Por Flaviana Serafim e Giovanni Giocondo
O policial penal e fisiculturista Flávio Fasano, da Penitenciária I de Sorocaba, venceu o 9º Campeonato Paulista de Musculação. Há 18 anos no sistema prisional, o policial penal foi campeão paulista de 2021 nas categorias master 45 anos e master 50 anos, e vice-campeão na categoria até 90 quilos, onde disputou o título com competidores mais jovens, de 25 a 30 anos (confira o vídeo no final do texto).
A vitória se soma aos diversos títulos paulistas e brasileiros conquistados por Fasano, que também é docente de defesa pessoal, tonfa e algemas na Escola de Administração Penitenciária (EAP). Agora ele se prepara para o campeonato brasileiro, em 11 de julho, e vai participar, em Santa Catarina, de uma seletiva para o Mundial. Ele explica que foi criada uma categoria específica chamada “Force” que é exclusiva para policiais militares, penais, civis, bombeiros, guardas municipais e outras forças de segurança.
“Nas últimas três semanas sofri muito com a dieta porque não estava conseguindo baixar meu peso, que é até 90 kg. Estava muito difícil, perdi 8kg e consegui chegar no meu limite dentro da categoria, com 87,5 kg”, relata Fasano. Com a mesma jornada dos demais policiais penais, ele cuida sozinho de seu filho e se dedica aos treinos com disciplina e rigor.
Além do apoio às academias e ao seu técnico, Hélio, o policial penal também agradece ao apoio da categoria e do sindicato pelas conquistas.
“Agradeço a todos os nossos irmãos, aos docentes da EAP, ao César Cabral que é fantástico, me puxa, me dá força, posta as vitórias, ao pessoal do GIR e da EAP sempre apoiando. E agradecer a vocês que veem na gente mais que um carcereiro, que abre e fecha a porta, uma máquina operatória que faz as coisas. Vocês nos veem como seres humanos, cada um na sua modalidade, esportiva e como ser completo”, afirma.
Em breve, o SIFUSPESP fará uma live para conversar com Fasano e César Cabral, e colocar em pauta as virtudes que o esporte trouxe para as vidas desses policiais penais, exemplos por sua coragem, persistência, esforço e muita dedicação.
Como forma de valorizar cada vez mais outros atletas profissionais ou amadores que fazem parte do sistema prisional, o sindicato abre as portas para que os servidores tragam à tona suas histórias e demonstrem que o esporte pode.
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Por Flaviana Serafim
Foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (9), em Porto Alegre, o detento Guilherme Fernando Mendonça Huff, que foi resgatado por criminosos no último dia 7 num posto de saúde em episódio que havia terminado com o assassinato do policial penal Clóvis Antonio Roman, de 54 anos.
O detento estava num apartamento na Avenida Independência, no centro de Porto Alegre, e se matou com um tiro quando chegaram ao local policiais do setor de inteligência da Brigada Militar e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Na operação de busca foram presos dois suspeitos de participar do resgate do preso e as autoridades policiais seguem em busca de um terceiro suspeito.
Huff havia sido resgatado por quatro criminosos, fortemente armados e vestidos com roupa da Polícia Civil, numa unidade de pronto atendimento em Caxias do Sul. Houve troca de tiros com os policiais penais que faziam a escolta do detento, o policial penal Clóvis foi alvejado e morreu no local (veja o vídeo no final do texto).
Como o SIFUSPESP denunciou em nota (leia mais), a morte do policial penal é resultado da negligência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) em prover efetivo e equipamentos adequados aos policiais penais - negligência que é tal qual a praticada pelo governador João Doria, do mesmo partido que Leite, ao desmontar o funcionalismo e os serviços públicos em São Paulo.
“Nesta corrida suicida para ver quem destrói mais, estão brincando com a vida e a segurança dos trabalhadores da segurança pública”, criticou o sindicato no posicionamento.
A direção do sindicato informa, com pesar, o falecimento do policial penal Luís César Garcia, do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César, ocorrido nesta quarta-feira (9).
Garcia havia sido infectado pelo coronavírus, se recuperou e chegou a voltar a trabalhar. Ele estava aguardando em casa a publicação da aposentadoria, mas sofreu trombose numa artéria do coração e veio a óbito.
O policial penal estava no sistema prisional desde 1998. Começou trabalhando na Penitenciária de Iaras e em 2013 foi para o CDP de Cerqueira César, cidade onde morava.
A direção do SIFUSPESP expressa seu pesar e condolências pela morte de Garcia. O sindicato está à disposição caso a família necessite de qualquer assistência neste momento.
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