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É com imenso pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento do Policial Penal Reinaldo Leal de Azevedo, da PI de São Vicente no dia de ontem deixando esposa e filho.Reinaldo ingressou no Sistema Prisional em 2007. 

Reinaldo estava pescando no mar com mais dois amigos, que ao saírem do mar com a rede  perceberam seu desaparecimento.

A Polícia Militar foi acionada, porém o corpo de Reinaldo só foi localizado posteriormente a cerca de 1km do local.

Devido ao inesperado infortúnio a família de Reinaldo necessita de auxílio para pagar as custas do enterro e conta com a solidariedade da categoria. Quem puder contribuir deve fazê-lo através do PIX : 13996662901 em nome de Bruno Queiroz Leal de Azevedo filho de Reinaldo.                                                                                  

Neste momento de perda o SIFUSPESP se solidariza com os familiares, amigos e colegas de trabalho de Reinaldo Leal de Azevedo e apresenta suas mais sinceras condolências.

 Ao contrário das expectativas iniciais de que a tramitação do Projeto de Lei Complementar que regulamenta a Polícia Penal (PLC37/2024) teria máxima celeridade na ALESP, não é isto que tende a acontecer. Muito provavelmente o PLC deve levar boa parte dos 45 determinados para a tramitação de urgência, visto que até o momento nem mesmo a indicação para tramitação em comissões foi feita, até o momento além das emendas a única movimentação do projeto foi a indicação da relatoria que ficará a cargo do Deputado Delegado Olim.

O próprio Delegado Olim já afirmou que a votação do projeto deve ocorrer entre o final de agosto e o começo de setembro, após a aprovação o Governador tem até 15 dias para sancionar o projeto e só então começa a contar o prazo de 90 dias para que o mesmo passe a valer como lei.

Ainda resta tempo para mudar o projeto

O PLC37 /2024 fica muito aquém do esperado pelos Policiais Penais pois não garante direitos e prerrogativas básicas que as outras polícias têm,aumenta o tempo de progressão na carreira e não traz a sonhada valorização salarial. Nem mesmo o acautelamento de armas se encontra garantido no projeto e ficará à mercê de decretos ou portarias.

Garantias básicas como atendimento prioritário em serviços públicos quando a serviço e porte de arma para os aposentados, foram simplesmente deixados de lado no projeto elaborado pela SAP.

Visto que a tramitação ainda vai demorar é importante que aproveitemos este tempo para pedir aos deputados que apoiem as emendas que garantem direitos tais como a classificação de insalubridade máxima para todos os Policiais Penais, DEJEP como verba não sujeita a descontos e a garantia de prerrogativas e direitos iguais a das outras polícias, entre elas o acautelamento permanente de armas e coletes.

 

Razões econômicas 

Para entender os motivos da demora da tramitação devemos recorrer ao acompanhamento do projeto e principalmente ao despacho da Coordenadoria de Orçamento da Secretaria da Fazenda anexado ao mesmo. No despacho está a projeção de custos caso o projeto passasse a vigorar a partir de Novembro, no documento a Fazenda indica um custo de  R$ 114,2 milhões e declara que tal montante não está previsto no orçamento vigente.

 

Como o SIFUSPESP já havia publicado em outubro de 2023 após a apresentação do orçamento pelo Governo do Estado, não estavam previstas nem contratações nem reajustes.

O Governo reduziu o orçamento  da SAP para 2024 em 1,6% sem contar  a inflação, além de ter contingenciado R$ 29 milhões em fevereiro e ter transferido R$26 milhões para a CPTM em 2023, isso explica a “falta de orçamento” para os reajustes previstos no projeto.

O ofício da Fazenda mostra claramente que o governo só pretende conceder o aumento para a Polícia Penal no ano de 2024, e por isso introduziu um “Vacatio Legis” de 90 dias nas disposições transitórias

 

Reajuste implicará poucos custos para o governo 

Se analisarmos toda a redução de verbas sofridas pela SAP desde o início do atual governo veremos que chega a quase R$384 milhões bem próximo ao custo anual de  R$ 493,1 milhões que a Fazenda indica que custará o projeto.

Nestes cálculos não estamos incluindo a redução do quadro funcional da secretaria em mais de 3500 Policiais Penais desde o início do governo.

Quanto ao acautelamento de armas e coletes o mesmo não precisa ser um custo para o Governo do Estado, visto que o Governo Federal pode cobri-lo através do Fundo Penitenciário, bastando para isso que São Paulo apresente um projeto para a SENAPPEN solicitando a verba, ou seja mesmo reduzindo gastos o governo não precisa tirar este direito dos Policiais Penais.

Abaixo um vídeo do presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá falando sobre a tramitação do projeto:



Pela segunda vez seguida um policial penal foi vítima de uma tentativa de homicídio na unidade de Mirandópolis I.

Dia 5 de agosto um preso tentou matar um policial penal com uma lança improvisada, no final de semana um preso tentou matar o chefe de plantão durante um atendimento no pavilhão disciplinar da unidade.

O preso se utilizou de um espeto feito de escova de dentes para tentar furar o pescoço do 

Policial Penal, felizmente o Policial Penal conseguiu se desvencilhar e não foi ferido.

Tentativa de agressão em Irapuru

Anteontem (13) o Gir teve que intervir na penitenciária de após um preso do raio 6 tentar agredir um Policial Penal com golpes de cabo de vassoura.O policial não foi atingido e o GIR foi acionado.

O incidente terminou com 20 presos do raio 6 removidos por violação disciplinar.

Unidades prisionais cada vez mais perigosas

A falta de efetivo e as falhas administrativas estão tornando as unidades prisionais de São Paulo cada vez mais perigosas e difíceis de controlar, o GIR (Grupo de intervenção Rápida) tem sido acionado a cada dia com mais frequência devido a falta de efetivo para conter motins e violações disciplinares com meios próprios.

Devido ao cancelamento do concurso ano passado e a recusa do governo de contratar os remanescentes a tendência é que a situação piore a cada dia.

Caso o governo não tome medidas urgentes como a liberação de 10 DEJEPS por Policial Penal , contratação dos remanescentes e abertura de concurso emergencial para suprir as mais de 3500 baixas sofridas pela SAP desde o início do governo Tarcísio estaremos caminhando para uma tragédia mais que anunciada.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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