Evento durou três dias e contou com a participação da diretoria do SIFUSPESP
por Giovanni Giocondo
Inaugurado em outubro de 2020, o Centro de Detenção Provisória(CDP) de Álvaro de Carvalho realizou entre os dias 28 e 30 de novembro sua primeira edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat).
O evento teve como objetivo apresentar algumas das principais ações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) voltadas a elevar a qualidade de vida dos servidores da unidade prisional.
Um dos organizadores da Sipat, o policial penal Leandro da Silva Marinho, explica que foram abordados temas como as virtudes do atendimento pré-hospitalar (APH tático).
Presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá foi um dos convidados a participar do evento e destacou a aprovação e a necessidade de regulamentação da Polícia Penal paulista, bem como a série de benefícios que a mudança na legislação trará, na prática, para os servidores. Também esteve na unidade o tesoureiro do sindicato, Alancarlo Fernet.
Ressaltando a história de batalhas que levaram a essa conquista, Leandro Marinho explicou que apesar de ter sido muito difícil, é gratificante saber que toda luta valeu a pena.
A SIPAT foi finalizada com um torneio de vôlei "para celebrar esse momento de aprendizado e união dos servidores", informou o policial penal .
"Para nossa equipe da CIPA do CDP de Álvaro de Carvalho é um motivo de muita satisfação pois passamos o ano todo buscando melhorias para os servidores e cuidando para evitar acidentes de trabalho", ponderou Leandro Marinho.
O servidor esclareceu que entre as melhorias trazidas ao longo de 2022 estão a cobertura do nosso estacionamento para proteção dos veículos de todos os servidores, visitantes e autoridades que visitam a penitenciária.
"A CIPA é isso. Não conseguimos mudar o mundo, mas batalhamos para que o nosso ambiente de trabalho seja um pouco melhor para todos. É uma honra fazer parte dessa equipe", concluiu o policial penal.
Evento organizado pelo Fórum Penitenciário Permanente acontecerá na próxima quinta-feira, 8 de dezembro, na Alesp, e será de fundamental importância para diagnosticar atual conjuntura problemática das unidades prisionais e sobretudo, da situação dos trabalhadores, para gerar políticas públicas voltadas a beneficiar a categoria
por Sergio Cardoso e Giovanni Giocondo
O Fórum Penitenciário Permanente, grupo formado por SIFUSPESP, SINDCOP e SINDASP, realiza na próxima quinta-feira, 8 de dezembro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), um seminário para apresentar um raio-x do sistema prisional paulista ao governador eleito por São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O evento acontecerá entre as 10h e as 16h, no auditório Franco Montoro. Haverá transmissão ao vivo através de um link, que ainda será divulgado pela Alesp. Toda a categoria penitenciária e integrantes de entidades da sociedade civil organizada podem participar do debate, que vai produzir um relatório a ser entregue à equipe de transição do novo governo na área de segurança pública, também convidada a fazer parte do encontro.
Os servidores também poderão fazer sugestões de pautas, que poderão enviar para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e também via whatsapp, no Linha SIFUSPESP, cujo número é o: (11) 99339-4320.
O Fórum Penitenciário Permanente acredita que o sistema Prisional é um assunto que normalmente não faz parte da agenda de discussões da sociedade.
Durante as eleições, a segurança pública normalmente ganha destaque nos debates, porém pouco ou nada se fala de Sistema Prisional, embora todos os que o conhecem saibam que falhas na gestão prisional levam a consequências devastadoras.
A série de rebeliões e ataques acontecidos em maio de 2006 em São Paulo deixaram um saldo devastador: 564 mortos, sendo 59 operadores de segurança pública. A violência se espalhou por mais quatro Estados: Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Foram dias de terror para a população paulista, causando a quase paralisação da cidade de São Paulo.
Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte já viveram situações semelhantes devido à atuação de facções criminosas.
Na raiz do problema, temos facções surgidas dentro do sistema prisional: CV (Comando Vermelho) no Rio de Janeiro e PCC (Primeiro Comando da Capital) surgido em São Paulo.
Como notado no Atlas da Violência do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em sua edição de 2021 (https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/12/atlas-violencia-2021-v7.pdf), conflitos e armistícios entre as principais facções criminosas do país impactam fortemente no aumento dos índices de homicídios.
Essas facções, surgidas dentro dos cárceres paulistas e cariocas, que hoje se espalham por quase todos os estados do país, e que já estendem seus tentáculos por outros países são determinantes para a dinâmica da violência e criminalidade em nosso país.
Portanto, ao se discutir segurança pública sem tratar da questão prisional, corre-se o risco de esvaziar a discussão.
Onde o Estado recua, o crime avança
Esta é uma afirmação que vai de acordo com as mais recentes pesquisas sobre crime organizado.
Portanto, devemos entender que o sucateamento do Sistema Prisional tem um impacto direto na segurança pública, uma vez que serve de fermento ao crime organizado.
Quando falamos de Sistema Prisional,devemos entender o conceito de sistema:
“É um conjunto integrado de componentes regularmente inter-relacionados e interdependentes criados para realizar um objetivo definido, com relações definidas e mantidas entre seus componentes e cuja produção e operação como um todo é melhor que a simples soma de seus componentes”
Segurança, Administração, áreas de Saúde e Reintegração devem ser encarados como componentes que se completam e se reforçam mutuamente.
Cada uma dessas áreas representa a presença do Estado, e não pode ser tratada como tema dissociado e estanque, sob pena de o não cumprimento de suas funções afetar o funcionamento das demais.
A Polícia Penal surge como uma chance de ouro para reestruturar e repensar o Sistema Prisional paulista, uma vez que obrigará a reestruturação administrativa e organizacional do mesmo.
Nesse sentido, desvalorização dos trabalhadores, déficit funcional, superlotação e deterioração da estrutura física das unidades são fatores que afetam não só os trabalhadores do sistema prisional, pessoas privadas de liberdade e seus familiares, mas toda a sociedade.
Seminário do Sistema Prisional
Local: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - Auditório Franco Montoro
Data: 8 de dezembro de 2022
Horário: 10h às 16h
Mais informações no vídeo:
Presos se recusaram a ir para a tranca, atearam fogo a colchões, mas incêndio foi controlado. Diretores do SIFUSPESP estiveram na unidade para prestar apoio a policiais penais
por Giovanni Giocondo
Integrantes do da Célula de Intervenção Rápida(CIR) e do canil da Penitenciária de Irapuru conseguiram controlar um tumulto deflagrado por presos nesta quarta-feira(30) na unidade prisional.
O princípio de rebelião aconteceu quando dois presos do raio 5 se recusaram a ir para a tranca, foram advertidos pelos policiais penais para sair do pavilhão, revoltaram-se e resolveram atear fogo a colchões, que foram colocados em chamas nas gaiolas.
Acionada, a CIR conseguiu controlar o incêndio, e com ajuda da equipe do canil, recolher os presos para o pavilhão disciplinar, onde eles estão isolados dos demais.
Para prestar auxílio aos policiais penais que participaram da operação, o secretário-geral do SIFUSPESP, Gilberto Antonio da Silva, e o diretor de base Edmar Paschoalino Firmo Neto(foto abaixo), estiveram na Penitenciária de Irapuru nesta quinta-feira(01). Eles foram recebidos pelos diretores geral e de disciplina do estabelecimento penal.
Na visita, os sindicalistas exaltaram o espírito de equipe dos servidores e sua competência e capacidade para evitar a rebelião e impedir que o fogo tomasse conta da unidade. Eles também ressaltaram a importância de existir uma CIR e um canil em cada unidade com o objetivo de conter outros casos semelhantes de indisciplina.
Gilberto Antonio da Silva aproveitou a oportunidade para convidar todos os policiais penais a participarem, no próximo dia 8 de dezembro, de um seminário em que o SIFUSPESP pretende apresentar, ao governador eleito de São Paulo, Tarcisio de Freitas(Republicanos), um diagnóstico sobre a atual conjuntura de dificuldades enfrentada pelos trabalhadores do sistema prisional paulista.
O evento vai acontecer na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp), com horário e local do auditório ainda a serem definidos.
Confira mais detalhes sobre a ocorrência no vídeo abaixo:
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