Apesar de trabalhadores penitenciários terem começado a ser vacinados nesta semana, SIFUSPESP manterá atendimento à distância enquanto durar pandemia do coronavírus
por Giovanni Giocondo
O governo de São Paulo retornou todo o Estado para a fase vermelha da quarentena a partir da próxima segunda-feira(12). A decisão foi anunciada pelo Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira(09), tornando mais flexível o acesso a determinados serviços considerados não essenciais, que haviam sido proibidos desde 11 de março na chamada “fase emergencial” do Plano SP para coibir o avanço do coronavírus.
A medida valerá até o dia 18 de abril, e permite, entre outras reaberturas, o funcionamento das escolas particulares e públicas com até 35% da capacidade, desde que autorizadas pelas prefeituras onde estão localizados os respectivos estabelecimentos de ensino. Eventos públicos que incitem aglomerações seguem vetados, enquanto que bares e restaurantes só poderão funcionar no sistema de delivery.
A flexibilização acontece na mesma semana em que São Paulo bateu recorde de óbitos causados pelo coronavírus - 1.389 na terça-feira(06), totalizando mais de 80 mil mortes desde março de 2020. Até o momento, 80 trabalhadores do sistema prisional faleceram em virtude de complicações causadas pela COVID-19.
No sistema prisional, as visitas presenciais a detentos continuam proibidas, enquanto que os trabalhadores que fazem parte do grupo de risco para a doença deverão continuar afastados do trabalho presencial, conforme resolução interna da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP).
Com o objetivo de continuar protegendo a categoria, que começou a tomar a primeira dose da vacina contra a COVID-19 na última segunda-feira(05), o SIFUSPESP manterá seu atendimento à distância, conforme vem acontecendo desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020. Serviços administrativos, convênios, atendimento jurídico e da imprensa estão sendo feitos através de nossas redes sociais, e-mails e telefones.
Caso precise de qualquer um desses atendimentos, basta entrar em contato via mensagem com o número de Whatsapp (11) 94054-8179.
Os advogados das sedes regionais do SIFUSPESP possuem contatos específicos. Confira:
São Paulo: (11) 94054-8179
Araraquara: (16) 97400-7882
Avaré: (14) 97400-6790/ 16 99765-4345
Baixada Santista: (13) 98219-1139
Bauru: (14) 99777-7779
Campinas: (11) 97878-7415
Franco da Rocha: (11) 99869-4639
Itapetininga: (15) 99810-3303
Mirandópolis: (18) 99172-1592
Presidente Prudente: (18) 99794-0582
Presidente Venceslau: (18) 3272-3312
Ribeirão Preto: (16) 99393-9954
São José do Rio Preto: (17) 98172-0855
Sorocaba: (15) 3211-1838
Vale do Paraíba: (12) 99772-7036
Toda a direção e a Comunicação do SIFUSPESP continuam de plantão. Envie mensagem para o Whatsapp (11) 99339-4320, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. pelo messenger, na página do sindicato www.facebook.com/sifuspespsindicato.
A categoria também pode contar com o serviço gratuito de escuta enquanto durar a pandemia, um atendimento voltado ao bem-estar e à saúde mental dos servidores penitenciários.
Por Redação SIFUSPESP
O policial penal André Ricardo Meireles de Oliveira, de 38 anos, lotado na Penitenciária II de Reginópolis precisa do apoio solidário da categoria para tratamento das sequelas decorrentes do contágio pelo coronavírus.
Ele foi diagnosticado com Covid em 21 de outubro passado, quando deu entrada no Pronto Atendimento do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru, onde inicialmente recebeu apenas medicamentos e oxigênio, mas três dias depois o quadro de saúde se agravou, sendo necessária intubação por 27 dias. Desde então as agruras vividas pelo policial só aumentaram, pois foi extubado, mas sofreu parada cardíaca, voltando à intubação.
Em 15 de dezembro ele foi para a UTI em coma vigil, um estado patológico com perda de consciência, redução ou ausência de reações a estímulos e alteração de funções vitais. Como se não bastasse o estado de coma, o policial penal está enfrentando outras sequelas da Covid - tetraparesia, enfermidade que acomete braços e pernas com fraqueza anormal devido a danos em nervos ou músculos que passam a não funcionar normalmente, escaras devido ao longo tempo acamado e ainda osteomielite, uma infecção adquirida no ambiente hospitalar com microbactérias que afetam o interior dos ossos.
Mesmo com o quadro gravíssimo, o hospital deu alta ao policial penal no último 6 de fevereiro, o que levou à piora de André e retorno à UTI em 9 de março, onde está até os dias atuais. Assim, a família do policial penal conta com a solidariedade de todos e todas do sistema prisional para arrecadação de recursos porque ele precisa de tratamento numa câmara hiperbárica, uma forma de terapia de oxigênio puro para cicatrização rápida das feridas profundas que está sofrendo, e para compra de fraldas geriátricas.
Os dados para doações são os seguintes:
Banco do Brasil
Agência: 6533-1
Conta corrente 148.898-8
André Ricardo Meireles de Oliveira
Questionamento sobre cômputo no período de afastamento foi encaminhado à pasta pelo Departamento Jurídico do sindicato, visando a garantir que direitos de servidores com comorbidades sejam preservados
por Giovanni Giocondo
O Departamento Jurídico do SIFUSPESP encaminhou ofício à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) a fim de esclarecer se os servidores que são do grupo de risco para o coronavírus e estão há mais de um ano afastados do trabalho presencial devido a essas comorbidades terão computado normalmente o tempo de serviço para a obtenção de promoções, progressões de grau e quinquênios, entre outros benefícios.
No documento, o sindicato alega que apesar de não estarem comparecendo fisicamente ao ambiente de trabalho, os funcionários estão na condição de “disponibilidade” para a secretaria. Essa situação enseja, na visão do sindicato, que a pasta responda se os adicionais temporais e o período transcorrido desde março de 2020 serão afetados para o gozo de férias, licenças-prêmio e pedido de aposentadoria voluntária.
Para o SIFUSPESP, o fato de trabalhadores que possuem doenças preexistentes como diabetes e cardiopatias, tinham mais de 60 anos de idade ou estavam gestantes, entre outras características previstas para integrarem o grupo de risco da COVID-19, não pode significar que eles sejam prejudicados na comparação com os demais colegas de sistema.
“Esses funcionários só ficaram em casa para não terem risco de contraírem o vírus e portanto, não podem ser punidos por se encaixarem nessa medida de precaução”, explica o coordenador do Departamento Jurídico, Sergio Moura.
Caso a SAP não responda o questionário do sindicato dentro do prazo legal, será necessária ação judicial com o objetivo de assegurar o cômputo do tempo de serviço para os servidores de todas as funções e atividades técnicas e de segurança que precisaram se ausentar das unidades prisionais em virtude do perigo de contraírem a doença.
É importante frisar que este pedido se refere somente aos trabalhadores do grupo de risco. Os demais funcionários do sistema prisional, que haviam sido prejudicados pela Resolução SAP 43, que congelava o cômputo dos adicionais temporais para quinquênio, sexta-parte e licenças-prêmio até o fim de 2021, estão por enquanto protegidos graças à vitória parcial do Jurídico do SIFUSPESP no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo(TJ-SP). A decisão, adotada em fevereiro, ordenou que a Fazenda retomasse a contagem. Saiba mais aqui.
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