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Muitos servidores estão tendo sua contagem de tempo prejudicada devido ao afastamento compulsório regulado pela Deliberação 1, de 17-3-2020, do Comitê Administrativo Extraordinário Covid-19 que determinava o afastamento por 72 hs extensível por mais 72hs aos servidores acometidos de sintomas de COVID-19.

O texto da deliberação é claro:

V - os servidores com sintomas reconhecidos do Novo Coronavírus devem, imediatamente, passar ao regime de teletrabalho, independentemente do disposto no Dec. 62.648-2017, permanecendo em tal situação pelo prazo de 72 horas, renovável por igual período e uma única vez, mediante autodeclaração, sob as penas da lei, de sua situação de saúde, encaminhada por via eletrônica ao superior hierárquico;

VI – esgotados os dois períodos citados no inciso V desta deliberação, o servidor deverá retomar suas atividades ou apresentar atestado médico externo, independentemente de perícia oficial, válido por até 14 dias, encaminhado por via eletrônica ao superior hierárquico.

Segundo o Dr. Sérgio Moura Coordenador do Departamento Jurídico do SIFUSPESP : “O estado viola o próprio estatuto do servidor público haja vista que o Artigo 206 aponta que o servidor possa se afastar sem prejuízo em face a decisão da autoridade sanitária competente que no caso de São Paulo era o Comitê Administrativo Extraordinário Covid-19.

Além disso, o artigo 207 do estatuto prevê que se considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais, o período de licença compulsória.”

 

Filiados ao SIFUSPESP devem procurar o Departamento Jurídico

Frente a ilegalidade do Estado os filiados do SIFUSPESP devem buscar seus direitos através de nosso jurídico pois o desconto dos dias relativos a essas licenças afetam  a aquisição de licença prêmio, promoções, quinquênio e sexta parte.

Para marcar uma consulta com nosso corpo jurídico o associado pode enviar mensagem para : Bernadete - (11) 97865-7719  ou Simone - (11)97878-7511 de segunda a sexta no horário comercial.

Frente a uma série de boatos e de desinformação que vem circulando nas redes sociais relativos a cobrança da chamada “contribuição assistencial” julgada constitucional segundo foi deliberado pelo STF durante o julgamento do Tema 935.

O SIFUSPESP esclarece que: não existe necessidade de encaminhar qualquer espécie de documentação se opondo a mesma, pois não afeta os trabalhadores do sistema prisional e não será cobrada.

 

O que é a contribuição assistencial

O tema debatido pelo STF trata-se de uma taxa decidida em assembleia e que incide sobre todos os trabalhadores não sindicalizados de uma categoria, relativa aos custos arcados pelas organizações sindicais durante o período de negociação coletiva. Tal taxa deve ser acordada durante as negociações de acordos e negociações coletivas entre empregados e patrões e obrigatoriamente deve ser votada em assembleia. Como o estado não participa de acordos ou negociações coletivas nos moldes da CLT, tal tipo de taxação não se aplica aos trabalhadores do sistema prisional e estatutários de maneira geral.

 

Diferenças do imposto sindical

O Imposto Sindical chamado por lei de Contribuição sindical era uma contribuição referente a um dia de trabalho e era cobrada de todos os trabalhadores normalmente no mês de março, esta contribuição era regulamentada pela CLT e era automática não tendo de ser negociada ou aprovada em assembleias.Essa contribuição foi extinta em 2017 durante a reforma trabalhista.

 

Cobrança de imposto sindical no sistema prisional: Sifuspesp sempre lutou contra.

 

Dos sindicatos que representam os trabalhadores penitenciários, existem dois casos de cobrança do imposto sindical. Os de 2014/2015, feito pelo SINDASP relativos aos ASPs e,contra o qual o SIFUSPESP tem uma ação na Justiça buscando o ressarcimento; e o relativo aos AEVPs, no qual o SINDESPE tenta impor este desconto aos AEVPs  como fez em 2015, 2016 e 2017 segundo o processo abaixo:

Processo Sindesp Imposto Sindical

Confira abaixo a luta do  SIFUSPESP contra o imposto sindical:

https://www.sifuspesp.org.br/noticias/2208-sifuspesp-consegue-vitoria-para-a-categoria-na-acao-do-sindasp-do-imposto-sindical

https://www.sifuspesp.org.br/noticias/1806-conforme-solicitado-pelo-sifuspesp-fazenda-devolvera-imposto-sindical-do-sindasp-em-folha-suplementar

https://www.sifuspesp.org.br/noticias/9397-sifuspesp-vai-a-justica-contra-cobranca-do-imposto-sindical

https://www.sifuspesp.org.br/index.php/noticias/5190-sifuspesp-obtem-garantia-da-justica-de-que-asps-nao-terao-desconto-do-imposto-sindical-em-2018

Abaixo o presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá sobre o assunto:





Hoje a SAP completa 31 anos, secretaria de estado que já foi referência nacional, que forneceu treinamento e modelo para a administração penitenciária de outros estados amarga o abandono, descaso e a ignorância das autoridades.

 

Um pouco de história

O Estado de São Paulo  esteve à frente dos principais avanços no que se refere à execução penal em nosso país.

Desde a inauguração da Penitenciária de São Paulo em 1920 que em sua época foi considerada um modelo mundial em termos de execução penal e reintegração de pessoas à sociedade.Personalidades como o Chefe de Polícia de Nova York, o famoso antropólogo francês Claude Lévi-Strauss e o escritor austriaco Stefan Zweig vieram conhecer nossa “Casa de regeneração” e ficaram positivamente impressionados, tendo Zweig escrito em dos seus livros que “a higiene e a limpeza do presídio eram exemplares

Tal realidade infelizmente não duraria muito tempo.Na década de 50 seria construído o infame “anexo” a “Casa de Detenção Profº. Flamínio Favero” que ao invés de cumprir sua função de ser um presídio provisório, acabou se tornando um depósito de presos, marcado por rebeliões, fugas e mortes.

Após anos de descaso e improvisos, a repercussão  do Massacre do Carandiru levou o governo do estado a criar a SAP em 4 de janeiro de 1993, sendo a primeira secretaria de estado exclusivamente voltada à execução penal em nosso país.

Desde a arquitetura prisional até a profissionalização dos quadros de segurança, reintegração e administração se colocaram como uma aposta em um sistema penitenciário mais humano, moderno e seguro.

 

Avanços e retrocessos

Apesar de ser uma iniciativa inovadora e correta, que leva a sério a complexidade do ambiente carcerário e as especificidades da execução penal; apostando em profissionais especializados e desenvolvimento técnico, a Secretaria sempre careceu de meios para cumprir suas funções que lhes foram designadas e mesmo perante a este quadro sempre se manteve como referência para o restante do país.

Hoje a redução e desvalorização do quadro funcional, aliada a redução de verbas e a uma gestão draconiana e sem conhecimento técnico ou empírico do dia a dia do sistema prisional tem levado a uma decadência da segurança e da eficiência da secretaria que acaba sendo uma continuidade do desmonte começado com a tentativa de privatização durante o governo Dória.

 

Oportunidades perdidas

A aprovação da PEC da Polícia Penal em 2017 e a redução da lotação das unidades prisionais durante o período da pandemia de COVID poderiam ter sido aproveitadas como uma oportunidade de ouro para mudar os rumos do sistema prisional paulista,infelizmente esse período coincidiu com a já aludida tentativa de privatização período marcado pela não contratação de pessoal que nos levou ao quadro atual de maior déficit de efetivo nas carceragens desde 2013.

 

Governo Tarcísio descumpre promessas e aprofunda a crise

 

A despeito de uma demonstração inicial de abertura ao diálogo, são as ações práticas do governo que provam sua verdadeira política, como diz o ditado “palavras bonitas não enchem a barriga”.

E as ações do Governo Tarcísio e de seu Secretário minimamente levantam dúvidas sobre suas verdadeiras intenções.

Começamos por um Secretário que apesar de indicado por um governo que diz defender a posse e o porte de arma pelos cidadãos, apreende armamento particular de policiais penais e deflagra sobre os mesmos um processo de perseguição.

Seguido por uma série de promessas não cumpridas de regulamentação da Polícia Penal e reajuste salarial tanto por parte do Secretário quanto do Governador.

Frente a reação do SIFUSPESP perante o descumprimento de todas as promessas, o atual Secretário deflagra uma campanha de perseguição às lideranças sindicais e a liberdade de expressão da categoria, chegando a ilegalidade de proibir a entrada do sindicato nas carceragens e a se vangloriar dessa ilegalidade durante uma audiência na ALESP.

A realidade é que o Governo Tarcísio ficará um período minimamente igual ao governo Dória sem contratar, que os salários pela primeira vez não foram reajustados junto com as demais forças de segurança e que a situação de segurança nas unidades se deteriora dia a dia.

 

Precisamos estar unidos e mobilizados

Todos os indícios apontam para que o Governo Tarcisio de Freitas também descumprirá a promessa de apresentar o projeto de lei orgânica aos sindicatos antes de apresentá-lo na ALESP.

As promessas iniciais de não redução salarial com a implementação do subsídio, hoje devem ser encaradas com cautela pois até agora o Governo não se mostrou afeito ao cumprimento das palavras empenhadas. 

Também devemos estar preparados para tentativas de sucateamento da carreira, visto que o único plano de carreira apresentado até hoje prejudica seriamente o avanço funcional e ameaçando as promoções por antiguidade que é conquista histórica da categoria.

Frente a tudo isso podemos dizer com tristeza que neste aniversário da SAP, não temos nada a comemorar.

  

 



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