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Fato que fica evidente quando vemos o avô Adalberto, de 56 anos, desfilando nos gramados e nas quadras de areia da região oeste de São Paulo, esbanjando qualidade, habilidade e, principalmente, vitalidade. Ex-jogador profissional foi vice-campeão brasileiro pelo Vitória, em 1993

 

Por Marc Souza

Ao longo dos quase vinte anos de profissão, tive a oportunidade de conhecer vários servidores prisionais nas diversas unidades pelas quais passei como servidor e como Diretor de Comunicação e Imprensa do SIFUSPESP. Profissionais exemplares com características marcantes, diferenciadas, exemplos dentro e fora das muralhas. Pessoas que realizam ou realizaram projetos que vão muito além das cercas de concretos a que estão restritos no dia a dia, se transformando em referência junto à sociedade, com projetos sociais, culturais, esportivos e religiosos, todos visando a construção de um país melhor.

Existem inúmeras maneiras de transformar o meio em que se vive. O esporte talvez seja o maior exemplo, pois não trata apenas da realização de uma atividade física, e sim uma ferramenta eficaz para a saúde física e psicológica, além de objeto de transformação de vidas através da inclusão social. Ou seja, o esporte é, sem dúvida alguma, um grande fomentador de benefícios inestimáveis ao ser humano.

Porém, é muito importante ressaltar que as mudanças não vêm fácil. É preciso trabalho e exemplo. E exemplo é o que nos dá o policial penal Adalberto Vieira Rodrigues, o China, que no alto dos seus 56 anos, é um exemplo de profissional dentro das muralhas, e esportista fora delas.

Antes de ser policial penal, Adalberto, ou melhor, China, foi um zagueiro e grande craque de futebol tendo jogado em diversos times do país, tendo inclusive sido vice-campeão brasileiro em 1993, quando jogou pelo Vitória(BA), disputando a final do em um jogo memorável contra o histórico time do Palmeiras na época da Parmalat, recheado de craques como Evair, Edmundo, Zinho, Edílson, Roberto Carlos e Antonio Carlos, entre outros.

China começou a sua carreira no futebol em Santo Anastácio, aos 17 anos, quando recebeu convite para participar de um "peneirão" do extinto Corinthians de Presidente Prudente, onde jogou a série A2 do Paulistão. Do Corinthians de Prudente, China foi para Campinas defender a equipe sub-20 do Guarani. em uma época que o time campineiro era uma das grandes forças do futebol brasileiro e um dos maiores celeiros de craques nas divisões de base. Depois do Guarani, China ainda jogou pelas equipes paulistas do Santo André, Portuguesa, Ituano e Novorizontino. Na equipe de Novo Horizonte, chegou logo após o vice-campeonato paulista, em 1990, onde conheceu o técnico Fito Neves, que anos depois o levou para o Vitória(BA).

No Nordeste, China ainda defendeu as equipes do Náutico e do CSA, terminando sua carreira no Paraná, aos 33 anos, onde defendeu a equipe do Atlético-PR.

Mas foi na equipe do Vitória- BA, em 1993, que o policial penal viveu o ápice de sua carreira, sendo vice-campeão brasileiro em um ano em que deixou para trás as equipes do Santos, Flamengo e Corinthians. Apesar do elenco multi estelar do Palmeiras com Edmundo, Edílson, Evair e Roberto Carlos, o Vitória também tinha suas estrelas, algumas, ainda promessas que nos anos seguintes vieram a se concretizar, como o goleiro Dida, o volante Vampeta (que não era titular do time), ambos campeões mundiais pela seleção brasileira, além dos meias-atacantes Paulo Isidoro e Alex Alves. Também é preciso mencionar jogadores como China, João Marcelo (zagueiro campeão brasileiro com o rival, Bahia, em 88), o volante Gil Sergipano e o homem das bolas paradas Roberto Cavalo, atletas mais experientes que trouxeram equilíbrio e qualidade à equipe.

Ao se aposentar dos gramados, China voltou para Santo Anastácio, onde tudo começou, se tornando um exemplo de que através do esporte podemos obter muitas conquistas, mas o que é mais importante, podemos alcançar algo inestimável, que é a qualidade de vida.

Fato que fica evidente quando vemos o avô Adalberto, de 56 anos, desfilando nos gramados e nas quadras de areia da região, esbanjando qualidade, habilidade e, principalmente vitalidade, em campeonatos amadores organizados na região.  Mas não é somente o futebol que é sua grande paixão, já que adotou como novo hobby o futevôlei. Afinal, os dias de profissional há muito se foram, e o policial penal não deixa de praticar esportes nas horas vagas, principalmente aquele que o consagrou e lhe trouxe muitas alegrias.

Se as mudanças são de fato causadas por atitudes e modelos, com certeza o policial penal Adalberto Vieira é um grande modelo a ser seguido, pois ao estarmos em sua presença, já temos a certeza de que esporte é saúde, esporte é vida, e uma vida plena e feliz.

Com a camisa 4 do Vitória, Adalberto encara o "animal" Edmundo na finalíssima do Brasileiro de 1993

 

No início da carreira, vestindo a camisa do Guarani

 

 

 

Lei Complementar havia sido aprovada por unanimidade pela Alesp, e entra em vigor a partir de 1o de janeiro de 2023


por Giovanni Giocondo

Após mais de dois anos de luta ferrenha em todo o Estado, os servidores públicos paulistas conquistaram uma espetacular vitória nesta sexta-feira(04), quando o governador Rodrigo Garcia(PSDB) sancionou a Lei Complementar 43/2022, que acaba em definitivo com o confisco das aposentadorias do funcionalismo.

O texto já havia sido aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) no último dia 25 de outubro. Confira como foi a votação neste link. Segundo a publicação de hoje no Diário Oficial, a nova regra entrará em vigor no dia 1o de janeiro de 2023.

Pela legislação anterior, iniciada em junho de 2020 mediante decreto do ex-governador João Doria, os proventos dos servidores aposentados estavam sendo submetidos a um desconto de alíquotas que variavam entre 11% e 16%, desde que os valores excedessem um salário mínimo. A justificativa era de que esses valores serviriam para cobrir o déficit atuarial da São Paulo Previdência(SPPREV).

A partir da mudança, só deverão fazer a contribuição compulsória de 16% servidores aposentados ou pensionistas que receberem acima do teto do Instituto Nacional de Seguridade Social(INSS), que atualmente está em R$7.087,22. É preciso deixar claro que a incidência do desconto não será sobre o salário integral, e sim sobre cada centavo acima desse teto.

Nesse sentido, tramita pelo Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional(PEC) 555/2006, que pode definir o fim das contribuições feitas pelos servidores que recebem além do teto.

Para que ela seja aprovada, no entanto, é preciso apoio de ⅗ dos deputados federais e dos senadores, o que demanda intensas batalhas por parte dos sindicatos de servidores junto aos parlamentares em Braśilia, no próximo ano. A PEC já foi ratificada por todas as comissões da Câmara, e está pronta para ser pautada na ordem do dia.

 

Mais de 420 mil servidores e aposentados serão beneficiados

De acordo com as informações do governo do Estado de São Paulo, cerca de 420 mil trabalhadores serão beneficiados com a medida. Ao longo dos 30 meses em que o desconto vigorou, muitos desses funcionários públicos e seus familiares enfrentaram imensas dificuldades financeiras, sobretudo para a aquisição de itens básicos, como alimentos e remédios.

Para o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, a sanção da lei por parte do Palácio dos Bandeirantes demonstra que a força e a união dos servidores públicos paulistas continuam inabaláveis e tendem a potencializarem seus efeitos a partir de 2023.

“O sindicato está consciente de que sua participação ao lado de outros representantes do funcionalismo foi fundamental para essa vitória, e continuará nessa toada no ano que vem, mantendo o diálogo com os deputados e com o governo estadual para que nenhum direito mais seja retirado das categorias que prestam tamanha entrega à população, bem como aqueles que já se aposentaram após décadas de dedicação ao serviço público”, informou.

Novo episódio de violência foi registrado nesta quinta-feira (03) na Penitenciária de Tupi Paulista

 

por Giovanni Giocondo

Em mais um lamentável episódio de violência registrado no sistema prisional de São Paulo, um preso agrediu um policial penal com um balde na manhã desta quinta-feira (03). O caso aconteceu na Penitenciária de Tupi Paulista, no interior do Estado.

De acordo com os relatos dos servidores, o ataque aconteceu quando o funcionário responsável pela zeladoria do raio estava na gaiola avançada, efetuando a conferência da liberação dos sentenciados da cela 6, do pavilhão 5, para o banho de sol das 8h da manhã.

Ao abrir a cela, o policial penal foi agredido sem justificativa, quando o preso atirou o balde de plástico cheio de água contra a vítima. O líquido acabou por acertar o servidor.

O sentenciado que promoveu o ataque foi identificado e isolado no pavilhão disciplinar da unidade prisional. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) já está na penitenciária para fazer uma blitze nas celas.

A diretoria da unidade adotou os procedimentos padrão em caso de agressão, entre eles a Notificação de Acidente de Trabalho (NAT).

Já o servidor, apesar da agressão, não sofreu ferimentos e conta com o SIFUSPESP para se recuperar do incidente e receber os atendimentos psicológico e jurídico caso julgue precisar de apoio.

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