Publicado: 11 Março 2021

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Para tentar reduzir número de casos, internações e óbitos ocorridos em razão do coronavírus, Estado entra na “fase de emergência” do Plano SP. Haverá toque de recolher e fechamento de serviços não essenciais. SIFUSPESP mantém atendimento à distância enquanto durar pandemia

por Giovanni Giocondo

O governo de São Paulo restringiu ainda mais a quarentena no Estado em virtude do aumento do número de casos e óbitos, bem como do esgotamento da capacidade dos hospitais com as crescentes internações decorrentes do coronavírus. Para tentar reduzir o índice de contaminação pela COVID-19, o Palácio dos Bandeirantes adotou a chamada “fase emergencial”, que é mais dura que a fase vermelha do Plano SP, em vigor atualmente. Só nesta quarta-feira(10), morreram 517 pessoas vítimas da doença no Estado.

Em anúncio feito nesta quinta-feira(11), o governador João Doria(PSDB) suspendeu uma série de atividades consideradas não essenciais, bem como estabeleceu um toque de recolher que funcionará diariamente das 20h às 5h, com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas e impedir mais contágios pela doença. Serviços em escritórios, por exemplo, só poderão ser feitos através de home office. Supermercados e farmácias seguem funcionando normalmente.

As medidas começam a valer a partir da próxima segunda-feira(15), e definem, por exemplo, que estarão suspensos cultos religiosos e campeonatos esportivos. Estabelecimentos que trabalham com comércio de material para construção também deverão permanecer fechados, enquanto restaurantes só poderão atender mediante delivery, sem a possibilidade de retirada pelos clientes no local.

Dentro do sistema prisional, as visitas presenciais aos detentos continuam suspensas, após liminar judicial concedida ao Sindasp-SP, que foi atendida pela Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) a partir do último dia 27 de fevereiro. No entanto, o prolongado período em que ficaram abertas - desde 7 de novembro de 2020 - permitiu um avanço do coronavírus para dentro das unidades.

De acordo com levantamento feito pelo SIFUSPESP, somente nas  duas primeiras semanas de março de 2021 morreram sete servidores vítimas da doença, totalizado 52 desde o início da pandemia, em março do ano passado. Em razão do aumento do número de óbitos e de casos  de trabalhadores doentes, o sindicato alerta para cuidados redobrados da categoria para evitar a contaminação pela COVID- 19

Para o presidente do  SIFUSPESP, Fábio Jabá, o uso obrigatório de máscaras, luvas e outros equipamentos de proteção individual dentro das unidades prisionais, bem como a higienização das mãos com álcool gel são recomendações que devem continuar sendo seguidas. Além disso, o sindicalista pede encarecidamente aos companheiros que evitem aglomerações e fiquem em casa quando não estiverem no trabalho.

“Não estamos imunes enquanto não recebermos a vacina, e mesmo depois dela ainda teremos de ter cuidado. Por isso, enquanto estamos trabalhando sem interrupção há um ano, é melhor se proteger, a sua própria família e companheiros de sistema. Este é pior momento da pandemia no Brasil e em São Paulo, vide as atuais restrições do governo. Não podemos permitir que mais trabalhadores morram e sofram sequelas dessa doença”, alerta Jabá.

Os servidores que fazem parte do grupo de risco seguem afastados até pelo menos o dia 9 de abril. A resolução interna da SAP exige apenas uma autodeclaração e a apresentação de um atestado médico que comprove a comorbidade, seja ela oriunda de doença crônica como diabetes e cardiopatia, idade avançada - acima dos 60 anos - e mulher gestante.

SIFUSPESP mantém atendimento à distância

Coerente com esse discurso pela preservação de vidas dentro do sistema, o SIFUSPESP segue promovendo atendimento remoto a todos os seus associados. Serviços relacionados aos Departamentos Jurídico, de Convênios, Administrativo e Imprensa continuam sendo feitos à distância pelos funcionários do sindicato.

Caso precise de qualquer um desses atendimentos, basta entrar em contato via mensagem com o número de Whatsapp (11) 94054-8179.

Os advogados das sedes regionais do SIFUSPESP possuem contatos específicos. Confira:

São Paulo: (11) 94054-8179

Araraquara: (16) 97400-7882

Avaré: (14) 97400-6790/ 16 99765-4345

Baixada Santista: (13) 98219-1139

Bauru: (14) 99777-7779

Campinas: (11) 97878-7415

Franco da Rocha: (11) 99869-4639

Itapetininga: (15) 99810-3303

Mirandópolis: (18) 99172-1592

Presidente Prudente: (18) 99794-0582

Presidente Venceslau: (18) 3272-3312

Ribeirão Preto: (16) 99393-9954

São José do Rio Preto: (17) 98172-0855

Sorocaba: (15) 3211-1838

Vale do Paraíba: (12) 99772-7036

Toda a direção e a Comunicação do SIFUSPESP continuam de plantão. Envie mensagem para o Whatsapp (11)  99339-4320, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. pelo messenger, na página do sindicato www.facebook.com/sifuspespsindicato. 

Publicado: 11 Março 2021

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Por Flaviana Serafim

O sistema prisional paulista tem 52 servidores vítimas fatais do coronavírus desde o início da pandemia, segundo levantamento do SIFUSPESP até este 11 de março, com base em informações apuradas junto à categoria. Morreram sete servidores penitenciários apenas nas duas primeiras semanas de março, o mesmo número de mortos de todo o mês de fevereiro. 

Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta um crescimento de 190% no falecimento tanto de servidores quanto dos presos nos primeiros 67 dias de 2021 comparados ao mesmo período no ano passado. De acordo com os dados do CNJ, foram confirmados 64.189 casos nas unidades prisionais do país, dos quais 16.046 servidores e 48.143 detentos. 

Na avaliação da direção do SIFUSPESP, no caso de São Paulo o aumento das mortes coincide com a retomada das visitas às unidades prisionais, em 7 de novembro, pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Apesar da piora no quadro da pandemia, com várias cidades paulistas regredindo à fase vermelha, a SAP só voltou a suspender as visitas depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu um pedido de liminar do SINDASP, em 27 de fevereiro. 

Porém, apesar da recente suspensão de visitas de familiares, o SIFUSPESP recebeu denúncias de que continuam as visitas de advogados e oficiais de Justiça, algumas unidades retomaram o trabalho dos sentenciados e a SAP segue transferindo presos, um dos maiores problemas. O sindicato está apurando os casos. 

De dezembro até o começo de março, as mortes aumentaram 75%, e o contágio de servidores cresceu quase 44%, de 1.997 em dezembro para 2.870 neste 10 de março. Desde quando a SAP passou a contabilizar os casos, em julho passado, o crescimento do contágio entre os servidores aumentou quase 360%. 

Segundo dados da SAP, são 12.536 casos confirmados na população carcerária, com a morte de 38 detentos. 

Com o cenário distante do controle de casos dentro e fora dos muros do sistema prisional, a direção do sindicato continua alertando a categoria para prevenção com toda a prevenção necessária no cotidiano, e também na luta por prioridade na imunização:

“Somos convocados a trabalhar, prestamos serviço essencial e estamos na linha de frente, temos que ter prioridade na vacinação sim e vamos seguir reivindicando isso junto ao governo estadual e nas instâncias federais também, com apoio de deputados de diferentes partidos políticos que tem feito essa indicação ao Ministério da Saúde”, defende Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do SIFUSPESP. 

Surto na Penitenciária Flórida Paulista

A SAP confirmou ao SIFUSPESP que  três servidores e 91 detentos foram confirmados com coronavírus na Penitenciária de Flórida Paulista. Havia presos com sintomas na unidade prisional e foi realizada testagem em massa nos dias 3 e 4 de março. 

Segundo a secretaria, um total de 1.625 pessoas fizeram o teste, sendo 122 servidores e 1.503 presos. Destes, testaram negativo 119 servidores e 1.412 detentos.