Mauro Pires de Souza possui suspeita de um quadro de depressão, e sumiu logo após sair do plantão na tarde desta sexta-feira(15)
por Giovanni Giocondo
O policial penal Mauro Pires de Souza, de 51 anos, desapareceu no início da tarde desta sexta-feira(15) entre os municípios de Tremembé e Taubaté, no Vale do Paraíba. Lotado no Centro de Detenção Provisória(CDP) de Taubaté, que fica na rodovia Washington Luiz, ele cumpriu seu plantão de 12 horas desde a noite de quinta, e logo após sair da unidade, não deu mais notícias.
Mauro tem residência próxima ao batalhão da Polícia Militar de Tremembé, pouco mais de 6 km de distância do local de trabalho, na região central da cidade, e foi visto pela última vez próximo à ponte do rio Paraíba. O celular do servidor aparenta estar desligado, já que não Mauro não o atende, tampouco responde a mensagens dos colegas e familiares.
O que mais preocupa os colegas é o fato de o policial penal estar com suspeita de um quadro de depressão, o que poderia fazer com que ele estivesse evitando contato, além de caminhar sem rumo definido.
Quem encontrá-lo deverá enviar mensagem para o número de whatsapp: (12) 99162-5225, ou informar a polícia militar pelo telefone 190.
Dia do Professor e da Professora é também dia de luta por mais direitos aos profissionais que batalham cotidianamente em defesa de uma educação cidadã
por Giovanni Giocondo
Aos homens e mulheres que dedicam suas vidas a repassar a estudantes de todas as faixas etárias valores inestimáveis sobre a cidadania, seus deveres e direitos, e que ajudam a construir sonhos e materializar o sentido do aprendizado de crianças, adolescentes e adultos em um país tão carente de uma educação libertadora e de qualidade, o SIFUSPESP presta esta homenagem especial no dia 15 de outubro.
O Dia do Professor e da Professora vai além de uma mera data comemorativa, porque sua existência está condicionada à continuidade de lutas permanentes dessa categoria pela conquista de mais direitos, sejam eles salários condizentes com sua dura rotina nas salas de aula, seja um bem estar de saúde indispensável para que mantenham a dedicação integral a creches, escolas, universidades e outras instâncias do saber.
Nós, nossos pais, avós, filhos e netos já passaram ou vão passar sob a batuta de mestres e mestras que ensinarão não somente a rigidez estanque de cada disciplina, mas também muitas das virtudes que passaremos a colecionar a partir do momento em que entendermos que o respeito ao próximo, o saber ouvir e o compreender a lição de uma vida deixam de ser somente base de uma teoria, justamente porque vindos de um desses profissionais.
Por ser consciente da proximidade das pautas de reivindicação que se misturam e estão em congruência entre os servidores penitenciários de todas as carreiras e os professores, e por valorizar todos os mestres que trabalham no sistema prisional - seja nas aulas para os detentos ou na formação dos novos funcionários, o SIFUSPESP faz esta pequena homenagem, que imagina, renderá novos frutos a partir das batalhas que ainda estão por vir.
Que possamos sempre cerrar fileiras ao lado dos professores e professoras, com eles e elas debater, organizar, mobilizar e criar frentes de luta que jamais arrefecerão enquanto a educação e a segurança da população não forem tratadas como prioridade pelos diferentes governos. São eles muitas vezes nossos exemplos de como seguir alertas contra todos os ataques que insistentemente alijam nossos direitos!
Esta é a singela, porém sincera homenagem do SIFUSPESP. Com carinho e por mais qualidade de vida a todos os mestres e mestras do Brasil!
Feliz dia do Professor e da Professora! Feliz 15 de outubro!
Com o mote “Os policiais do Estado de SP estão morrendo” com o “Pior Salário do Brasil”, grupo formado por policiais penais, civis, técnico-científicos e associações de policiais militares fez protesto nesta sexta-feira (15) em São Paulo. Diretores do SIFUSPESP e outros servidores penitenciários também participaram do ato e continuarão ativos nas próximas semanas para mobilizar categoria na Campanha Salarial 2021
por Giovanni Giocondo
União e força para a luta por melhores salários, saúde, qualidade de vida e condições de trabalho mais dignas. Foi com essa tônica que os servidores da segurança pública de São Paulo se encontraram nesta sexta-feira(15) para um protesto no centro da capital. O ato, realizado ao lado da sede do batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar(ROTA), no centro de São Paulo, aglutinou os policiais penais, civis, técnico-científicos e as associações de policiais militares, que clamaram ao governo do Estado pela valorização das carreiras.
Os servidores distribuíram aos motoristas que passavam pelo local adesivos com os dizeres “Os policiais do Estado de SP estão morrendo” e “Pior Salário do Brasil”, em referência aos péssimos vencimentos pagos às forças policiais pelo governo - comandado pelo PSDB, bem como a situação de calamidade pela qual passa a saúde física e psíquica dos trabalhadores da segurança, sobretudo em virtude da sobrecarga de atividades cotidianas a que estão submetidos.
Após esse primeiro momento do ato, os trabalhadores partiram até o Palácio da Polícia, que fica no bairro da Luz, e encerraram sua caminhada em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública(SSP), ambos no centro de São Paulo.
Enquanto representante dos servidores penitenciários, o SIFUSPESP compareceu ao local através de seus diretores Alancarlo Fernet, Maria das Neves Duarte e Apolinário Vieira - que fez sua parte em frente à Penitenciária de Martinópolis.
Também somaram ao ato os policiais penais Nilson Rodrigues, Fabrício Luiz Demétrio, Vinícius Antonio, Flavio Matos Petroli, Alexandre, Washington, Claudio e João Carlos, que atuam em diferentes unidades prisionais da região metropolitana de São Paulo e do interior, entre elas o Centro de Detenção Provisória(CDP) de São Bernardo do Campo, a Penitenciária Feminina de São Miguel Paulista, na zona leste da capital, e a Penitenciária de Taquarituba.
Ainda compareceram ao protesto a Defenda PM (Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar), o Sinpcresp (Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo), o deputado estadual Major Mecca(PSL) - um dos idealizadores do evento, e o deputado federal Coronel Tadeu(PSL).
Fórum Penitenciário continuará pautando reivindicações dos policiais penais em Campanha Salarial
Para a coordenadora da sede regional do sindicato em São Paulo, Maria das Neves Duarte, a manifestação demonstrou muita força por parte dos policiais de todas as categorias, além de representar uma unidade coletiva poucas vezes vista anteriormente, porque a conjuntura da realidade da maioria desses servidores se tornou insuportável.
“Este protesto reuniu muitos servidores indignados com a falta de reconhecimento por parte do Estado, daí a sua necessidade premente. Estresse funcional, adoecimento físico e mental, tentativas de suicídios e suicídios infelizmente cometidos, crise financeira e familiar são apenas alguns dos exemplos de situações que se tornaram reflexos, na vida desses policiais, por conta da omissão do governo de São Paulo”, relatou Maria das Neves.
Já de acordo com o diretor do SIFUSPESP Alancarlo Fernet, este é apenas o primeiro passo de uma grande Campanha Salarial de 2021 que está sendo encampada pelo SIFUSPESP, pelo Sindcop e pelo SINDASP. Juntos, os sindicatos integram o Fórum Penitenciário Permanente e devem organizar outros protestos em defesa dos direitos da categoria, um deles já marcado para o dia 10 de novembro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp).
De acordo com dados do Índice Nacional de Preços do Mercado(IGP-M), os salários dos servidores do sistema prisional estão defasados em mais de 47% desde julho de 2014, quando aconteceu o último aumento real dos salários da categoria. Os últimos reajustes - ambos abaixo da inflação - aconteceram em 2018(3,5%) e 2020(5%), e foram incapazes de cobrir as perdas tidas pelos servidores nos últimos sete anos.
Por outro lado, relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo(TCE-SP) divulgadas em julho deste ano atesta que o déficit de funcionários nos quadros da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) supera 18 mil pessoas. Esta ausência de trabalhadores suficientes para atuar no sistema prisional é um dos principais fatores que levam à sobrecarga laboral para aqueles que continuam em atividade.
Confira no vídeo abaixo e em mais fotos alguns dos momentos de luta dos policiais registrados hoje:
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