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Em nota à Comunicação Social do TJ-SP, sindicato esclarece notícia do Tribunal sobre servidores penitenciários vítimas fatais do coronavírus e denuncia as condições enfrentadas pela categoria devido ao descaso da SAP

 

À Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

A respeito da notícia Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do TJSP se reúne com Drauzio Varella, publicada neste 20 de abril no portal do TJ-SP, a direção do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo - (SIFUSPESP) gostaria de esclarecer alguns dados citados no texto, apresentados pelo juiz  assessor da Presidência João Baptista Galhardo Júnior a respeito do cenário carcerário paulista. 

Primeiramente, observamos que o total de servidores penitenciários vítimas fatais do coronavírus no sistema prisional paulista era de 88 até a data de publicação do texto e não 76 como divulga a notícia. Neste 23 de abril, lamentavelmente subiu para 89 os servidores penitenciários falecidos devido ao contágio pela Covid, segundo apuração realizada pelo SIFUSPESP desde o início da pandemia. 

Com base nesta apuração diária, o sindicato avalia que o crescimento acentuado das mortes tem relação com a retomada das visitas presenciais, liberadas em novembro pelo governo estadual e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). A morte de servidores voltou a crescer já no mês seguinte à liberação das visitas, com quatro vítimas fatais em dezembro e um salto de 575% até março, quando 27 servidores penitenciários perderam a vida devido ao contágio pela Covid-19. 

Somente neste 26 de fevereiro é que as visitas voltaram a ser suspensas, resultado da pressão do Fórum Penitenciário Permanente, formado pelo SIFUSPESP, SINDASP e SINCOP, com liminar do SINDASP deferida pela juíza Gilsa Elena Rios, da 15ª Vara da Fazenda Pública do TJ-SP.

Contudo, apesar da suspensão da visita de familiares, o SIFUSPESP denuncia que continua normalmente a entrada de advogados e oficiais de Justiça nas unidades prisionais e que a que a SAP prossegue fazendo transferência de presos mesmo com o agravamento da pandemia, inclusive com lockdown em várias regiões do Estado de São Paulo. 

Ainda segundo denúncias apuradas pelo sindicato, os servidores penitenciários estão sendo expostos a riscos sem proteção adequada contra a Covid-19, pois são obrigados a usar máscara comum dentro das unidades prisionais - mesmo naquelas com alto registro de detentos infectados-, ao fazer as transferências entre unidades ou ao conduzir detentos doentes a hospitais, quando a Secretaria de Administração Penitenciária obrigatoriamente deveria fornecer máscara N95/PFF2. 

Passado mais de um ano do início da pandemia no país, vale destacar também que a SAP ainda não adotou testagem em massa para servidores e população carcerária, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) frente à insalubridade do ambiente prisional. 

Por fim, acrescentamos  que a população carcerária do Estado de São Paulo chega a quase 218 mil detentos, segundo o último levantamento do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional - Depen (disponível clicando aqui), significativamente maior que os cerca de 113 mil citados na notícia pelo TJ-SP. 

Att.

Departamento de Imprensa e Divulgação do SIFUSPESP

O SIFUSPESP informa, com profundo pesar, o falecimento do policial penal Marcelo Lucas, da Penitenciária 2 de Mirandópolis, ocorrido na noite desta quinta-feira (23). A causa da morte ainda está sendo apurada, mas há indícios de suicídio.

Policial penal do turno da noite, ele tinha 50 anos, era solteiro e estava no sistema prisional desde 1994. Atualmente enfrentava uma depressão e recentemente o servidor soube ter sido acometido por um câncer. 

O velório é das 13h às 15h, em Valparaíso, onde Marcelo Lucas também será sepultado. 

O SIFUSPESP presta condolências aos amigos, parentes e especialmente à família do policial penal. O sindicato está à disposição dos familiares caso alguma assistência seja necessária neste momento.

Servidor morreu devido às complicações causadas pela COVID-19

 

por Giovanni Giocondo

O SIFUSPESP noticia, com grande pesar, que o policial penal Paulo Rodolfo Rodrigues Gonçalves faleceu nesta quinta-feira(22) após sofrer complicações causadas pelo coronavírus.

O servidor tinha 57 anos e atuava no Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Valparaíso, no interior do Estado. Seus colegas de trabalho lamentaram muito a morte do companheiro, conhecido como uma das “lendas” da unidade prisional e amigo de todos.

Paulo Gonçalves estava internado há 20 dias na Santa Casa de Araçatuba, onde infelizmente acabou vindo a óbito. Ele será enterrado nesta sexta-feira(23) no município de Sud Menucci, que era sua cidade natal.

O servidor deixa a esposa e dois filhos, a quem o SIFUSPESP oferece seus sentimentos neste momento de imensa tristeza pela partida de um ente tão querido. 

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