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               Ao comentar realização de blitze nas celas do CDP II do Belém nesta terça-feira(12), jornalista da Rede Globo sugeriu que servidores são corruptos ao dizer que “este tipo de operação não seria necessária se outros funcionários não deixassem material ilícito entrar na unidade”. Feita sem a devida apuração dos fatos, afirmação ignora que maior parte das apreensões de drogas e celulares no sistema prisional paulista é feita graças ao trabalho de policiais penais

 

por Sergio Cardoso

Os princípios da boa imprensa: apuração criteriosa dos fatos, checagem de informações, contextualização dos acontecimentos e garantia do direito ao contraditório são frequentemente violados quando se trata de reportar acontecimentos no sistema penitenciário.

Infelizmente o comentário leigo, irresponsável e descontextualizado impera quando se trata de retratar acontecimentos no sistema prisional.

Rodrigo Bocardi, apresentador do matutino Bom Dia São Paulo, da Rede Globo, foi mais um a cometer este tipo de leviandade.

Neste dia 12 de abril, ao comentar sobre uma blitz no Centro de Detenção Provisória(CDP) do Belém II, na zona leste de São Paulo o apresentador inferiu que eventuais ilícitos encontrados dentro daquela unidade prisional seriam fruto de corrupção por parte do corpo funcional.

Violando praticamente todos os princípios do bom jornalismo e da verificação de fatos, de forma totalmente irresponsável, o apresentador mancha a reputação de profissionais que diariamente arriscam suas vidas para proteger a sociedade em unidades superlotadas e com déficit funcional desumano.

Se tivesse o mínimo conhecimento sobre o sistema prisional paulista, ou se a Rede Globo investisse o mínimo em apuração dos fatos, Bocardi se absteria de proferir comentários injuriosos sobre os Policiais Penais daquela unidade.

Em uma época em que likes, seguidores em redes sociais e índices de audiência valem mais do que a verdade e o profissionalismo, Bocardi demonstra o motivo pelo qual a imprensa perde credibilidade.

Quando critica as redes sociais, a imprensa comercial geralmente critica a falta de embasamento e checagem de fatos sobre as opiniões e assuntos ali refletidos. Porém, com frequência alarmante se comporta da mesma forma: Com muita opinião e zero de conhecimento e apuração.

Se Bocardi tivesse investido algum tempo em conhecer o sistema prisional paulista, saberia do déficit de mais de 18 mil funcionários(dados do Tribunal de Contas do Estado, de 2021), saberia que a maioria dos ilícitos entram por meio de visitantes e encomendas enviadas por familiares(matérias elaboradas pela Secretaria de Administração Penitenciária).

Saberia também das quadrilhas que diariamente tentam arremessar materiais proibidos dentro das unidades, que o uso de drones para a introdução de ilícitos em unidades prisionais se tornou prática comum para o crime organizado (talvez este seja o motivo da busca nos telhados feita pelos policiais penais e apresentada à distância pelas câmeras da emissora).

Se tivesse se preocupado minimamente em conhecer a realidade do sistema prisional, o jornalista saberia da imensa quantidade de ilícitos apreendidos a cada semana tanto em correspondências enviadas por familiares dos presos, como com visitantes presenciais, e descobriria o nível de sofisticação utilizado para mascarar a entrada de drogas e celulares.

Talvez se Rodrigo Bocardi tivesse minimamente procurado mais informações, descobrisse como o déficit funcional e a superlotação tornam difícil o trabalho de vigilância e fiscalização dentro das unidades prisionais paulistas, muitas vezes tornando as revistas de rotina inviáveis.

Se a Rede Globo de São Paulo seguisse o exemplo de suas retransmissoras do interior, poderia ter procurado o SIFUSPESP e obtido um quadro realista e concreto do que aconteceu no CDP do Belém. Melhor ainda, o porquê isso aconteceu.

Poderíamos afirmar que a falta de preparo e a nulidade na apuração quando se trata de apontar o dedo para as falhas no sistema prisional paulista sejam meramente fruto do desejo de esconder as falhas e omissões dos seguidos governos estaduais do PSDB, principalmente da gestão João Dória, incapaz de suprir condições mínimas de trabalho aos Policiais Penais, que diariamente arriscam suas vidas no maior sistema prisional da América Latina. Afirmar isso, no entanto, não condiz com a devida apuração dos fatos, com a ética, e nos colocaria no mesmo nível de leviandade de Rodrigo Bocardi.

Deixamos aqui apenas o nosso repúdio ao comportamento irresponsável, calunioso e antiprofissional do Sr. Rodrigo Bocardi.

O Departamento Jurídico do SIFUSPESP entrará em contato com a Rede Globo para pedir a retratação da informação e um direito de resposta.

Confira no vídeo a seguir a reportagem sobre a blitze e o comentário feito pelo apresentador ao final da matéria:

 

Em viatura, policiais militares trocaram tiros com suspeitos, enquanto policial penal conseguiu contornar bloqueio feito com carro em chamas para chegar em segurança ao CDP da cidade

 

por Giovanni Giocondo

Criminosos atearam fogo a um veículo para bloquear uma viatura da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) que transportava dois presos para o Centro de Detenção Provisória (CDP)  de São Vicente, no litoral paulista. A suspeita é que eles tentariam fazer o resgate dos sentenciados neste domingo (10).

Ao perceber o carro em chamas no meio de uma avenida, o policial penal que dirigia o bonde conseguiu desviar do bloqueio, enquanto os policiais militares que escoltavam os dois presos trocaram tiros com os criminosos, e a viatura chegou à unidade prisional em segurança. Nenhum servidor ficou ferido na ocorrência.

Os criminosos que tentaram fazer o resgate estão foragidos e ainda não foram identificados.

Assista no vídeo a seguir os momentos de tensão durante a ocorrência:



Com novo colegiado, luta pela melhoria das condições do atendimento de saúde dos servidores públicos da região ganha mais força

 

por Giovanni Giocondo

Foi criada neste sábado (09) a Comissão Consultiva Mista Municipal (CCMM) do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (IAMSPE) de Adamantina, no interior paulista.

Na ocasião, também foram eleitos os membros do colegiado, considerado de grande relevância para pleitear melhorias no atendimento da saúde de trabalhadores de toda a região, que dependem muito do serviço.

Foram eleitos o presidente Aparecido Ravazzi, do Centro Paula Souza, que há 20 anos milita em favor dos usuários do IAMSPE de Adamantina, o vice-presidente Anésio Grassi Júnior, diretor do SIFUSPESP,  o segundo vice-presidente,  Israel Pereira Coutinho da entidade, do SINPOL; a secretária Luzia Marsa Augusto, do Centro Paula Souza, e como primeira secretária Susana Andrade da Silva, também do Centro Paula Sousa.

O evento foi organizado pelo diretor de Saúde do SIFUSPESP e presidente da CCMM de Martinópolis, Apolinário Vieira, e pelo diretor-adjunto do Departamento de Saúde do sindicato e coordenador da CCM-IAMSPE no interior, Luiz da Silva Filho.

Para Apolinário Vieira, quanto mais municípios aderirem à organização para ampliar o número de médicos, clínicas e hospitais voltados ao atendimento da saúde do servidor, mais unidos estarão os trabalhadores, e mais forte estará a luta por um IAMSPE sustentável e digno.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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