Operação “Cella” terminou com indiciamento de 15 suspeitos de integrar facção para prática de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros delitos em todo o Estado
por Giovanni Giocondo
Deflagrada nesta quinta-feira(22) pela Polícia Civil em conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), a Operação “Cella” terminou com o indiciamento de 15 pessoas acusadas de integrar uma facção criminosa em São Paulo.
Parte dos envolvidos são detentos que cumprem pena em unidades prisionais do Estado, onde aconteceram buscas administrativas coordenadas pelo Grupo de Intervenção Rápida(GIR). Policiais penais desses estabelecimentos fizeram as blitzes nas celas, e os que atuam no setor de inteligência da SAP auxiliaram na análise das provas.
O presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, elogiou a operação ao mencionar que o sistema prisional é atualmente fonte riquíssima de informações sobre a prática de crimes por parte dos sentenciados e de outros indivíduos que não estão presos. “Essas informações são fornecidas a todas as instituições policiais, à Justiça e às demais autoridades de Estado e colaboram muito para coibir novos delitos”, esclarece.
Tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na mira da investigação
De acordo com as investigações da Operação “Cella”, os alvos da ação de hoje teriam participação direta em crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e até mesmo influenciavam na cooptação de novos membros para a organização.
Os presos acusados de participar dos delitos também estariam descumprindo regras disciplinares das penitenciárias com o objetivo de manter contato externo com indivíduos responsáveis por cumprir suas ordens nas ruas.
Os mandados de busca e apreensão aconteceram nas cidades de Presidente Prudente, Osvaldo Cruz, Santo Antônio de Posse, Ribeirão Pires, São Paulo, São Vicente, Mauá, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, Mirandópolis, Pacaembu, Valparaíso, Dracena e Assis.
A operação desta quinta-feira é uma continuidade da Operação “Perfídia”, deflagrada em junho de 2020 pela Delegacia de Investigação Sobre Entorpecente(Dise) da Polícia Civil, que na ocasião terminou com a prisão de 30 pessoas.
Ação da Polícia Militar realizada nesta quarta-feira(21) localizou material ilícito em mochilas abandonadas por três suspeitos em área ao redor do CPP de Tremembé
por Giovanni Giocondo
Uma equipe da polícia militar apreendeu na noite desta quarta-feira(21) centenas de celulares, baterias e outros equipamentos eletrônicos nas proximidades do Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Tremembé, o PEMANO. No total, foram encontrados 56 celulares, 43 fones de ouvido, 55 carregadores de celular, 20 cabos USB, 26 chips e 50 baterias de aparelho telefônico.
Também foram apreendidos 15 kg de maconha e pequenas quantidades de cocaína e crack, além de um carregador de pistola e dez munições.
Os entorpecentes e objetos ilícitos estavam em três mochilas abandonadas por três homens que estavam ao lado da unidade prisional e fugiram após a aproximação da viatura da PM. A ocorrência foi registrada no distrito policial de plantão de Taubaté.
Possivelmente, as mochilas seriam jogadas para dentro dos muros do CPP, que tem sofrido frequentemente com o assédio dos chamados “ninjas” - criminosos que levam celulares, drogas e armas para a unidade através de invasão ou arremesso.
Em maio, o Ministério Público Estadual, requisito à Justiça a interdição do PEMANO em razão do avanço das tentativas insistentes dos criminosos, além da superlotação e do déficit funcional da unidade. O SIFUSPESP está como terceiro interessado no processo, que tramita pela Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
Homenagem feita nesta quarta-feira(21) no Palácio dos Bandeirantes contou com presença do SIFUSPESP
por Flaviana Serafim
Criado em julho de 1998, o Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) completou 23 anos de existência nesta quarta-feira (21), com cerimônia no Palácio dos Bandeirantes marcando a data. A atividade teve a presença do SIFUSPESP, representado pelos diretores de base Alancarlo Fernet e Francisco José Alves Ferreira, o Jota.
Ligado à Secretaria de Justiça e Cidadania, o Cravi presta atendimento tanto psicossocial quanto jurídico gratuitamente às vítimas e familiares de vítimas de crimes contra a vida, tais como homicídio, feminicídio e latrocínio.
“É um órgão muito importante, especialmente para a defesa civil nos principais momentos em que a população é afetada, seja por catástrofes naturais, grandes desastres, temos inúmeros exemplos em que essa participação foi fundamental”, afirmou o coronel Walter Nyakas Júnior, secretário-chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil do Estado, em vídeo gravado para o SIFUSPESP.
Ao longo destes 23 anos, foram mais de 40 mil atendimentos realizados por psicólogos e assistentes sociais responsáveis por triar, acolher e atender às vítimas de violência. Desde 2016, em convênio com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, os profissionais do Cravi também são suporte psicológico às vítimas de violência doméstica nos casos em que os autores dos crimes passam por audiência de custódia, inclusive com orientação e apoio remoto às mulheres.
A direção do SIFUSPESP "expressa seu reconhecimento especialmente aos profissionais do Cravi que estão na linha de frente, dedicados a esse trabalho tão relevante, sobretudo nestes tempos de pandemia em que principalmente os casos de violência doméstica têm crescido tanto em São Paulo".
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