista Veridiana Dirienzo, assessora do sindicato no setor de saúde mental, participaram nesta quinta-feira, 08/11, do encontro de Cipeiros da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Central do Estado de São Paulo.
O evento contou com palestras motivacionais, circuito de vivências e atividades, além de debates sobre o trabalho realizado pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes(CIPAs) da região de Campinas.
Esta é a segunda vez que o sindicato participa de atividade semelhante, tendo feito o mesmo no complexo de Pinheiros, em São Paulo, na última semana de outubro. A presença do SIFUSPESP nesses eventos tem como objetivo trazer à luz a necessidade de se refletir sobre problemas individuais que atingem a saúde e o bem estar dos servidores para tentar buscar soluções coletivas relacionadas ao cotidiano do sistema.
Em Campinas, Jabá foi um dos escolhidos pela organização da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) e do CQVIDASS para falar com os servidores sobre suas experiências dentro do sistema prisional, e também com relação à importância da luta de todos por mais qualidade de vida e saúde dos servidores para benefício da coletividade.
Em seu diálogo com os cipeiros, Jabá falou sobre a importância de sua família na sua trajetória e seu histórico dentro da SAP, iniciado com o sonho de se tornar agente de segurança penitenciária, finalmente realizado no ano 2000, quando foi aprovado em um concurso público da pasta.
Lembrou também sobre a militância política e a entrada no SIFUSPESP, que lhe levaram a criar a consciência sobre a difícil realidade das condições de trabalho enfrentadas pelos servidores do sistema prisional, profissão considerada pela Organização Internacional do Trabalho(OIT) a segunda mais estressante do mundo.
“Para trabalhar em uma penitenciária, apesar de todos os pesares, é preciso superar essa dificuldade e ter qualidade de vida. Mas para ter qualidade de vida, é preciso primeiramente refletir sobre o porquê de nossa categoria adoecer tanto. A seguir, encontrar a raiz desse problema e dialogar e pensar em soluções de problemas individuais a partir de situações concretas de estresse e outros males que nos afetam”, ressaltou Jabá.
No olhar da psicanalista Veridiana Dirienzo, é preciso uma parceria entre as CIPAs e o sindicato “para acolher as dificuldades enfrentadas pelos servidores no ambiente de trabalho que tanto impactam sua saúde física e psíquica, desenvolvendo instrumentos em comum que podem minimizar o sofrimento enfrentado por aqueles que diuturnamente tentam fazer das unidades prisionais espaços mais sustentáveis”, reiterou a profissional de saude mental.
Para Fábio Jabá, "é preciso ser rocha, mas deixar o rio fluir. O agente precisa ser forte, mas ele deve também ser solidário e saber dialogar dentro de seu ambiente de trabalho com os colegas para entender que existe um sofrimento singular, ligado à trajetória de cada um, que pode ter ligações com a realidade concreta das condições das penitenciárias, das condições de vida de cada servidor”, reiterou o presidente do SIFUSPESP.
Nesse sentido, o papel do sindicato e da CIPA nesse sentido é encontrar um denominador comum que una a todos e fortaleça a luta, construa coletivamente a participação nas instâncias políticas e na transformação das políticas públicas que possam “garantir o bem-estar psíquico e físico do trabalhador penitenciário, totalmente atrelado ao seu local de trabalho e às suas convivências”, reiterou Jabá.
Já na opinião da psicanalista do SIFUSPESP, “a busca por um trabalho de qualidade, um salário digno com saúde e qualidade de vida é essencialmente política, e só se alcança quando ocorre a elaboração de objetivos semelhantes entre aqueles que fazem parte do mesmo cotidiano, que é o caso dos servidores que integram o sistema prisional. Nesse sentido, manter um diálogo permanente com a CIPA é entender que juntos podemos alcançar essa excelência”, finalizou.
Fenaspen e Sifuspesp seguirão articulando com parlamentares para reconhecimento da atividade policial de trabalhadores penitenciários na lei ainda em 2018
Em sessão deliberativa realizada nesta quarta-feira, 07/11, deputados federais e senadores decidiram adiar a votação sobre a derrubada do veto do presidente Michel Temer(MDB) à inclusão dos trabalhadores penitenciários no Sistema Único de Segurança Pública(SUSP) como parte dos servidores que exercem atividade policial.
A FENASPEN considera a medida de reconhecimento da natureza policial necessária para que os servidores do sistema prisional possam ter sua atuação mais valorizada pelo Estado e assim ampliar a capacidade de atuação na repressão ao crime organizado e na consequente redução dos índices de violência no país.
Presente na sessão de ontem, o presidente da federação, Fernando Anunciação, lamentou o adiamento da análise por parte dos parlamentares, mas garantiu que vai prosseguir com a luta pela derrubada do veto ainda neste ano.
“Entendemos que somente com o reconhecimento da natureza policial das atividades dos agentes penitenciários é que conseguiremos colocar em prática o planejamento do SUSP e garantir mais segurança à população brasileira”, afirmou o sindicalista.
Pela redação atual da Lei 13.675, aprovada em junho, os trabalhadores penitenciários estão restritos a atuar na colaboração de atividades de inteligência e troca de informações com outras forças de segurança.
“A importância de que seja cassado o veto presidencial permite que tenhamos na lei já regulamentado um dispositivo que reforce a necessidade da aprovação constitucional da Polícia Penal, abrindo assim espaço para o estabelecimento de novas garantias no mesmo patamar que outras forças de segurança pública”, salienta Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.
O sindicato somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!
Agentes de segurança penitenciária fizeram apreensões de grandes quantidades de entorpecentes e de celulares nesta terça-feira, 06/11, no Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Tremembé, conhecido como PEMANO, no Vale do Paraíba.
De acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), os servidores encontraram as drogas e os telefones em pacotes deixados por dois suspeitos ao lado do alambrado da unidade.
No total, foram apreendidos 19 kg de maconha, 560 g de cocaína e quatro litros de cachaça. Nas bolsas também haviam 122 celulares, 56 carregadores, 35 cabos USB e sete chips, além de 140 comprimidos de estimulante sexual.
O SIFUSPESP parabeniza os agentes responsáveis pela apreensão e reforça o seu compromisso de valorizar o trabalho daqueles que, diariamente, impedem que objetos e substâncias ilícitas adentrem os muros e, assim, comprometam o bom funcionamento das unidades prisionais.
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