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Vítima de um acidente de moto que o deixou paraplégico, o AEVP Reginaldo Antônio Santos, o Toninho, promove rifa e conta com apoio da categoria para enfrentar as dificuldades financeiras

Por Flaviana Serafim

O Agente de Escolta Vigilância Penitenciária (AEVP) Reginaldo Antônio Santos, o Toninho, conta com a solidariedade da categoria para apoiá-lo financeiramente. Toninho está realizando uma rifa de seus equipamentos de pesca e cada número tem o valor de R$ 50. O sorteio é no próximo dia 22 de junho (sábado), pela Loteria Federal.

Servidor da  Penitenciária II de Franco da Rocha, ele sofreu um grave acidente de moto quando estava a caminho do trabalho, em 21 de julho de 2018. Na ocasião, devido à neblina intensa, Toninho colidiu com traseira de um caminhão e o acidente provocou politraumatismo e paraplegia dos membros inferiores.

Desde então, o AEVP tem lutado para enfrentar as dificuldades financeiras e novamente conta com apoio dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema prisional. Em mensagem ao SIFUSPESP, Toninho explica que, devido a questões burocráticas, não recebe o salário integral e não terá pagamento no próximo mês, por isso decidiu rifar seus itens de pesca.

Para compra do número, os dados bancários do AEVP são:
Banco do Brasil
Reginaldo Antônio Santos
Agência 2766-9
Conta corrente 31649-0
CPF 295.894.308-99

Confira a premiação:
1º Prêmio: molinete Penn Fierce 6000, vara Saint Plus Classic 2402SP, vara Millenium Bravo 80m 6', 2 iscas Artificiais e porta varas em tecido (aprox. R$ 1.400)
2º Prêmio: carretilha Saint Plus Triton, vara Marine 1.38, 2 iscas artificiais (aprox. R$ 500
3º Prêmio: molinete Daiwa Strikforce, vara Saint Plus Skyline, 2 iscas artificiais (aprox. R$ 280)

Segundo Toninho, as iscas artificiais serão escolhidas respeitando a ordem dos prêmios, e os produtos foram usados poucas vezes, estando funcionando perfeitamente. Ele explica ainda que a despesa com postagem ou retirada é por conta do ganhador.

Conheça mais sobre a história do Toninho, acesse o Facebook  e o Instagram do agente.  
Para outras informações, acesse o grupo no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/LS9vXE2eP9bEWucb8axBWQ

 

Evento aconteceu na noite desta quinta-feira (06) e promoveu discussão entre diferentes trabalhadores, órgãos e estudiosos da segurança pública que expuseram riscos de projeto pretendido pelo governo João Doria

Por Giovanni Giocondo
Fotos: Flaviana Serafim

Integrantes do SIFUSPESP participaram na noite desta quinta-feira (06) da Audiência Pública contra a Privatização do Sistema Prisional, na sede da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, no centro da capital paulista.

A audiência reuniu trabalhadores das forças de segurança pública, representantes do Judiciário, advogados, pesquisadores de núcleos que debatem violência, combate a organizações criminosas e o próprio sistema prisional.

Priscila Pamela dos Santos, da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmou que a entidade é contrária à privatização do sistema sobretudo porque o modelo tem custos mais altos na comparação com o sistema público, é mais inseguro para a sociedade e afronta os direitos humanos dos presos.

Agente penitenciário há 25 anos, Abdael Ambruster, do grupo "Policiais Antifascismo", fez um resgate do histórico de surgimento do PCC para mostrar a complexidade do sistema prisional e criticar as privatizações, que em sua opinião podem ampliar o espectro de poder da organização criminosa sobre as unidades prisionais. Ambruster também criticou o Estado brasileiro pelo monopólio da violência que agora pretende vender à iniciativa privada.

O presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, ressaltou que o mote utilizado pelo sindicato na campanha contra a privatização merece continuar em destaque para conscientizar a população a respeito dos reais objetivos do projeto. “Vida e segurança não se negociam. E essa sociedade que vota nos candidatos que agora estão nos governando pode ser o próximo alvo e ir para a cadeia, tendo suas vidas negociadas em troca do lucro”.

Em sua fala, o sindicalista aproveitou a oportunidade para convidar os demais presentes a unir forças no ato público marcado pelo SIFUSPESP para o próximo domingo (09), na avenida Paulista. Na ocasião, os trabalhadores penitenciários vão entregar panfletos informativos à população, dialogando com as pessoas e tentando conscientizar os paulistanos a respeito dos perigos da privatização para a segurança e o bem estar de todos.

Remanescentes do concurso para o preenchimento de vagas de agente de segurança penitenciária (ASP) de 2014 também criticaram as privatizações. Segundo os homens que há cinco anos foram aprovados e aguardam pelas chamadas, Doria quer tirar as vagas que, por lei, são dos que passaram no concurso para colocar em seus lugares vigilantes contratados que não possuem treinamento e expertise para lidar com os detentos.

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Remanescentes de concursos para ASP marcaram presença

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Auditório da Defensoria Pública reuniu dezenas de participantes

No lançamento da Frente Parlamentar da Cidadania e da Segurança Pública, sindicato denuncia defasagem dos salários e o fim das nomeações de concursados depois que Doria anunciou a privatização de presídios

  

Por Flaviana Serafim
Fotos: Giovanni Giocondo

A direção do SIFUSPESP, trabalhadores e trabalhadoras do sistema penitenciário participaram do lançamento da Frente Parlamentar da Cidadania e da Segurança Pública, em evento realizado no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Também marcaram presença os oficiais operacionais do sistema prisional paulista, ao lado de remanescentes aprovados nos concursos 2014 e 2017 para ASP,  AEVP e para as áreas meio que aguardam nomeação.

A Frente foi criada, entre outros motivos, para atender às demandas de todos os servidores da segurança do estado de São Paulo. No lançamento, o deputado Tenente Nascimento (PSL) disse que está propondo algumas emendas favoráveis aos agentes penitenciários, tais como verba para a Escola da Administração Penitenciária (EAP), além de reivindicar a convocação de Agente de Segurança Penitenciária (ASPs) e de Agentes de Escolta e Segurança Penitenciária (AEVPs) aprovados em concursos públicos.

O reajuste salarial para o conjunto dos agentes de segurança também esteve em pauta nas falas de deputados como o Major Mecca (PSL) que destacou que, apesar dos salários muito defasados, os trabalhadores e trabalhadoras do sistema prisional “continuam firmes no combate à criminalidade”.

Presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Jabá, pediu aos parlamentares que levem a João Doria (PSDB) o mesmo reconhecimento que os servidores penitenciários têm junto aos deputados, pois o governador não reconhece os trabalhadores do setor como agentes da segurança pública. Jabá também criticou a falta de diálogo do governador quanto à privatização de presídios que o gestor pretende fazer em São Paulo.

“Para o Doria, não somos segurança pública e ele não está nos escutando. Estamos, sim, denunciando que privatização do sistema prisional é totalmente errada, que não é PPP, mas é em quatro cadeias construídas com dinheiro público e não uma Parceria Público-Privada”. Sobre os baixos salários, Jabá disse que, além da situação crítica enfrentada por ASPs e AEVPs, há oficiais operacionais ganhando salários muito baixos para trabalhar como motoristas da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), função que exige extrema responsabilidade e precisa de valorização.

“Por isso lutamos por um lei orgânica que nos reconheça, que está em nossa pauta de reivindicações, e também pela polícia penal. Somos, sim, da segurança pública e enfrentamos um trabalho insalubre, perigoso e desgastante”, completou Jabá. 

O sindicalista ainda denunciou que, desde que Doria anunciou as privatizações, há seis meses, não ocorreram mais nomeações de ASPs, AEVPs e nem de profissionais das área meio que passaram nos concursos públicos, outra situação que, além de gerar revolta em quem prestou concurso, também representa um risco à segurança dos presídios.

“Chamamos atenção dos deputados porque todo mundo viu o que aconteceu depois das rebeliões de 2006. Por isso, costumo sempre lembrar que quem fez acordo com o crime organizado não fomos nós, ao contrário. O serviço de inteligência dos agentes penitenciários tem é dado resultado no combate ao crime”, concluiu.

Confira o vídeo:

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