João Batista de Souza, 36 anos, agente penitenciário, trabalhava no CDP de Mogi das Cruzes, foi encontrado morto na garagem de casa, com um tiro na cabeça, na cidade de São Paulo. Nenhum dos seus pertences desapareceu. O fato ocorreu no dia 23 de dezembro do ano passado (2017), e a cena sugeriu tratar-se de suicídio. Entretanto para família ainda era um mistério, já que não acreditaram nesta versão devido ao resultado de laudos periciais. Diante dos fatos, a investigação policial deu uma reviravolta apontando como causa da morte um possível assassinato. O caso ainda não foi concluído.
Normalmente, o agente treinava numa academia que montou na própria garagem, tomava banho e depois saia para o trabalho. Aquele não passaria de um dia rotineiro. O irmão e o primo de Souza utilizavam a academia do agente e por isso tinham a chave. Mas naquele dia não conseguiram entrar.
O irmão do agente não desconfiou de nada, até que na noite daquele dia entrou por outra porta na garagem do irmão e o encontrou morto com um tiro na cabeça. A arma foi encontrada embaixo da sua perna direita e a chave da garagem estava colocada no miolo da porta, de modo a impedir a entrada de quem quer que fosse.
Foi aberto inquérito policial para investigação do caso como “morte suspeita” e ainda não se chegou a uma resolução. Segundo a família, o agente era uma pessoa com planos de viagem próxima para praia, havia se mudado há pouco para uma casa nova e estudava para ser policial civil. Era agente penitenciário há cinco anos e nunca recebeu ameaças, ainda que exercendo a perigosa profissão.
Souza foi encontrado com um tiro na têmpora esquerda, entretanto era destro. No dia do crime, os policiais tiveram dificuldades de encontrar a arma de Souza que estava embaixo da perna direita. O tiro não teria sido a queima roupa, a cápsula do projétil encontrada no local não é compatível com a do revólver que o agente usava. Para a polícia apenas a finalização do resultado dos laudos policiais poderá apontar se tratar de um homicídio ou suicídio, mas até o momento, o que foi divulgado aponta para uma execução.
Fonte: Brasil Urgente
Veja a matéria:
Foi aprovada nesta terça-feira (05/06/2018) uma emenda à Constituição Estadual, que altera a regra do teto de remuneração para pagamento de servidores públicos no Estado de São Paulo. O limite anterior era previsto nesta mesma constituição, mas fixava o teto conforme a remuneração do governador (R$ 21.000,00) e prefeitos (no caso dos municípios), impedindo que pudessem receber acima desse valor.
No entanto o teto remuneratório não atingia a todos os funcionários públicos, o que permitia por exemplo a fixação de remuneração superior para membros do Poder Judiciário, setor profissional este como tem sido denunciado em diversos órgãos da imprensa nacional, superprivilegiado em suas remunerações fixas e acessórias. Os desembargadores do Tribunal de Justiça e consequentemente juízes e promotores chegavam a receber acima da remuneração do Governador, porque possuíam remuneração superior ao chefe do Executivo.
Esta emenda à Constituição que altera o inciso XII do artigo 115 do texto legal, foi proposta pelo Deputado Campos Machado (PTB) e encontrou certa resistência do Governo do Estado desde os tempos de que Alckmin era governador, mas acabou sendo aprovada por quase todos os deputados estaduais (dos 72 presentes, 67 votaram favoravelmente) no dia de 5 junho de 2018.
O discurso de defesa da medida, por parte dos deputados é a de que diversos estados da federação (pelo menos 18 deles) já fizeram uma alteração similar para unificar o teto conforme a regra da Constituição Federal que impõem como teto a remuneração de Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ademais dizem que o aumento deste teto incentiva profissionais bem remunerados da iniciativa privada a ter interesse em ingressar no serviço público.
Na verdade, este aumento do teto privilegia os cargos de alta remuneração do Estado, como membros do Ministério Público, da Defensoria Pública dos Tribunais de Contas, Fiscais da Fazenda Estadual, Secretários de Estado, Reitores e professores das Universidades Públicas, entre outros e não a todo o funcionalismo.
A razão de certa resistência da parte do Executivo é o impacto que esta mudança constitucional deve gerar. Uma vez que aqueles que recebiam o teto máximo correspondente ao do Governador, agora poderão passar a receber segundo a proposta de alteração constitucional valor de remuneração de aproximadamente mais R$ 10.000,00.
Há indícios que o Governador do Estado, Márcio França (PSB) deva propor um pedido de declaração de inconstitucionalidade da medida, sobretudo porque a mesma pode pôr em risco o limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, para gastos com pessoal. A emenda constitucional não foi proposta pelo executivo e não passa por revogação ou sanção do mesmo.
Segundo a Folha de São Paulo, a Fazenda Estadual estima um impacto orçamentário de 13,4 milhões no primeiro ano de vigência da regra, podendo chegar a 909,6 milhões no último ano.
Nossa categoria deve observar esta alteração em tempos de disputa política tão acirrada e de injustiças para com o funcionalismo público em sua maioria (o que para nós atinge com maior impacto, já que nossas condições de remuneração não são compatíveis com o ambiente de trabalho extremamente insalubre em que trabalhamos) e considerar esta medida como gancho para readequar nossa remuneração considerando que parte do funcionalismo poderá obter ganhos significativos, tendo em vista o aumento do teto.
A alteração constitucional valerá para o funcionalismo do estado e para todos os municípios. A exceção a esta regra cabe para os subsídios dos Deputados Estaduais e Vereadores.
A adequação deste teto deve observar uma regra de transição estabelecida na emenda constitucional: 71% do subsídio de desembargador (setenta e um por cento), nos 12 (doze) meses imediatamente posteriores ao da promulgação desta emenda constitucional; 80,0% (oitenta por cento), nos 12 (doze) meses subsequentes; 90,0% (noventa por cento), nos 12 (doze) meses do terceiro ano e 100% (cem por cento), a partir do termo final do período previsto no inciso anterior.
Ou seja, não bastando o impacto gerado pela PL da Maldade (http://webmail.sifuspesp.org.br/noticias/4743-ato-contra-o-desmonte-dos-servicos-publicos-acontece-amanha-em-sao-paulo ) do ano passado que limitava gastos do governo do estado, agora esta alteração pode ser utilizada como mecanismo para incorporação de ganhos para uma casta do funcionalismo em detrimento da maioria dos trabalhadores públicos, por isso qualquer alteração deste tipo deve ser acompanhada por reivindicações da maioria do funcionalismo para que alterações remuneratórias decorrentes dessa mudança constitucional seja feita para todos de forma proporcional, para não se constituir em um mecanismo de aumento salarial para uns em detrimento de outros.
Por isso mais uma vez estimulamos nossa base a participar das atividades de nosso sindicato e comparecer nas Audiências Públicas que ocorrerão em todo estado no mês de junho, conforme noticiamos ontem: (http://www.sifuspesp.org.br/noticias/5576-audiencias-publicas-em-diferentes-cidades-debaterao-orcamento-estadual-para-o-ano-que-vem ).
O sindicato somos todos nós, unidos e organizados.
Minas Gerais e Rio Grande do Norte tiveram transportes coletivos, veículos oficiais e agências bancárias queimadas queimadas em diversas cidades, além de ameaças à agentes de segurança
Pelo quarto dia consecutivo, cidades do Sul de Minas foram alvos de ataques de criminosos, com queima de ônibus e outros veículos. O Rio Grande do Norte também sofreu investidas da facção (PCC) no mesmo período, o que pareceu uma ação orquestrada.
Em Minas, na última quarta-feira (06/06) um caminhão e três ônibus foram queimados, sendo que em um dos veículos a explosão e o espalhar das chamas foram tão grandes que atingiram a rede elétrica e o muro de uma escola estadual próxima ao ocorrido.
Os primeiros ataques iniciaram no domingo (03/06). Foram 97 ataques, sendo 61 a ônibus, em 33 cidades. Não há registros de pessoas feridas. Além de delegacias, agências bancárias, agência dos correios e veículos de agentes penitenciários foram alvos da facção.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), anteriormente receoso em afirmar que a responsabilidade dos ataques partiu do Primeiro Comando da Capital (PCC) - maior facção criminosa do país- confirmou o fato na última terça-feira, dia 05/03. Para ele o rigor da LEP no Estado é o que causou o levante dos crimes que seria uma retaliação. Ele ainda afirma que o sistema prisional de Minas é o mais rigoroso do país e por isso estão sofrendo ataques segundo matéria do dia 05/06 da Folha de São Paulo: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/06/onda-de-ataques-atinge-18-cidades-de-minas-gerais.shtml>
Os ataques concentram-se no sul e no triângulo mineiro, regiões que abrigam a maior parte do PCC em Minas. Também existem áudios relacionados aos casos que mencionam a facção paulista e corroboram para a suspeita de seu envolvimento. Entretanto, conforme divulgou a Folha de São Paulo, o comandante da PM coronel Helbert Figueiró tem dúvidas em relação a qual facção exatamente foi responsável, já que em Minas há duas facções atuantes. Segundo ele é necessário a construção de uma inteligência eficiente, coleta de dados das pessoas presas para chegar à célula dessas organizações criminosos. Esse aliás é um dos pontos que defendemos com a constituição de uma Polícia Penal integrada ao SUSP.
Entretanto, ao contrário do que diz o governador, especialistas afirmam existir presídios em péssimas condições e com superlotação, sendo que este seria o real motivo dos ataques. A afirmação de que o sistema penitenciário mineiro é um dos melhores do país pode vir da inclinação ao já iniciado processo de privatizações do Estado.
O governo apenas inclina à posição de que a grande ofensiva da facção venha do seu duvidoso poder de contenção de criminosos, já que os ataques não cessaram até a madrugada desta quinta-feira (07/06). O presidente da comissão de assuntos carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a superlotação e a falta de investimentos no sistema prisional do Estado explicam os ataques
O ataque de quarta-feira foi direcionado A um caminhão da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) que ficou completamente destruído. Parte da garagem ficou comprometida pelas chamas. Nenhum suspeito foi encontrado perto do local. Os criminosos também atacaram uma agência do Banco Bradesco.
Leia sobre no link <https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/caminhao-e-destruido-no-4o-dia-de-ataques-no-sul-de-mg-tres-onibus-sao-queimados.ghtml>
Antes destas investidas citadas, no dia 05/06, um grupo de pelo menos 12 homens armados cercaram um ônibus urbano. Os criminosos obrigaram o motorista a parar, e roubaram o dinheiro que estava no veículo. Existe a probabilidade de outros Estados estarem envolvidos diretamente nestes crimes, já que o PCC possui uma inteligência nacional de interligação e funcionamento, não apenas para o tráfico de drogas e armamentos, mas capacidade de retaliações pelo poder bélico e de liderança.
O professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas e ex-secretário de segurança de estado, Flávio Sapori, ainda ressalta a clareza de que os ataques foram realizados por uma grande facção devido a abrangência e sincronismo dos ataques. Para ele não há como contestar que trata-se do PCC, já que os atentados possuem um plano de ação orquestrado e coordenação de liderança.
Minas Gerais possui índice de reincidência de 80%. A população carcerária do Estado é de quase de 72 mil presos, sendo que sua capacidade nas 200 unidades prisionais existentes é de 35 mil presos. A informação é da secretaria que gestiona o sistema prisional. Para o professor Sapori, as lideranças do PCC tem firmado raízes no Estado e em São Paulo e estariam dividindo ou disputando a frente da facção.
Em Minas, a investigação segue sob sigilo, mas foi divulgado que há possibilidade da remoção de presos para penitenciárias federais. O Governo de Minas tem reforçado o policiamento, inclusive com policiais a paisana. O Estado possui dificuldade de antecipar-se às ações que acontecem geralmente na madrugada.
Locais dos ataques
Belo Horizonte e Região
Noroeste
Centro-Oeste
Alto Paranaíba
Triângulo Mineiro
Sul de Minas
Veja o mapeamento: <https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/mais-onibus-sao-atacados-e-incendiados-na-regiao-metropolitana-de-belo-horizonte.ghtml>
Ataques orquestrados em Natal
O Rio Grande do Norte também sofreu ataques na madrugada desta quinta-feira (07/06). Uma ambulância e uma viatura do corpo de bombeiros foram os novos alvos. Os prédios de administração e alojamento da base militar também foram alvos de tiros. Não houve feridos.
Papéis com a sigla de uma facção criminosa foram encontradas no local pelo policiais.
Uma agência bancária também foi atacada
Diversos ataques começaram no último sábado, dia 02/06, uma série de atentados a ônibus começaram a ocorrer na cidade de Natal. Segundo a grande imprensa (Estadão), os atentados foram atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC), após a morte do policial militar Kelves Freitas de Brito, que foi executado na manhã do mesmo sábado.
A execução do policial foi comemorada com fogos de artifício num bairro da cidade marcado pelo tráfico de drogas.
Neste dia, um ônibus da Empresa Guanabara foi incendiado e ficou completamente destruído pelas chamas. Num muro ao lado do local onde o ônibus parou e foi incendiado, os bandidos picharam a sigla PCC (Primeiro Comando da Capital). O caso levou os donos das empresas de ônibus que operam em Natal a determinar o recolhimento da frota.
O governo do Estado determinou a convocação dos integrantes do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), instalado em momentos de crise na segurança pública, para analisar estratégias de proteção à população. O Estado, porém, evitou falar na atuação da facção criminosa e ressaltou que não havia nenhum motim ou rebelião nas unidades prisionais estaduais. O presidente do sindicato dos rodoviários, entretanto, ainda aguarda resposta do governo de quais ações serão colocadas em prática.
Somente após uma reunião com representantes das empresas de ônibus e a garantia de reforço policial nas paradas mais movimentadas e no entorno das garagens, a frota voltou a operar no domingo, 03/06. O Governo do Estado, em nota, afirmou que o GGI permanece mobilizado, atuando no monitoramento das ações. As forças de segurança estão integradas, reforçando o policiamento em todo o estado.
Originário do Estado de São Paulo o PCC tem ramificações no RN onde disputa liderança com a facção Sindicato do Crime. Vale lembrar que em janeiro do ano passado (2017), uma briga entre duas quadrilhas resultou na famosa rebelião de Alcaçuz, que terminou na tragédia de 26 assassinatos.
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