Uma mulher de 21 anos foi presa na manhã de domingo, 08, na Penitenciária "ASP Maria Filomena de Sousa Dias" de Itapetininga, após tentar entrar na unidade prisional com drogas para seu companheiro que cumpre pena na unidade prisional.
A visitante foi surpreendida durante o procedimento de revista realizado por meio do scanner corporal, quando uma servidora notou algo suspeito nas imagens geradas, indicando a possível presença de um volume em sua região pélvica e em suas vestes.
Diante disso, ao ser abordada, a visitante confessou estar portando "maconha" e, voluntariamente, retirou três invólucros contendo substância esverdeada com características da droga de sua vagina e do sutiã.
Tanto a visitante quanto o preso podem agora responder pelo crime de tráfico de drogas e associação ao tráfico.
A prisão e o procedimento administrativo ressaltam a importância das medidas de segurança em unidades prisionais para combater a entrada de drogas e a atuação de organizações criminosas dentro das penitenciárias.
CDP IV de Pinheiros está sem água desde sábado.A unidade também ficou sem energia. Rede não suportou a superlotação e o gerador teve que ser acionado.
O Centro de Detenção Provisória (CDP) IV de Pinheiros, na Capital Paulista, está com o fornecimento de água e energia comprometidos desde sábado. Na manhã de domingo, dia de visitas na unidade, o gerador apresentou problemas e só conseguiu ser acionado hoje, mas a falta de água persiste.
A unidade está superlotada, operando com praticamente o dobro da sua capacidade. São 566 vagas, mas, segundo a própria Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), abrigava, na sexta-feira, 1.092 presos. “A falta de água é recorrente no CPD IV porque a estrutura física não comporta essa superlotação. As condições de higiene no local são insalubres e a situação está à beira do caos, mas esse problema acontece em outras unidades superlotadas”, afirma Fábio Jabá, presidente do Sindicato.
A Unidade é considerada “de trânsito”, por ser destinada a receber presos que necessitam de atendimento médico na capital e por receber as custódias da Cracolândia. “Além da superlotação, esses presos doentes enfrentam as péssimas condições sanitárias provocadas pela constante falta de água e eletricidade e, para piorar a situação, faltam policiais penais para manter a unidade funcionando de forma minimamente adequada. Neste domingo a unidade conta com 12 servidores para cuidar e uma população de quase 1.100 presos e fazer a triagem dos visitantes. É uma situação absurda”, afirma.
Governo foi alertado
O SIFUSPESP entregou um relatório com os principais problemas do sistema prisional para a equipe de transição do Governo Tarcísio e para o Coronel Streifinger.
Não fomos levados a sério, pelo fato do Secretário desconhecer as complexidades do Sistema Prisional e pelo governo ter a ilusão de que é fácil gerir o maior sistema prisional da america latina.
A prova de que o Governo não sabe o que faz é prometer a contratação de 1100 Policiais Penais após a regulamentação, somente a reposição de pessoal do ano de 2023 será maior que isso, quando o concurso for chamado o déficit de mais de 15 mil servidores já terá chegado a mais de 17 mil.
Governo mentiu
As recentes declarações do Governador Tarcísio de que a Polícia Penal só receberá reajuste em 2024 é prova da desonestidade do governo na negociação, em reunião com o Sindasp o próprio Coronel confirmou que a regulamentação não virá esse ano.
O que podemos fazer?
Frente ao quadro de precariedade e desrespeito da atual administração, só nos resta a mobilização.
Cabe lembrar que devido a piora das condições de trabalho e falta de efetivo, não devemos nos arriscar a assumir mais de um posto, devemos zelar pela nossa segurança pessoal e da unidade prisional. A atual forma de trabalho, com o acúmulo e desvio de funções está inviabilizando a segurança das unidades.
A agressão e fuga acontecida no CR de Birigui pode acontecer em qualquer unidade. O servidor ainda corre o risco de ser punido pois ao aceitar o desvio ou acúmulo de função o servidor assume o risco caso algo der errado. A corregedoria, o diretor ou a chefia não vão proteger o servidor caso algo de errado ocorra.
Proteger sua integridade física e sua carreira só é possível seguindo a lei.
O SIFUSPESP alerta a todos os servidores a cumprirem apenas as tarefas que lhes são incumbidas na lei de criação do cargo e detalhadas no Decreto de Criação de sua unidade prisional.
Orientamos que qualquer irregularidade deve ser lançada no livro ata , e formalizada em um comunicado de evento, sempre em duas vias.
Tais atitudes além de protegerem o servidor também serão usadas como provas nas ações que serão impetradas pelo SIFUSPESP.
O Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá e o Tesoureiro Alancarlo Fernet estiveram na unidade para apoiar os trabalhadores:
Hoje, durante a participação do Governador Tarcísio de Freitas no Programa Pânico, na rádio Jovem Pam, após o Sr. Samy Dana questionar o governador sobre a Polícia Penal falando “Muitos reclamando aqui” foi interrompido por Emílio Surita e em seguida por Daniel Zukerman que emendou “o Guarda Jujuba” , ao que Emílio repetiu “o Guarda Jujuba” , “o guarda Jujuba é um inferno” passando por uma série de brincadeiras e deboches.
Quando Samy Dana retornou a pergunta, a questão da Polícia Penal foi deixada de lado.
Para aqueles que não sabem, a Polícia Penal é a carreira mais perigosa da segurança pública e a segunda mais perigosa do mundo.
Além do deboche em tons homofóbicos, e do descaso com uma das funções mais importantes da segurança pública, tais atitudes demonstram ignorância e despreparo, além de uma clara tentativa de desviar de um assunto que impacta toda a sociedade.
Mesmo com o viés humorístico do programa , que jamais pode ser confundido com jornalismo ou debate sério, a depreciação e o desprezo demonstrado pela equipe do programa contribui para a invisibilização de um dos aspectos mais importantes da segurança pública em nosso estado.
Devemos esclarecer aos integrantes de tal programa que graças aos Policiais Penais que arriscam sua vida e deterioram sua saúde no dia a dia das unidades prisionais, é que eles podem dormir tranquilos pois não acontecem fugas e rebeliões nos presídios paulistas.
Devemos lembrar que o descaso para com o sistema prisional resultou no “Salve Geral” de 2006 que parou a cidade de São Paulo.
Devemos lembrar que os profissionais humilhados e desmerecidos pelos integrantes do programa sob o sorriso complacente do Sr.Governador, são os mesmos que com apenas 3 ou 4 homens garantem a segurança em unidades com mais de mil detentos.
Os mesmos que são caçados pelo crime organizado e que tem sua expectativa de vida reduzida para meros 45 anos devido ao excesso de trabalho e estresse.
O Departamento Jurídico do SIFUSPESP já está tomando as medidas legais cabíveis contra os responsáveis por essa humilhação, mas a maior resposta deve ser da categoria, através de nossa mobilização.
Operação Legalidade é nossa arma
Embora saibamos que as mídias amigas do governo vão sempre tentar ocultar e atacar a nossa luta, graças a total falta de condições impostas pelo descaso governamental para com as condições mínimas de funcionamento das unidades prisionais, hoje é muito fácil mostrar o quanto somos importantes e necessários.
Nossa única tarefa é fazer estritamente o que manda a lei, zelar com afinco pela segurança das unidades prisionais não assumindo mais de um posto, parando de executar tarefas que não estão na lei de criação do cargo e exercendo nosso papel de garantir a segurança e disciplina nas unidades prisionais.
Respeitar direitos e garantir a segurança
Amanhã é dia de visita nas unidades prisionais, devemos lembrar que os escaners só devem ser operados por pessoas do mesmo sexo da pessoa que está sendo vistoriada, que a revista do “Jumbo” deve ser feita com todo o cuidado e atenção, que se houver dúvidas não devemos nos furtar de repetir a inspeção de raio x.
Devemos por dever de ofício ,garantir a segurança das unidades mesmo que devido a falta de pessoal isso acarrete atrasos na entrada dos visitantes, que devem ser tratados com toda cordialidade e por isso não devem ser apressados durante o procedimento.
A nota abaixo foi enviada a todos os orgãos de imprensa:
Nota de repúdio ao programa Pânico da Jovem Pan
O SIFUSPESP repudia a declaração criminosamente homofóbica dos integrantes do programa Pânico, da Jovem Pan, que, na edição desta sexta-feira (06/10), classificaram os policiais penais do estado de São Paulo como ‘guardas Juju’, numa referência ao personagem do humorístico ‘A Praça é Nossa’, interpretado pelo ator Roberto Marquis.
As falas dos integrantes, proferidas durante a entrevista do governador Tarcísio de Freitas, são uma nítida tentativa de desqualificar uma profissão fundamental para a segurança pública. A Polícia Penal, a mais perigosa entre as profissões da segurança pública, é a responsável por garantir a segurança nos presídios superlotados do Estado de São Paulo.
Diariamente, policiais penais lidam com cerca de 200 mil presos, a maior população carcerária do Brasil. Estamos falando de uma categoria que, por causa das péssimas condições de trabalho, resultantes do sucateamento das unidades, do deficit de servidores, que têm hoje o menor efetivo dos últimos 10 anos, e do estresse inerente à função, tem uma expectativa de 45 anos, contra a média nacional de 77 anos, conforme atestou pesquisa da USP.
As declarações homofóbicas dos integrantes do programa desrespeitam não somente os policiais que sacrificam a saúde para atuar no sistema, mas também todos aqueles que perderam a vida por cumprirem sua função e por lidarem diretamente com o crime organizado.
A Polícia Penal exige respeito!
Vídeo do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá sobre a ofensa:
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