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Representante do sindicato no setor e na CCM-IAMSPE, Apolinário Vieira esteve nesta segunda-feira(21) na UNESP para conversar com coordenadora do núcleo de convênios e apresentar reclamações de servidores, que têm esperado até oito meses para realizar exames na cidade

 

por Giovanni Giocondo

O diretor de Saúde do SIFUSPESP secretário da Comissão Consultiva Mista Regional(CCMR) do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE) em Presidente Prudente, Apolinário Vieira, esteve nesta segunda-feira(21) em Botucatu, no interior paulista, para uma reunião com Mônica de Mattos Pinheiro, Coordenadora do Núcleo de Saúde Suplementar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu(HCFMB), vinculada à Universidade Estadual Paulista(Unesp).

Em pauta, o sindicalista apresentou inúmeras queixas feitas por servidores de municípios que dependem do atendimento no Hospital Estadual sobre uma demora muito acentuada para o agendamento de exames médicos, entre eles ultrassonografia, colonoscopia e endoscopia, além de diagnósticos de imagem e de sangue. De acordo com os relatos dos usuários, o tempo de espera para fazer os procedimentos têm chegado a até oito meses.

Estas e outras demandas foram apresentadas em um ofício, que também pede que o escritório do instituto retorne a Botucatu, importantíssimo pólo de saúde na região. Muitos servidores da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) atuam na região, em cidades que possuem importantes unidades prisionais, como Avaré, Itaí, Cerqueira César, Bernardino de Campos e Taquarituba.

Paralelamente a esse represamento no que tange aos serviços laboratoriais, relacionado ao baixo número de clínicas que atendem ao IAMSPE, a região também carece do credenciamento de uma quantidade maior de profissionais de medicina em todas as especialidades. Devido a esse quadro deficitário, a marcação de consultas têm demorado até três meses para serem feitas.

O diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, afirma também - com base nas queixas feitas pelos servidores - que os usuários só têm conseguido fazer cirurgias eletivas no Hospital do Servidor em São Paulo, a mais de 230 km de distância. Isso porque falta também em Botucatu o estabelecimento de um convênio com um hospital que consiga suprir essa demanda.

Ele explica que os problemas no atendimento são, infelizmente, comuns a praticamente todas as regiões do Estado, e por essa razão incentiva os trabalhadores do sistema prisional a fazerem as denúncias ao sindicato. “Somente com as informações vindas dos trabalhadores é que poderemos notificar oficialmente o IAMSPE e solicitar melhorias. Pagamos mensalmente por um serviço de saúde de qualidade, e sendo assim, é apenas com essas reivindicações que ele vai evoluir”, expressa Apolinário Vieira.

Para fazer uma reclamação sobre o IAMSPE na sua região, envie o seu relato para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Mesmo trabalhando em apenas três agentes de escolta e vigilância penitenciária, servidores conseguiram - com ajuda dos ASPs - bloquear duas evasões e frustrar ação de quatro dos cinco sentenciados nos últimos sábado(19) e domingo(20). Um dos presos, no entanto, conseguiu fugir. Falta de efetivo suficiente de AEVPs nessas unidades é sinônimo de risco de rebeliões, agressões e arremessos de celulares

 Atualizado às 11h14 de 22/03/2022

por Giovanni Giocondo

Policiais penais do Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Mongaguá, no litoral paulista, conseguiram impedir que quatro presos fugissem da unidade no sábado(19) e no domingo(20).

De acordo com informações repassadas ao SIFUSPESP, no sábado, três presos pularam o alambrado para fugir. Os servidores perceberam a ocorrência, foram até o local e conseguiram recapturar dois sentenciados. O outro conseguiu evadir da unidade e, até o momento, não foi encontrado.

Já no domingo, a tentativa de evasão aconteceu por volta do meio-dia. Os únicos três agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) que trabalham na unidade retornavam do horário de almoço, quando ouviram pelo rádio um chamado dos agentes de segurança penitenciária(ASPs), informando que os sentenciados estavam fugindo.

Rapidamente, se dirigiram com a viatura até o muro do CPP, onde interceptaram os presos quando estes estavam prestes a ganhar a mata que fica no entorno da unidade. No salto, um dos sentenciados quebrou o pé e o outro se feriu no arame(ouriço).

Os sentenciados presos em ambas as ocasiões foram rendidos, isolados e devem regredir para o regime fechado.

Com uma população de 2.471 presos, o estabelecimento penal está superlotado, já que possui capacidade para receber apenas 1.640, todos no regime semiaberto.

A falta de AEVPs em unidades prisionais semelhantes é uma das principais causas das tentativas de fuga no sistema prisional de São Paulo, frustradas ou não pelos policiais penais. Em dezembro do ano passado, a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) autorizou a transferência de alguns desses profissionais para os CPPs após o SIFUSPESP pressionar durante anos pela medida, mas o efetivo ainda é considerado insuficiente.

O sindicato saúda a coragem e a competência dos servidores na captura, sobretudo por terem de lidar com péssimas condições de trabalho em Mongaguá, onde sequer há uma base de escolta oficial. Com o objetivo de tornar esse ambiente laboral mais adequado à atuação dos AEVPs, o SIFUSPESP vai permanecer na luta até que o quadro de servidores seja potencializado e exista estrutura adequada para tornar a atividade mais eficiente.

 

CPPs apresentam histórico de fragilidade devido à falta de policiais penais armados nas muralhas

Em março de 2020, durante uma ação coordenada por presos em diversos CPPs pelo interior e pelo litoral, milhares deles fugiram e promoveram motins após a Justiça determinar a suspensão das saídas temporárias, em razão da gravidade da pandemia do coronavírus, então em seu início no Brasil.

Somente em Mongaguá, mais de 400 sentenciados deixaram a unidade correndo, em imagens que correram o mundo e ilustraram a incapacidade da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) em atender às inúmeras sugestões do sindicato para que policiais penais de escolta e vigilância fossem deslocados para atuar nos CPPs.

Além de impedir fugas, a presença de um número maior de AEVPs nesses estabelecimento penais também poderia colaborar para frustrar a ação dos chamados “ninjas”, criminosos que arremessam celulares, drogas e outros materiais ilícitos sobre os alambrados para que cheguem ao poder dos presos.

Para o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, os CPPs não podem mais prescindir dos policiais penais armados nas muralhas, sob pena de tornar crônica a ocorrência de todas essas ameaças à segurança. “Como se pode ver pelo histórico dessa e de outras unidades, não é somente um risco que se apresenta, mas vários deles, todos conectados com a falta de efetivo na vigilância. Fugas, rebeliões, agressões e arremessos”. Por essa razão, enquanto a SAP não adotar uma postura definitiva no sentido de levar mais AEVPs para aturar nesses estabelecimentos penais, estaremos à mercê dos criminosos”, alerta.

Sem nenhum serviço online, único contato disponível para que milhares de trabalhadores tenham acesso ao serviço rende longa espera, muitas vezes sem que seja possível obter data para marcar o atendimento médico

 

atualizado às 13h46, de 22/03/2022

por Giovanni Giocondo

O descaso do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE) com seus usuários ganhou mais um capítulo lamentável, agora com relação à indisponibilidade de serviço telefônico para que os trabalhadores e seus dependentes possam agendar consultas e outros procedimentos médicos no Hospital do Servidor, em São Paulo.

Não há qualquer outra forma de marcar as consultas, já que o IAMSPE não disponibiliza atendimento online, tampouco por aplicativo de celular, o que torna ainda mais moroso o processo e torna a vida dos servidores que dependem do serviço uma tortura diária.

As denúncias dão conta de que mesmo após dezenas de insistentes tentativas, o contato para o número (11) 5583-7001 é infrutífero. Os trabalhadores chegam a ficar 20 minutos à espera de que alguma pessoa possa atender do outro lado da linha, e na maioria das ocasiões a ligação é encerrada antes que um atendente forneça uma resposta.

Na maior parte das vezes, os usuários nem chegam a esse ponto, e quando o conseguem, a informação é sempre a mesma por parte dos funcionários do IAMSPE: Tentar novamente, já que o serviço para determinada especialidade não possui data prevista para ser agendado devido à falta de profissionais de saúde.

Em dezembro de 2021, a própria superintendência do instituto admitiu um déficit de cerca de 600 médicos, durante audiência da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp). Neste mês, foi aberto um edital para a contratação de 28 especialistas, número ínfimo diante das baixas constantes no quadro efetivo de médicos registradas ao longo dos últimos anos.

O diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, afirma que a situação é revoltante, sobretudo porque pessoas com idade avançada - aposentados ou não - e que não possuem auxílio de familiares ou amigos, são as que mais precisam que esse suporte seja feito com mais agilidade, mas acabam sofrendo devido à falta de cuidado. “É inadmissível que essa situação que beira ao absurdo continue existindo”, revela.

Vieira também critica o despreparo dos atendentes quando falam com os usuários, o que demonstra a inércia do IAMSPE com relação à necessidade de treinar esses funcionários para garantir o acolhimento dos servidores que estão com a saúde vulnerável. “Quem está doente, tem motivos para tornar pior o seu quadro. E quem não está, vai ficar, tamanho é o estresse criado por essa demora no atendimento”, frisa o sindicalista.

A assessoria de imprensa do SIFUSPESP consultou a assessoria de imprensa do IAMSPE para solicitar informações sobre a causa do mau atendimento. 

Em resposta ao sindicato, o IAMSPE esclareceu que a Central de Atendimento Telefônico é o canal de comunicação dos usuários para agendar consultas e exames e que, diariamente, o serviço atende cerca de 7 mil pacientes.

A assessoria ainda esclareceu que por este canal, o beneficiário pode obter informações sobre sua situação cadastral, financeira e Plano Odontológico. "A Central, além de agendar consultas médicas e exames, também disponibiliza os contatos e endereços dos médicos, clínicas e laboratórios da rede credenciada em todo estado de São Paulo."

Para apresentar uma alternativa de atendimento ao Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), o IAMSPE informa que "os usuários podem ainda contar com o apoio de clínicas e hospitais credenciados distribuídos em 173 municípios".

Outras informações sobre a localização e o contato dos serviços credenciados devem ser feitos por meio do link: www.iamspe.sp.gov.br/rede/index.php

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